CaixaBank/BPI baixa preço-alvo da Jerónimo Martins devido a novas restrições com a pandemia
Os analistas do banco de investimento olham com apreensão para o impacto que a pandemia terá nas vendas, no último trimestre do ano, numa altura em que as restrições aumentam em Portugal e na Polónia.
Os analistas do CaixaBank/BPI reviram ligeiramente em baixa o preço-alvo atribuído à Jerónimo Martins, em cerca de 1%, devido ao impacto previsto que a covid-19 continue a ter nas vendas do quarto trimestre do ano, bem como o imposto sobre as receitas na Polónia, onde a empresa tem operações.
Agora, o preço-alvo da empresa portuguesa passa a ser de 16,35 euros por ação, o que lhe confere um retorno potencial de mais de 16% face ao valor do fecho da sessão anterior. Apesar da alteração no preço, os analistas mantiveram a recomendação para a Jerónimo Martins em "neutral".
"A Jerónimo Martins tem reportado um impacto negativo nas vendas devido à covid-19. A pandemia tem uma influência negativa no tráfego das lojas", pode ler-se na nota de análise divulgada nesta quarta-feira, pelo CaixaBank/BPI. Contudo realça que "a geografia mais importante da empresa (Polónia) tem estado a ter um bom desempenho".
Mas com as novas restrições impostas em Portugal e na Polónia, numa tentativa de parar a propagação do coronavírus, poderá ser mais "um risco" para as pretensões da Jerónimo Martins, bem como a queda da inflação na Polónia.
Nesse país, onde a retalhista portuguesa atua com a Biedronka, outro foco está na aplicação do imposto sobre as operadoras a retalho - que já teve "luz verde" da União Europeia, apesar de ainda não haver nenhuma uma decisão final - e que pode representar mais um desafio para as operações da empresa.
Hoje, as ações da Jerónimo Martins vão subindo 0,54% para os 14,065 euros por ação, num dia em que o setor a retalho na Europa ganha 1%. Por cá, a Sonae - dona do Continente - perde 0,3%. No ano como um todo a dona do Pingo Doce acumula uma perda na ordem dos 4%.
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