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Jerónimo Martins terá aumentado lucros com Polónia a compensar Colômbia

O efeito Páscoa penalizou a evolução das receitas na Jerónimo Martins, sendo que o forte crescimento na Polónia terá permitido um ligeiro aumento dos lucros.

Alexandre Soares dos Santos Pedro Soares dos Santos Jerónimo Martins
Alexandre Soares dos Santos Pedro Soares dos Santos Jerónimo Martins Pedro Elias/Negócios
19 de Abril de 2017 às 09:40

A Jerónimo Martins terá terminado o primeiro trimestre com um resultado líquido de 78 milhões de euros, um crescimento de 1% face aos 77 milhões de euros alcançados no período homólogo do ano passado.

A estimativa é do BPI, que espera um forte crescimento nas vendas da Polónia, que deverão compensar os prejuízos sofridos na Colômbia.

As receitas totais terão aumentado 8% para 3.656 milhões de euros, com o EBITDA a crescer 3% para 190 milhões de euros.

Na unidade polaca, que continua a ter o maior contributo para os resultados da empresa liderada por Pedro Soares dos Santos, as vendas comparáveis terão crescido 7,5%, uma prestação que o BPI classifica de "forte", tendo em conta que este ano a Páscoa não calhou no primeiro trimestre.

Comparando com o primeiro trimestre de 2015, o crescimento das vendas comparáveis da Biedronka é de 17,1%. As receitas na unidade polaca terão crescido 10,7%, com o BPI a assinalar que o aumento do investimento ("opex") na expansão da rede e nos aumentos salariais terá limitado o impacto positivo nos lucros, com as margens operacionais a permanecerem estáveis (6%).

Na Colômbia, a decisão da Jerónimo Martins em acelerar a sua estrutura e as movimentações cambiais deverá provocar um "aumento material" no EBITDA negativo. Na rubrica outros (onde está a operação na Colômbia) os prejuízos deverão aumentar em 11 milhões de euros, o que representa uma diluição de 13% no EBITDA e de 26% nos lucros por acção.

Em Portugal a actividade também foi penalizada pelo efeito calendário, pelo que as vendas comparáveis do Pingo Doce terão descido 1% no primeiro trimestre. Já o "cash & carry" Recheio terá conseguido aumentar as vendas em 1,5%, continuando a tirar partido do "forte crescimento do turismo". As margens da unidade portuguesa terão ficado estáveis (5%).

O aumento do "opex" deve "impedir uma alavancagem operacional na Polónia, o que em conjunto com prejuízos mais elevados na Colômbia deverá resultar um crescimento magro do lucro por acção no primeiro trimestre", referem os analistas do BPI.

O banco não espera alterações nesta tendência nos resultados dos próximos trimestres. O BPI assinala que a Jerónimo Martins transacciona a prémio na bolsa face às pares do sector, "gosta" do potencial de crescimento de longo prazo na Colômbia mas vê a actual cotação da empresa como elevada, tendo em conta que negoceia a 25,1 vezes os lucros por acção estimados para este ano.

O BPI tem uma recomendação de "neutral" para as acções da Jerónimo Martins, com um preço-alvo de 16,40 euros. As acções estão esta quarta-feira a recuar 0,18% para 16,48 euros.

Os resultados serão publicados na quinta-feira, 20 de Abril, depois do fecho da sessão.

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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