Peso argentino já cai 40% face ao dólar no acumulado do ano
O peso argentino está em queda acentuada, tendo perdido 3% em relação ao dólar entre sexta-feira e a sessão desta segunda-feira, ao passo que recuou 9,74% em duas semanas e segue a desvalorizar quase 40% desde Janeiro.
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O contexto internacional, com a subida das taxas de juro nos EUA e a desvalorização acentuada da lira turca, também está a jogar em desfavor da Argentina.
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O dólar negociou hoje a 30,80 pesos, ultrapassando pela primeira vez na Argentina o limiar dos 30 pesos.
A Argentina concluiu recentemente um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para obter um empréstimo de 50 mil milhões de dólares (44 mil milhões de euros), com vista a estabilizar a economia, a braços com uma inflação anual de cerca de 30%.
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Ao mesmo tempo, o banco central do país subiu as taxas de juro de referência de 40% para 45% e anunciou que, na terça-feira, iria colocar em circulação 500 milhões de dólares para satisfazer a procura e estabilizar o peso.
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O grau de risco-país da Argentina, avaliado pelo JP Morgan, superou os 700 pontos, naquele que é o seu nível mais alto desde o início do mandato do presidente Mauricio Macri. Este, chegado ao poder no final de 2015, rompeu com a política económica da ex-presidente Cristina Kirchner.
Macri, de centro-direita, admitiu que a economia do país atravessa uma "tempestade" e anunciou que iria manter a política de rigor orçamental, impopular porque tem provocado despedimentos, redução do consumo e uma subida dos preços
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Uma missão do FMI esteve esta segunda-feira em Buenos Aires para acompanhar a execução do acordo. Um primeiro pagamento de 15 mil milhões de dólares foi feito em Junho.
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