Malparado das famílias renova máximos históricos

As famílias continuam a ter dificuldades em cumprir com o pagamento das prestações dos créditos contraídos. A percentagem de empréstimos dados como malparados atingiu, em Fevereiro, o valor mais elevado de sempre.
Bloomberg
Raquel Godinho 14 de Abril de 2015 às 11:56

O Banco de Portugal revelou esta terça-feira que, dos créditos concedidos a particulares, em Fevereiro, 4,38% eram de cobrança duvidosa, o valor mais elevado desde que estes dados começaram a ser divulgados (1979). Desde o início de 2014, que o crédito malparado das famílias supera os 4%.  

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Esta evolução estende-se a todos os segmentos de crédito. Contudo, foi nos empréstimos ao consumo que se verificou o aumento mais expressivo. Neste caso, do montante total financiado às famílias, 10,83% era de cobrança duvidosa, no mês de Fevereiro. Ainda assim, neste segmento, a percentagem de malparado chegou a atingir os 12,26% em Março de 2013.

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No crédito para outros fins  (que inclui educação, energia e empresários por conta própria), 15,97% dos montantes financiados estavam dados como de cobrança duvidosa. Também neste caso a percentagem atingida é inédita e representa o 14.º aumento consecutivo do malparado neste segmento.

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Quanto ao empréstimo para a compra de casa, do montante financiado, 2,49% estava como malparado. Neste caso, o crédito de cobrança duvidosa aumentou pelo segundo mês mas, ainda assim, ficou abaixo dos 2,54% fixados no passado mês de Novembro.

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No que diz respeito ao crédito concedido às empresas, em cada 100 euros emprestados, 15,11 euros era de cobrança duvidosa. Esta percentagem de 15,11% representa o valor mais elevado de sempre de malparado nas sociedades não financeiras.

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No total, em Fevereiro, os bancos tinham 18,3 mil milhões de euros em carteira como crédito vencido, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Um valor que supera os 17,9 mil milhões de euros registados no primeiro mês do ano.

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