Malparado das famílias e empresas cresce em Janeiro
Os bancos nacionais tinham, no final de Janeiro, mais de 17,7 mil milhões de euros em crédito de difícil recuperação, segundo os dados do Banco de Portugal, publicados esta terça-feira. Um montante que fica aquém dos 19 mil milhões de euros atingidos durante o ano passado, mas que ainda assim representa um crescimento face aos 17,56 mil milhões de euros registados no final do ano passado.
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Em Dezembro, o crédito de cobrança duvidosa registou uma queda expressiva, coincidindo com a limpeza de carteiras de malparado que os bancos efectuam, em regra, no final dos trimestres e no final do ano. Mas, em Janeiro, a tendência voltou a ser de crescimento. E, do total de crédito concedido a particulares e empresas, 8,84% estava dado como malparado, superando os 8,75% do mês anterior.
No que se refere às famílias, o montante de crédito de difícil recuperação voltou a superar os cinco mil milhões de euros, o que significa 4,26% de todo o dinheiro emprestado. No empréstimo para a compra de casa, tipicamente o último que as famílias deixam de pagar, 2,58% do dinheiro emprestado está dado como malparado, superando os 2,54% atingidos um mês antes.
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Nos empréstimos ao consumo, 9,35% do crédito concedido é de difícil recuperação, mais do que os 9,22% registados em Dezembro. Ainda assim, esta percentagem fica aquém dos 10% registados ao longo de 2015. Já nos créditos para outros fins, o malparado voltou a superar os 15%, mais do que os 14,69% fixados em Dezembro.
Quanto às empresas, o montante de difícil recuperação ascende a 12,65 mil milhões de euros, ou 15,53% do total emprestado. Em Dezembro, do total de dinheiro emprestado a sociedades não financeiras 15,43% estava dado como malparado.
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