Crédito para a casa dá maior salto desde agosto de 2008
O stock de empréstimos para habitação aumentou 986 milhões de euros relativamente a junho, totalizando 106,3 mil milhões de euros no final de julho.
O montante total de crédito para a habitação em Portugal aumentou 986 milhões de euros em julho, face ao mês anterior, totalizando 106,3 mil milhões de euros, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Banco de Portugal. Em comparação com o mês homólogo, manteve-se a trajetória de aceleração, com um crescimento de 8,1%, o mais elevado desde agosto de 2008.
A subida do "stock" de empréstimos no país coincide com um momento de alívio na Euribor - o indexante usado nos créditos com taxa de juro variável - após o pico atingido no início de 2024. Além disso, também as medidas de incentivo à compra da primeira casa por parte dos jovens até aos 35 anos (incluindo isenção de impostos e a garantia pública) têm ajudado.
Mas a tendência não se cinge ao crédito à habitação. Em julho de 2025, o montante total de empréstimos a particulares cresceu 8% em relação ao mesmo mês do ano anterior - igualmente a maior taxa de variação anual desde agosto de 2008.
O montante de empréstimos ao consumo e outros fins aumentou 158 milhões de euros relativamente a junho, para 32,8 mil milhões de euros. O crescimento em relação ao período homólogo foi de 7,7%, abaixo do registado no mês anterior (7,9%). A taxa de variação anual foi de 7% nos empréstimos para consumo e de 9% nos empréstimos para outros fins.
O Banco de Portugal detalha que, no que diz respeito ao crédito ao consumo e outros fins, no final de julho, o "stock" de crédito pessoal totalizava 13 mil milhões de euros, mais 73 milhões do que em junho. Relativamente ao mês homólogo, o crescimento foi de 7,2%, idêntico ao observado no mês anterior.
O crédito automóvel fixou-se em 8,8 mil milhões de euros, mais 72 milhões de euros do que em junho, e apresentou uma taxa de variação anual de 9,9%. Os cartões de crédito totalizaram 3,3 mil milhões de euros, menos 26 milhões de euros do que em junho, e registaram uma taxa de variação anual de 7,7%.
(Notícia atualizada às 11:20)
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