Novas operações de crédito à habitação com a taxa mais baixa desde novembro de 2022
A taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação diminuiu pelo quinto mês consecutivo, passando de 2,97%, em maio, para 2,91% em junho.
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A taxa de juro média das novas operações de crédito, que inclui contratos renegociados, desceu para 2,91% em junho. Trata-se do valor mais baixo desde novembro de 2022, indica a nota estatística do Banco de Portugal. "Esta descida observou-se quer nos novos contratos, quer nos contratos renegociados, cujas taxas médias se reduziram 0,04 pp e 0,13 pp, para 2,87% e 3,11%, respetivamente", detalha o supervisor.
À semelhança dos depósitos, Portugal registou no mês passado a quinta taxa de juro média mais baixa do conjunto de países da Zona Euro. A média dos 20 Estados fica nos 3,29%.
Dos novos empréstimos concedidos para construção e aquisição de habitação própria permanente, 72% recorreu a taxa mista, percentagem que se mantém inalterada face a maio, enquanto 22% foi a taxa variável e apenas 6% com taxa fixa. Em junho, os contratos a taxa mista representavam 39% do stock de crédito à habitação - um valor que tem vindo a subir de forma de forma ininterrupta desde dezembro de 2018, data em que o supervisor começou a publicar estes dados.
A prestação média mensal do "stock" total dos empréstimos à habitação diminuiu um euro em junho, fixando-se nos 413 euros - o valor mais baixo desde setembro de 2023.
"A taxa de juro média das novas operações a taxa mista foi de 2,78% em junho, menos 0,04 pp do que em maio. A taxa de juro média das novas operações a taxa variável foi a que mais se reduziu (0,18 pp, para 2,90%), mantendo-se abaixo da verificada nas operações a taxa fixa, que aumentou 0,06 pp, para 3,50%", detalha o Banco de Portugal.
Nos empréstimos ao consumo, a taxa de juro média de novas operações atingiu 8,86% em junho. Nos empréstimos para outros fins, a taxa de juro média desceu 0,19 pp, para 3,54%.
Apesar da descida geral de juros, as novas operações de empréstimos a particulares (que incluem contratos totalmente novos e contratos renegociados) totalizaram 3.083 milhões de euros em junho, menos 321 milhões do que em maio.
Na finalidade de habitação, o montante de novos contratos desceu 121 milhões de euros, para 1.904 milhões de euros. O crédito concedido a mutuários com idade igual ou inferior a 35 anos representou 61% do montante de novos contratos para habitação própria permanente concedidos em junho (excluindo os novos contratos para consolidação de crédito e as transferências de crédito para outra instituição), menos 1 pp. que no mês anterior.
Na finalidade de consumo, o montante dos novos contratos atingiu 557 milhões de euros, menos 72 milhões de euros do que em maio. O montante de novos contratos de crédito para outros fins aumentou oito milhões de euros, para 269 milhões de euros.
Em atualização
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