5 coisas que precisa de saber para começar o dia
Esta terça-feira a Sonae Capital apresenta os resultados do primeiro trimestre após o fecho da bolsa nacional. Em Bruxelas começa uma nova ronda de negociações sobre o Brexit e o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg vai falar sobre protecção de dados perante o Parlamento Europeu.
Resultados continuam na bolsa nacional. Hoje é a Sonae Capital
Arrancou, em meados de Abril, a época de apresentação de resultados do primeiro trimestre. E, nas últimas semanas, várias empresas têm prestado contas ao mercado. Esta terça-feira será a vez de a Sonae Capital divulgar as contas dos primeiros três meses do ano, após o fecho da bolsa.
A Sonae Capital deverá permanecer com prejuízos no primeiro trimestre deste ano, embora com uma melhoria significativa nos indicadores operacionais. Os analistas do BPI e CaixaBI coincidem na previsão dos resultados líquidos da Sonae Capital: prejuízos de 5 milhões de euros, que comparam com um valor também negativo de igual dimensão no mesmo período de 2017. Quanto ao EBITDA, os dois bancos de investimento apontam para uma subida significativa. O CaixaBI estima um aumento de 313% para 1,8 milhões de euros e o BPI aponta para 2 milhões de euros. No que diz respeito às receitas, o CaixaBI estima um crescimento de 20,8% para 39,4 milhões de euros e o BPI um aumento de 29% para 41 milhões de euros.
Mais negociações sobre o Brexit
Começa, esta terça-feira em Bruxelas, mais uma ronda de negociações relativa à saída do Reino Unido da União Europeia.
Em Junho, decorre a cimeira onde este será um dos principais temas. Uma das questões a resolver antes deste encontro do próximo mês refere-se à fronteira com a Irlanda.
Zuckerberg ouvido no Parlamento Europeu
Hoje é ouvido em Bruxelas o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg. O fundador da rede social testemunha perante o Parlamento Europeu sobre o caso que envolveu o uso indevido de informação dos seus utilizadores por parte da consultora política britânica Cambridge Analytica.
Em causa está a questão da protecção de dados, uma vez que a Cambridge Analytica, que trabalhou designadamente na campanha eleitoral de Donald Trump e na da saída do Reino Unido da União Europeia, usou a informação recolhida para criar um "poderoso programa informático para prever e influenciar as escolhas dos eleitores", sublinhava recentemente o The Guardian.
BdP: estatísticas de endividamento do sector não financeiro
Por cá, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga o relatório Causas de Morte em 2016. Por outro lado, o Banco de Portugal apresenta as estatísticas de endividamento do sector não financeiro, bem como os números relativos ao financiamento das administrações públicas.
No resto do mundo, destaque para os dados relativos ao financiamento do sector público no Reino Unido. Serão também divulgadas as actas do banco central do Brasil. Além disso, o Banco Central Europeu (BCE) poderá publicar hoje o seu Relatório de Convergência e o Fundo Monetário Internacional (FMI) apresenta um relatório sobre a Rússia.
Juros de Portugal vão continuar a subir?
A perspectiva de um governo populista em Itália continua a assustar os investidores e é no mercado de dívida soberana onde se sente o maior impacto. Na sessão de ontem, as obrigações italianas estiveram em queda acentuada, elevando os juros para máximos de quase três anos no prazo a dois anos. Uma evolução que também condicionou os títulos de dívida dos países periféricos do euro, como é o caso de Portugal e Espanha.
A "yield" das obrigações do Tesouro de Portugal a 10 anos seguiam a subir 14,3 pontos base ao final da tarde, para 2,01%, superando assim a fasquia dos 2% pela primeira vez desde 5 de Março. Em Espanha a subida era mais contida, com a "yield" a avançar 5 pontos base para 1,49%, mas sendo também o nível mais elevado desde 6 de Março. A "yield" dos títulos de dívida italiana a 10 anos avançava 16,7 pontos para 2,395%, o nível mais elevado desde Julho de 2017 – e no prazo a 2 anos o aumento era 12,3 pontos base para um máximo de quase três anos nos 0,23%.
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