Esta terça-feira marca os dez anos da detenção de Bernard Madoff, o empresário nova iorquino responsável pela maior fraude financeira da história: 65 mil milhões de dólares. Apenas parte desse montante corresponde a dinheiro efectivamente investido, e o qual tem vindo a ser devolvido. Agora, só falta aos investidores reverem menos de um terço da quantia perdida no escândalo.
Dos 65 mil milhões de dólares que o banco de investimento Bernard L. Madoff afirmava administrar, e que e se encontravam declarados no balanço, só 19 mil milhões foram efectivamente investidos pelos clientes.
A equipa que apurou as verdadeiras perdas por detrás por escândalo é a mesma que tem vindo a restabelecê-las com sucesso nos últimos dez anos. Depois de definida a quantia, o foco mudou para a identificação de quem possuía investimentos e se tinha conseguido retirar parte dos mesmos, o que resultou na recuperação de 70% dos fundos, ou 13.300 milhões de dólares.
A perspectiva desta equipa é que a taxa de recuperação suba para os 90% nos próximos anos, e acredita que conseguirá devolver mais 4 mil milhões de dólares. Quando começaram este processo, o ponto de partida contou com 650 milhões, valor que constituia o património.
Desde que o escândalo rebentou em 2008, o advogado Irving H. Picard está à frente desta força de trabalho. Há duas semanas, num comunicado enviado às redacções e citado pelo Cinco Días, Picard explica que "na estrutura piramidal criada por Madoff, o valor dos investimentos era fictício. Por isso decidiu-se que as reclamações se basearam nos depósitos efectivamente realizados, descontando os levantamentos de dinheiro", uma metodologia aprovada pelo tribunal.
Na altura, foram vários os nomes sonantes que se fizeram saber afectados: os nomes de Steven Spielberg, John Malkovich e Kevin Bacon juntam-se ao do banco Santander entre os perdedores, sendo que a instituição espanhola foi mesmo a que mais perdeu – cerca de 3.500 milhões de dólares.
Madoff encontra-se detido depois de ter sido condenado a 150 anos de prisão.
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