Escritórios amigos do ambiente, menos viagens de trabalho e “escapes” à pandemia. Como as gestoras implementam a sustentabilidade
Do ambiente à comunidade, passando pela sua cultura interna, as grandes gestoras de ativos estão a promover medidas para promover uma atividade mais sustentável. O foco ambiental surge em evidência, mas há também preocupação com as condições dos trabalhadores, sobretudo nesta fase de pandemia.
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Escritórios amigos do ambiente A maioria das gestoras admite que está a adotar medidas para reduzir a pegada ambiental. Enquanto organizações como a JPMorgan ou a Fidelity assinaram a “Climate Action 100+”, a Schroders comprometeu-se, no ano passado, em que todas as suas fontes de energia sejam renováveis em 2025. Por outro lado, vai promover escritórios mais amigos do ambiente, bem como reduzir o consumo de água e energia, segundo adiantou Carla Bergareche, diretora-geral da Schroders para Portugal e Espanha, ao Negócios. Repensar viagens de trabalho A La Française introduziu um plano que prevê reduzir as emissões de carbono nas atividades do grupo, prevendo para tal repensar as viagens de trabalho e a compra de serviços. Já a Caixa GA adianta que “em termos de política de ambiente, a estratégia da CGD responde a três compromissos fundamentais: o cumprimento da legislação ambiental, a adoção de uma atitude e medidas proativas de prevenção da poluição e a melhoria contínua do desempenho ambiental”. Donativos à comunidade Na sua interação com a sociedade, várias entidades optam por marcar presença em várias ações com a comunidade local. O Capital Group, por exemplo, indica que todos os anos ajuda cerca de 3.600 organizações locais e globais com donativos e o envolvimento pessoal dos seus funcionários em atividades na comunidade. A gestora dá, anualmente, entre 25 e 30 milhões de dólares para ações de caridade. Também a Schroders participa em parcerias com organizações que ajudam a gestora a contribuir para a sociedade e “ao fornecer maior investimento em capital social e maximizar o impacto que podemos ter”, explica a Schroders. Promover a igualdade e a diversidade Garantir uma base de funcionários que não discrimina em função do género, da etnia, por questões raciais ou orientação sexual é um dos objetivos das gestoras contactadas pelo Negócios. “Continuamos comprometidos em fazer um progresso sustentável na igualdade de género”, adianta a Standard Life Aberdeen. Também a BPI GA destaca que “ identifica as pessoas – colaboradores, clientes e a sociedade em geral – como sendo uma parte vital da organização, promovendo a cooperação e agilidade em todas as áreas de atuação”. Acautelar o bem-estar dos funcionários Além da adoção do teletrabalho, as firmas de investimento têm implementado medidas concretas para ajudar os seus trabalhadores durante a pandemia. A Schroders criou um plano de assistência que funciona 24 horas por dia, destinado a ajudar os seus funcionários e as suas famílias. A gestora disponibiliza programas de autoajuda e bem-estar. O mesmo aconteceu com a UBS AM, que tem prestado apoio adicional aos colaboradores nesta fase. Reestruturações suspensas Devido à pandemia, a UBS AM decidiu que não iria conduzir atividades de reestruturação, que teriam levado a demissões, “de modo a dar aos nossos funcionários e às suas famílias a segurança e estabilidade necessárias e proteger a sociedade de consequências negativas, como maior desemprego”, relata. Remunerações sustentáveis As remunerações são uma das áreas em que a BPI GA tem atuado ao nível da “governance”. “As políticas e práticas de remuneração da BPI GA promovem uma gestão sólida e efetiva dos riscos em matéria de sustentabilidade, assegurando que a estrutura de remuneração não encoraja a assunção de riscos excessivos em matéria de sustentabilidade”.
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