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Fragilidade franco-alemã pode impedir subida de juros pelo BCE em 2026, diz economista

Apesar de se falar já em subidas dos juros na Europa em 2026, o economista Paulo Monteiro Rosa acredita num cenário não só de manutenção das taxas, mas até de cortes.

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O ano que agora termina foi marcado por descidas quase transversais nas taxas de juro nas maiores economias - nove dos 10 bancos centrais dos países com moedas mais transacionadas fizeram cortes, num total de 32 descidas. Mas tudo indica que os cortes estão a chegar ao fim. A Reserva Federal (Fed) norte-americana anunciou este mês a terceira redução consecutiva das taxas de juro e deverá ainda fazer mais cortes, enquanto o . Em contraciclo está o Banco do Japão.

Apesar de , os mercados estão já a apostar que a próxima mexida nos juros venha a ser de subida, mas que aconteça apenas entre o final de 2026 e o início de 2027.

Paulo Monteiro Rosa admite que há já analistas que antecipam uma subida ligeira dos juros na Europa, de 25 pontos-base, mas o economista sénior do Banco Carregosa mostra-se cético: "A economia alemã continua muito, muito frágil. Vem de dois anos consecutivos de recessão económica. A última vez que isto aconteceu foi em 2000 e foi a segunda vez que aconteceu desde a Segunda Guerra Mundial. Nada ainda invalida que não possamos ter um terceiro ano consecutivo de recessão (...) A economia continua muito pressionada pelos custos de energia mais elevados, problemas na indústria, nomeadamente a indústria automóvel".

A este cenário junta-se França, que atravessa uma crise política e orçamental. "A fragilidade do eixo franco-alemão não dará muito mote para alguma subida dos taxas de juros", afirma, em entrevista ao programa do Negócios no canal NOW.

Ao mesmo tempo, o economista explica que, se a Fed cortar os juros acima do esperado, isso poderá fortalecer o euro, o que pode resultar até num cenário, não só de manutenção, mas de corte de juros. "O euro subindo à casa de 1,20 [dólares], 1,25, podemos ter aqui uma deflação importada e por isso com alguma margem para o Banco Central Europeu poder mesmo descer as taxas de juro. Esta é a minha expectativa", explica.

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