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Fundos de energia têm o pior desempenho no último mês

Os fundos de investimento não saíram ilesos da recente queda do petróleo. O alívio dos preços acabou por arrastar os fundos mais expostos ao "ouro negro" para quedas que há muito não se verificavam nesta categoria.

29 de Setembro de 2006 às 07:30

Os fundos de investimento não saíram ilesos da recente queda do petróleo. O alívio dos preços acabou por arrastar os fundos mais expostos ao "ouro negro" para quedas que há muito não se verificavam nesta categoria.

Dados da Standard&Poor"s revelam que os fundos de energia registaram a pior "performance" mensal, entre todas as classes de fundos.

No último mês, o sector de energia liderou a tabela das dez piores rentabilidades, ao perder cerca de 6,49%. Esta correcção significativa justifica-se com a elevada exposição destes fundos ao sector do petróleo que, durante o mesmo período, registou quedas acima dos dois dígitos.

O "crude" negociado em Nova Iorque desceu 10,89%, enquanto que o "brent" transaccionado em Londres caiu 11,61%.

A descida dos preços do petróleo também penalizou os fundos de "commodities" e do sector do ouro e metais preciosos, que sofreram quedas mensais de 4,13% e 5,76%, respectivamente.

Nos fundos de energia comercializados no mercado português, as quedas estiveram abaixo dos dois dígitos. De acordo com a Standard&Poor"s, o AMEX Global Energy, da American Express, foi o maior "perdedor" com uma rentabilidade negativa de 9,83% (ver tabela).

As empresas do sector do petróleo (exploração, refinaria, serviços, etc.) são a grande aposta destes fundos que, a nível regional, têm uma forte concentração no mercado norte-americano.

As perdas do último mês estão a levar alguns gestores a alterar as suas estratégias de alocação, de forma a diminuírem o peso do petróleo nas suas carteiras.

No entanto, há quem desvalorize o impacto desta correcção dos preços nos retornos proporcionados pelos fundos de energia.

As estratégias dos fundos de investimento baseiam-se numa lógica de longo prazo, o que faz com que as correcções no curto prazo sejam menos significativas do que se verifica nos fundos mais especulativos, como, por exemplo, os "hedge funds".

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