Fundos de ouro e metais preciosos lideram perdas no último mês
Os fundos de investimento não saíram ilesos da recente turbulência dos mercados internacionais. No entanto, a instabilidade atingiu proporções desiguais nas diferentes categorias. Foi o caso dos fundos comercializados em Portugal especializados em ouro e
Os fundos de investimento não saíram ilesos da recente turbulência dos mercados internacionais. No entanto, a instabilidade atingiu proporções desiguais nas diferentes categorias. Foi o caso dos fundos comercializados em Portugal especializados em ouro e metais preciosos.
Um sector que regista o pior desempenho do último mês, entre todas as categorias de fundos disponíveis no mercado nacional.
Apesar de esta semana ter sido marcada por um novo máximo de 11 meses do ouro, os retornos recentes proporcionados pelos fundos especializados neste sector são pouco animadores.
De acordo com dados disponibilizados pela Morningstar, o sector do ouro e metais preciosos é o que mais perde no último mês, entre os 67 sectores representados pelos 2.541 fundos disponíveis para venda no mercado português. Regista uma rentabilidade negativa de 5,64%.
O mau desempenho do último mês acompanha a tendência verificada desde o início do ano, período em que os fundos de ouro acumulam quedas de 8,57%.
A liderar as perdas mensais desta categoria especializada no investimento em metais preciosos, está o SGAM Fund Eq. Gold Mines A, com um retorno negativo de 10,04%, seguindo-se o DWS Invest Gold + Prc MI LC com uma queda de 5,71%. Em 2007, o fundo gerido pela Société Générale acumula perdas de 15,57%, quando o fundo da DWS tem uma "performance" negativa de 9,74%.
Mas para quem investe numa lógica de longo prazo, o sector dos metais preciosos até é um dos que tem proporcionado dos maiores ganhos. No último ano, por exemplo, os sete fundos comercializados em Portugal e que são especializados em ouro e metais, apresentam uma rentabilidade média de 15,19%.
Muito próximo do sector "precioso" está o dos recursos naturais, tanto no curto como no longo prazo. Os cinco fundos desta categoria vendidos em Portugal, acumulam um retorno médio negativo de 5,01%, segundo a Morningstar.
No entanto, a tendência desde o início do ano é muito diferente da verificada no sector dos metais preciosos. É que a categoria dos recursos naturais rende em média 21,42%, desde Janeiro, enquanto no último ano o seu retorno médio atinge os 17,36%.
Nem todos os sectores foram afectados pela turbulência do último mês. Dos 67 sectores representados em Portugal, 23 conseguiram obter retornos positivos. O melhor foi o sector alimentar, que regista um rentabilidade média de 2,98%. Seguem-se os fundos de biotecnologia, com um ganho mensal de 2,85%, e de telecomunicações, que rendem 2,73%.
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