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Fundos especiais conquistam carteira dos portugueses

Os Fundos Especiais de Investimento (FEI) cresceram 350% no espaço de dois anos e hoje já representam mais de 11% do valor gerido em Portugal. Há cerca de quatro anos, a CMVM abriu portas a esta categoria. A indústria respondeu entusiasticamente e os port

19 de Abril de 2007 às 10:01

Os Fundos Especiais de Investimento (FEI) cresceram 350% no espaço de dois anos e hoje já representam mais de 11% do valor gerido em Portugal. Há cerca de quatro anos, a CMVM abriu portas a esta categoria. A indústria respondeu entusiasticamente e os portugueses aderiram ao produto. Resultado: o número de fundos é hoje o quádruplo de há dois anos, com os FEI a conquistarem cada vez maior espaço no mercado nacional.

"Existem três factores fundamentais para este desenvolvimento. Não só as alterações e a flexibilidade legislativa, mas também as alterações no perfil do investidor nacional e a maior concorrência no mercado", explica fonte do Santander Gestão de Activos. Esta recente aposta das sociedades nacionais está patente a todos os níveis: fundos lançados, activos geridos e peso no mercado.

Só nos últimos 12 meses, surgiram 23 FEI, enquanto 2007 já conta com seis novos produtos. Os únicos fundos lançados este ano pelas gestoras portuguesas são precisamente desta classe. Nos últimos dois anos, foram constituídos 39 fundos desta categoria. A aposta das gestoras nacionais está também a traduzir-se numa forte subida do volume sob gestão.

No espaço de dois anos, os activos geridos passaram de 732 milhões de euros para mais de 3,3 mil milhões, como revelam as estatísticas de Março da CMVM. Trata-se de um disparo superior a 350%. O cenário é ainda mais impressionante recuando ao início de 2005, período em que montante gerido aumentou 482%.

Os FEI são hoje a categoria de fundos que mais espaço tem conquistado no mercado nacional. Em Março de 2005 representavam 2,90% do mercado. Passados 24 meses, já pesam 11,26%. Uma conquista ilustrativa da adesão dos portugueses a estes produtos, que utilizam estratégias de alocação mais agressivas e que permitem diversificar os seus "portfolios".

A Caixagest é das mais activas neste segmento do mercado, quer em lançamento de novos produtos, quer de estratégias de investimento. Segundo a CMVM e a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios, a gestora do banco do Estado comercializa 19 FEI. As estratégias são variadas, desde energias renováveis, infra-estruturas, matérias-primas, mercados emergentes, etc.

O Santander Gestão de Activos é a segunda gestora com maior número de FEI (13), e promete "continuar a apostar nesta estratégia, à medida que surgirem novas oportunidades". Trata-se de um investimento que a instituição acredita trazer "valor acrescentado ao cliente" que, no entanto, deverá "conhecer muito bem o produto e perceber detalhadamente as suas características".

O Jornal de Negócios contactou seis gestoras de fundos portuguesas, incluindo a Caixagest. No entanto, até ao fecho da edição não obteve mais respostas.

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