Líderes europeus decidem embargo petrolífero às exportações do Irão
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia decidiram hoje o embargo petrolífero às exportações do Irão. A sanção surge na sequência do país se recusar a negociar sobre o seu programa nuclear.
O embargo surge com o objectivo de sancionar o regime iraniano devido ao seu programa nuclear, e pretende abalar as fontes de financiamento de Teerão.
Face à recusa das autoridades iranianas em retomar as negociações sobre o seu programa nuclear, que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) suspeita ter fins militares, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia estão agora a fortalecer as sanções, com impacto no sector do petróleo e no Banco Central do Irão, de acordo com a Lusa.
A medida mais dura deverá ser o embargo ao petróleo do Irão, que entre Janeiro e Outubro do ano passado exportou cerca de 600 mil barris por dia para a União Europeia, sobretudo para Itália, Espanha e Grécia.
Entre os Estados-membros, a Grécia é o único país com algumas reticências a este embargo, já que importa petróleo do Irão sob condições muito favoráveis, dado que o Teerão não exige garantias financeiras. Porém, segundo fontes diplomáticas, os restantes parceiros europeus deverão apresentar a Atenas alternativas que não afectem ainda mais as finanças públicas gregas.
Por outro lado, e também com o objectivo de diminuir as receitas do regime de Teerão, os 27 países da União Europeia deverão aprovar igualmente uma proibição da maior parte das transacções europeias com o Banco Central iraniano, permitindo apenas aquelas consideradas inofensivas e benéficas para a população iraniana.
Na agenda desta primeira reunião do ano dos líderes políticos da União Europeia, na qual participará o ministro Paulo Portas, contam-se ainda questões como o processo de paz no Médio Oriente, a situação na Síria e o diálogo entre Sérvia e Kosovo.
Mais lidas