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Maria Luís Albuquerque alerta para países que "estão a investir menos no rigor da auditoria"

A comissária com a pasta financeira não pretende, no entanto, mudar as atuais regras de auditoria. Em consulta pública a Comissão quer antes avaliar a supervisão sobre este setor.

Maria Luís Albuquerque alerta para rigor na auditoria em conferência em Lisboa
Maria Luís Albuquerque alerta para rigor na auditoria em conferência em Lisboa Miguel Baltazar/Jornal de Negócios
17:44

"Nos mercados financeiros, a verdade e a confiança são fatores em que tudo o resto assenta", começou por dizer Maria Luís Albuquerque. A comissária europeia dos Serviços Financeiros e União da Poupança e dos Investimentos alerta, no entanto, que "há sinais recentes de que algumas jurisdições podem estar a investir menos no rigor da auditoria". E a história, , "mostra que menor supervisão pode, ao longo do tempo, ter custos significativos para a confiança e estabilidade e, por consequência, para a competitividade".

A responsável foi perentória em garantir que no trabalho que está a ser feito pela Comissão Europeia para gerar um novo "mindset" de crescimento económico não estão em causa as normas éticas. Na conferência do Conselho Internacional de Normas Éticas para Contabilistas (IESBA, na sigla em inglês), em Lisboa, Maria Luís Albuquerque disse que as "regras éticas sólidas e uma supervisão rigorosa criam a confiança necessária para que os mercados prosperem e para que os investidores tenham confiança para se exporem a esses mercados".

A comissária revelou, no entanto, que a Comissão não pretende realizar mudanças às atuais normas éticas dos auditores, mesmo depois da IESBA ter atualizado o seu código de ética para passar a incluir regras para o reporte de sustentabilidade. A antiga ministra das Finanças argumentou que as regras introduzidas em 2014, de rotação de auditores, entre outras, têm melhorado a qualidade dos serviços de auditoria. "Por isso, nesta fase, não vemos motivos suficientes para mudanças profundas nas nossas regras de auditoria", afirmou.

Onde há oportunidade de melhoria é na supervisão dos auditores. Foi, aliás, devido a isso mesmo que a Comissão lançou no passado dia 5 de setembro uma consulta pública para "reforçar a coerência da supervisão de auditoria", uma vez que os reguladores não operam com poderes e recursos iguais na União Europeia. Analisados os resultados "será feita a análise do que é necessário, ou não".

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