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Mota-Engil perde mais de metade do valor desde o início do ano

As acções da Mota-Engil continuam a registar fortes quedas, acumulando uma descida superior a 50% desde o início do ano. As crises dos emergentes têm sido as principais responsáveis pelo desempenho.

mota engil gonçalo moura martins
mota engil gonçalo moura martins Bruno Simão
10 de Outubro de 2018 às 17:48

As acções da Mota-Engil fecharam a cair 5,49% para 1,79 euros, esta quarta-feira, 10 de Outubro. E elevaram para 51,13% a queda desde o início do ano. Os títulos da construtora estão mesmo a negociar no valor mais baixo desde Março de 2017. A capitalização bolsista da Mota-Engil é de cerca de 450 milhões de euros, sendo actualmente a quinta cotada menos valiosa do PSI-20.

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Mota-Engil perde mais de metade do valor desde o início do ano

A forte descida das acções está a ser acompanhada por uma liquidez elevada, tendo trocado de mãos só esta sessão o triplo da média dos últimos seis meses. Foram negociadas mais de 1,5 milhões de acções, quando a média é de 567 mil. Já ontem trocaram de mãos mais de um milhão de títulos.  

A contribuir fortemente para o desempenho bolsista da Mota-Engil têm estado as crises nas economias emergentes, onde a construtora liderada por Gonçalo Moura Martins (na foto) opera. Nos últimos meses houve relatos de problemas financeiros em vários países - como a Argentina, Turquia, África do Sul e Brasil - o que fez soar os alarmes em torno dos mercados emergentes de uma forma geral, penalizando as moedas locais e as empresas mais expostas a estes mercados.

Tendo passado o período de maior agitação em torno dos emergentes, o foco mais recente dos investidores tem sido Itália e os receios em torno da subida de juros, em especial nos EUA, o que tem levado os investidores a preterirem o mercado accionista e obrigacionista e a apostarem em activos que beneficiam mais da subida de juros.

No que respeita a contas, a Mota-Engil revelou que os lucros do primeiro semestre aumentaram 24% para 5,7 milhões de euros. Números que foram conhecidos a 30 de Agosto. Os próximos resultados só serão conhecidos já em 2019, uma vez que a construtora não divulga os dados trimestrais, pelo que só são apresentados resultados do primeiro semestre e do total do ano.

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