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Ouro atinge máximo histórico com compra da Índia

O preço do ouro disparou para um recorde, impulsionado pela compra de 200 toneladas deste metal precioso pelo banco central da Índia ao Fundo Monetário Internacional (FMI), intensificando a especulação de que poderão haver mais compras oficiais.

03 de Novembro de 2009 às 16:22

O ouro para entrega em Dezembro escalou para 1.077,30 dólares por onça no mercado nova-iorquino. O anterior máximo histórico tinha sido atingido a 14 de Outubro, quando se fixou nos 1.072 dólares.

No mercado ‘spot’ de Londres, o recorde de 1.070,80 dólares ainda não foi superado, mas as cotações também seguem em alta. Na bolsa indiana, os preços dispararam para um máximo de sempre em rupias.

O petróleo, que estava a negociar no vermelho desde a abertura da sessão, penalizado pela antecipação de um aumento das reservas norte-americanas de crude na semana passada, já entrou em terreno positivo, sustentado por este pulo do ouro.

“É uma notícia positiva, de variadas formas. Sugere que os bancos centrais, em vez de serem vendedores, estão agora a tornar-se compradores. É uma surpresa, pois dizia-se que o comprador era a China”, comentou à Bloomberg um analista do TheBullionDesk.com, James Moore.

Esta compra por parte da Índia é a mais volumosa de pelo menos 30 anos feita por um banco central num período de tempo tão curto, referiu Timothy Green, autor de “The Ages of Gold”, em declarações à Bloomberg. “O único evento comparável é o das aquisições por parte dos EUA nas décadas de 30 e 40”, acrescentou.

A aquisição das 200 toneladas de ouro pela Índia, no valor de 6,7 mil milhões de dólares, decorreu entre 19 e 30 de Outubro. O ouro está a ganhar terreno numa altura em que os metais industriais estão a ceder, devido aos receios de que os governos acabem com as medidas de estímulo económico, o que penaliza a procura destas matérias-primas.

De acordo com os dados da GFMS, a Índia possuía 350 toneladas de ouro no final de 2008, o que a tornava no 12º maior detentor governamental deste metal preciso. Estas 200 toneladas adicionais colocarão o país no 9º lugar do “ranking”.

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