Só um quarto dos portugueses poupa para a reforma
Apenas um quarto dos portugueses poupa parte do seu rendimento actual para constituir um complemento à sua reforma. Um dado que revela a baixa consciencialização nacional para a preparação da vida na fase pós-activa. São as conclusões do Índice de Consciência Reforma (ICR), calculado pelo Grupo Caixa Geral de Depósitos e por uma equipa de investigadores do ISCTE, divulgadas ontem.
O índice situou-se num ponto médio de 10,4, numa escala de 0 a 100. Cerca de 61% dos inquiridos se situou abaixo deste ponto médio, revelando que "há ainda muito trabalho a fazer" no que toca à consciencialização da população para a reforma, considera António Caetano, professor do ISCTE e responsável pelo estudo. O valor máximo obtido foi 53,1.
A nova forma de cálculo do valor da reforma, que considera o valor dos salários recebidos ao longo de toda a vida activa, significa uma quebra de rendimentos para a maioria dos portugueses. Esta situação impõe a necessidade de um complemento ao valor que será recebido na pensão do Estado. "Há a necessidade de haver um acrescento, porque há uma quebra de rendimentos quando a pessoa passa à situação de reforma", frisou António Caetano ao Negócios.
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