Tarifas a 1 de agosto: "Mercados mantêm alguma apreensão, mas estão também otimistas"
Na contagem decrescente para a entrada em vigor das tarifas, os mercados têm estado a reagir com otimismo depois de verem o acordo entre EUA e Japão, diz Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades.
A Comissão Europeia garantiu, na quinta-feira, estar em "diálogo intenso" com os Estados Unidos para um acordo comercial, que ainda espera que seja alcançado. Em meados deste mês, Donald Trump anunciou que iria impor tarifas de 30% sobre produtos da UE a partir de 1 de agosto, numa carta endereçada à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Apesar da contagem decrescente, Ricardo Evangelista, CEO da ActivTrades, considera que os "mercados estão a antecipar com algum otimismo".
"O facto de os Estados Unidos terem alcançado um acordo significativo com o Japão, um acordo comercial, levanta a esperança de que esse acordo possa servir de modelo para algo semelhante entre os EUA e a União Europeia. Portanto, os mercados estão a olhar com algum otimismo para isto, tem havido um aumento do apetite pelo risco durante esta semana, depois do anúncio do acordo entre os Estados Unidos e o Japão", afirma em entrevista ao Negócios no canal NOW.
Além disso, há outros indicadores como os ativos-refúgio, acrescenta Ricardo Evangeslista. "O ouro, que é sempre um barómetro do medo dos investidores tem vindo a cair esta semana, está já na terceira sessão consecutiva de perdas. E os índices acionistas, sobretudo os americanos, estão a registar ganhos significativos. Ainda ontem o S&P 500, por exemplo, atingiu um novo máximo histórico. Portanto, diria que os mercados mantêm alguma apreensão, porque o que se avizinha a partir de 1 de agosto, num cenário mais negativo, é um pouco assustador, mas estão também com bastante otimismo porque esperam que venha a ser alcançado o acordo com os Estados Unidos".
Mais lidas