UBS inicia cobertura da Novabase com recomendação de «compra»
As acções da Novabase registavam uma subida de quase 4% em bolsa, depois do UBS ter iniciado a cobertura das acções dos títulos com uma recomendação de comprar e um preço-alvo de 8 euros.
As acções da Novabase registavam uma subida de quase 4% em bolsa, depois do UBS ter iniciado a cobertura das acções dos títulos com uma recomendação de comprar e um preço-alvo de 8 euros.
Os títulos da empresa liderada por Rogério Carapuça valorizavam 3,92% para 6,62 euros, tendo alcançado uma subida máxima de 5,97% ao longo da sessão.
O UBS estima que a Novabase registe um crescimento de 35% nas receitas em 2005, depois de uma fase de fraco crescimento económico entre 2001 e 2004 – particularmente em 2003 - no sector das tecnologias português. Esse período conduziu a um processo de «selecção natural», que afastou alguns «players» do mercado e criou perspectivas atractivas para o médio prazo.
Para o banco de investimento, à actual cotação, o mercado não está a atribuir valor à unidade de TV, que o UBS avalia, «de forma que pode ser conservadora», ao valor das vendas estimadas para 2007.
Tendo em conta um PER de 16 vezes os lucros estimados para 2006, a Novabase está a negociar em bolsa com um desconto de 15% face ao sector, conclui a mesma fonte.
Face à cotação de fecho de ontem, de 6,37 euros, o preço-alvo do UBS incorpora um potencial de valorização de 25%.
Criada em 1989 e funcionando inicialmente como uma empresa de software, a Novabase é a empresa líder de tecnologia de informação em Portugal, com duas áreas-chave de negócio actualmente: consultoria em tecnologia da informação (TI) e soluções de engenharia. O UBS estima que a quota da empresa no mercado português de serviços das tecnologias da informação ronde os 10 a 12%. A Novabase entrou em bolsa em 2000, a um preço de 8,5 euros por acção.
Está a registar-se um crescimento da área de «outsourcing» do grupo, que actualmente representa um terço das receitas da unidade de consultoria, contra um quarto em 2004. Tanto a unidade de consultoria em tecnologias da informação como a das soluções de engenharia devem beneficiar da nova aposta tecnológica do governo português, que irá focar-se no rápido «upgrade» tecnológico da administração pública e dos sistemas de serviços.
No que diz respeito à consultoria em TI, o UBS observa um forte potencial de crescimento no mercado nacional no curto prazo, devido aos níveis estruturalmente mais baixos da penetração das tecnologias da informação (O sector das TI representa cerca de 1,5% do PIB, ao passo que a norma é de 2,5%-3% na maioria dos países da UE).
A unidade de soluções de engenharia observou um crescimento forte nos últimos quatro anos. Esta área de negócio começou por ser construída em torno das «set-top boxes» (correspondentes a 50% das vendas desta divisão) que a Novabase fornece à PT Multimédia (contrato exclusivo com a TV Cabo), se bem que as receitas não-PTM representem agora metade daquela divisão e a empresa tenha procedido a algumas aquisições – como a participação de 85% na GE Capital IT Solutions Portugal em 2001 e a «joint-venture» com a Technotrend alemã em 2004.
Este ano deverá ser particularmente positivo para a Novabase em Portugal, refere o UBS, uma vez que a PTM está a transferir os contratos analógicos dos seus clientes para digitais. A Novabase também ganhou contratos para «set-top box» na Alemanha, Reino Unido e França através da sua plataforma comercial Technotrend, com empresas como a Première e a Swisscom, mas está igualmente a crescer rapidamente através de acordos de licenciamento. A Novabase é também a líder de mercado portuguesa em bilhética e soluções de controlo de acesso. Por último, esta unidade de negócio é também líder de mercado nacional nas soluções de infraestruturas (sendo a maior integradora da Cisco no país).
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