O dia começou com a bolsa chinesa a perder mais de 7%. A negociação foi interrompida por ter sido atingida a queda diária máxima permitida.

A queda arrastou os mercados europeus e norte-americanos. A Europa viveu a pior primeira sessão do ano de sempre e nos Estados Unidos, o S&P500 viveu a pior desde 2001, ano dos ataques terroristas em Nova Iorque.

O S&P500 fechou o dia a perder 1,5% para 2.012,98 pontos, tendo chegado a cair 2,7% durante a sessão. O índice tecnológico Nasdaq perdeu 2,08% para 4.903,090 pontos e o industrial Dow Jones recuou 1,58% para 17.148,94 pontos. 

Esta segunda-feira, os principais índices Shanghai e Shenzhen registaram quedas superiores a 7%, pelo que a hora e meia da hora de fecho as negociações ficaram suspensas automaticamente, impedindo negócios com acções, futuros e opções.

Foi o pior arranque do ano para a bolsa chinesa, um mercado de sete biliões de dólares. Um arranque que reagiu aos dados macro-económicos conhecidos no fim-de-semana sobre a actividade industrial chinesa, que contraiu pelo quinto mês consecutivo, a mais longa série de contracção desde 2009.

A juntar a estes indicadores, o banco central chinês fixou o yuan no nível mais baixo de há quatro anos e meio, cotando-se nos 6,5032 por cada dólar norte-americano.

Já durante a tarde foi conhecido que a indústria dos Estados Unidos registou, em Dezembro, o pior desempenho em mais de seis anos.

O índice de gestores de compras (PMI, na sigla inglesa) para a indústria dos Estados Unidos caiu de 48,6 pontos, em Novembro, para 48,2 pontos, em Dezembro, o valor mais baixo desde Junho de 2009.

Este indicador manteve-se, assim, abaixo da barreira dos 50 pontos, que faz a fronteira entre a expansão e a contracção (leituras acimas de 50 pontos indicam crescimento, e abaixo desse limiar, contracção).

(Notícia actualizada às 21:19)