Petróleo, ouro e prata derrapam nos mercados internacionais
As cotações do "ouro negro" seguem a negociar no vermelho, penalizadas pelo facto de a produção de crude nos Estados Unidos estar no nível mais alto desde a década de 80, pelo fim do programa de estímulos à economia norte-americana por parte da Fed e também pelo aumento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP).
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Em Londres, o Brent do Mar do Norte - que serve de referência às importações portuguesas – para entrega em Dezembro segue a cair 1,3% para 85,11 dólares por barril.
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Já no mercado nova-iorquino, o contrato de Dezembro do West Texas Intermediate (WTI) perde 1%, a negociar nos 80,31 dólares.
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Tanto o Brent como o WTI estão a caminho das suas maiores quedas mensais desde 2012. O Brent pode, aliás, registar a mais longa série semanal de perdas desde 2002.
Os crudes de referência europeu e norte-americano já caíram mais de 20% desde os máximos de Junho passado, estando assim em "bear market", numa altura em que os principais membros da OPEP resistem aos apelos de redução da oferta.
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A produção dos 12 membros do cartel petrolífero em Outubro – responsável por cerca de 40% do fornecimento mundial – aumentou em 53 mil barris por dia, para 30,974 milhões de barris, naquele que foi o terceiro mês consecutivo de subida da oferta e o nível mais alto de 14 meses.
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Os membros da OPEP reúnem-se no próximo dia 27 de Novembro em Viena para debaterem os seus níveis de produção e o "plafond" visado de 30 milhões de barris por dia.
Metais preciosos também cedem terreno
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O ouro e a prata seguem igualmente em baixa, no mercado londrino, estando a negociar nos valores mais baixos desde 2010. A penalizar as cotações está a valorização do dólar face às principais moedas, depois de o Banco do Japão ter aumentado inesperadamente os estímulos à economia nipónica e de a Reserva Federal norte-americana ter concluído o programa de compras mensais de activos, no âmbito da terceira ronda de flexibilização quantitativa.
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Recorde-se que quando o dólar está a valorizar, os activos negociados em dólares – como é o caso da maioria das matérias-primas – perdem atractividade para os investidores.
O ouro para entrega imediata cai 2%, para 1.175,38 dólares por onça em Londres, depois de já ter estado a negociar nos 1.167,49 dólares – o valor mais baixo desde Julho de 2010. O metal amarelo aproxima-se a passos largos de uma queda semanal de 4,5% e, se assim for, será a maior descida desde Setembro de 2013.
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No Comex – mercado nova-iorquino de matérias-primas – o ouro para entrega em Dezembro recua 2,1% para 1.174 dólares por onça, depois de terem tocado no nível mais baixo também desde Julho de 2010, nos 1.166,20 dólares.
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A prata, por seu lado, segue a ceder 3%, para 16 dólares por onça (preço spot em Londres), a cotação mais baixa desde Fevereiro de 2010. Já os futuros para entrega em Dezembro caem 2,8% para 15,955 dólares (patamar onde também não estava desde Fevereiro de 2010).
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