Preços do cacau em Nova Iorque atingem máximos de 44 anos
Os preços dos futuros do cacau, negociados em Nova Iorque e com entrega em dezembro, atingiram esta segunda-feira máximos de 44 anos ao escalarem para 3.786 dólares por tonelada métrica.
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A impulsionar os preços desta matéria-prima estão fracas perspetivas de colheitas de cacau na Costa do Marfim e no Gana, dois dos maiores produtores mundiais e que contribuem para mais de metade do fornecimento ao mercado mundial, mesmo numa altura em que a procura tem registado uma melhoria.
Os preços dos futuros do cacau com entrega em dezembro chegaram a subir 2,5% para se cifrarem em máximos de janeiro de 1979, ultrapassando os máximos atingidos em março de 2011, quando a guerra civil na Costa do Marfim levou a uma interdição na exportação de cacau.
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As entregas de grãos de cacau estão cerca de 16% atrás dos valores esperados para esta temporada, indica a Bloomberg, citando fontes conhecedoras do assunto e com acesso a dados governamentais. Por isso, os analistas esperam o terceiro ano de défice consecutivo no fornecimento desta matéria-prima.
Tudo isto acontece ao mesmo tempo em que o fenómeno climático El Niño - geralmente associado ao aumento das temperaturas a nível mundial e que pode levar a fortes chuvas na África Ocidental, poderá reduzir ainda mais as colheitas. Por outro lado, a procura na Europa tem vindo a aumentar, o que pressiona ainda mais os preços. Os problemas nas cadeias de fornecimento nos anos 1970 chegaram a levar os preços do cacau a atingirem 5.379 dólares por tonelada métrica em julho de 1977, segundo os dados compilados pela Bloomberg.
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