O colapso monstruoso do petróleo em três gráficos
O crude em Nova Iorque negociou abaixo de zero pela primeira vez na história, sinalizando o afastamento extremo entre a procura e a oferta numa altura em que os tanques de armazenamento estão perto da capacidade máxima e a pandemia do coronavírus está a aniquilar a procura.
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Veja três gráficos que mostram as movimentações de um dia louco no mercado petrolífero.
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PRESSÃO VENDEDORA
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Olhe para a diferença entre o West Texas Intermediate para entrega no mês mais próximo e para o segundo mês mais próximo. O contrato de maio fechou com um desconto de mais de 50 dólares face ao contrato de junho, o que representa o ‘spread’ mais elevado de sempre. Este mega contango deve-se sobretudo ao stress dos traders para vender o contrato de maio antes que este expire, o que acontece hoje, com o preço da matéria-prima física a convergir com o preço financeiro. Evidencia também as preocupações dos operadores, produtores e investidores sobre como armazenar petróleo que ninguém quer numa altura em que os stocks estão repletos.
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MOVIMENTAÇÕES BRUSCAS
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Com o crude a derrubar barreiras atrás de barreiras na segunda-feira – abaixo de 10 dólares, abaixo de zero e depois fortemente em valores negativos – o indicador que mede a volatilidade do petróleo disparou para mais de 400%. "Na nossa opinião o petróleo (contrato para entrega em junho) não tem outro caminho que não o da descida", disse Tariq Zahir, gestor de ativos da Tyche Capital Advisors LLC. "A procura não vai regressar tão cedo. Temos um excesso de oferta para resolver nos próximos meses".
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APOSTAS FORTES
O caos no mercado agitou a atividade do maior exchange-traded fund (ETF) ligado ao crude, o United States Oil Fund. Depois dos investidores terem colocado 1,6 mil milhões de dólares neste fundo na semana passada – apostando que os mínimos da matéria-prima ainda não tinham sido atingidos – o volume negociado na segunda-feira atingiu mais de 3 mil milhões de dólares, o valor diário mais elevado desde que este fundo foi criado.
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