Petróleo pode disparar 50% até final do ano
Os preços do petróleo têm estado sob forte pressão nos últimos meses, com a matéria-prima a fixar mínimos de 12 anos neste início de ano. Mas, este ciclo negativo poderá estar próximo do fim. As cotações, dizem os analistas, poderão acelerar cerca de 50% até ao final do ano, à medida que as produtoras norte-americanas esmagam a sua produção.
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Os preços do "ouro negro" poderão subir mais de 15 dólares por barril até ao final de 2016. O crude, negociado no mercado de Nova Iorque, deverá atingir os 46 dólares no último trimestre do ano, enquanto o Brent, em Londres, deverá transaccionar em torno de 48 dólares. É esta a expectativa de 17 estimativas de analistas recolhidas pela agência Bloomberg.
A justificar esta escalada dos preços está a expectativa que o actual excesso de petróleo no mercado, que sustentou a forte quebra da matéria-prima, diminua e dê lugar a um défice, à medida que os produtores norte-americanos de petróleo de xisto reduzem a sua produção, prevê o Goldman Sachs.
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Apesar da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP), que representa mais de 40% da produção mundial, continuar a aumentar a sua produção para níveis recorde, as petrolíferas norte-americanas deverão ser obrigadas a cortar a produção devido às baixas cotações do crude.
Segundo a Agência Internacional de Energia, a produção de países que não pertencem à OPEP vai cair 600 mil barris por dia este ano. Uma situação que deverá ajudar a sustentar as cotações.
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E são vários bancos de investimento que estão convencidos que a matéria-prima pode recuperar em 2016. O Citigroup defende que o petróleo é "o negócio do ano", juntando-se a bancos como o UBS e o Société Générale, que antecipam uma valorização na segunda metade do ano.
Preços em alta
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Os preços da matéria-prima estão a recuperar esta quarta-feira, depois do "ouro negro" ter afundado nos dois primeiros dias da semana. O WTI segue a subir 0,47% para 30,02 dólares por barril, depois de ter encerrado com quedas superiores a 5%, quer na primeira, quer na segunda sessão da semana. Já o Brent avança 0,06% para 32,74 dólares por barril.
O crude afunda mais de 19% desde o início do ano, enquanto o Brent cai 12%, perante os receios que a crise na China tenha um impacto negativo na procura pela matéria-prima.
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Em simultâneo, os preços continuam a ser pressionados pelo excesso de produção no mercado, uma situação que poderá ser agravada pelo aumento das exportações de crude iraniano, após o levantamento das sanções ao país.
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