Produção de petróleo da OPEP regista maior queda em dois anos
A produção de petróleo da Organização de Países Produtores de Petróleo (OPEP) registou no passado mês de dezembro a maior queda em quase dois anos, na sequência dos cortes operados sobretudo pela Arábia Saudita.
A produção no conjunto dos 14 membros do cartel caiu em 751.000 barris por dia no último mês de 2018, com a Arábia Saudita a contribuir com um pouco mais de metade desta quantidade, de acordo com o relatório lançado pela OPEP. O previsto era que os cortes começassem em janeiro, mas a Arábia Saudita decidiu apressar o processo.
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Os cortes afiguraram-se necessários para este conjunto de produtores num contexto de forte queda dos preços da matéria-prima e de grandes aumentos na produção dos Estados Unidos. Estes eventos ditaram que o petróleo terminasse 2018 com uma quebra nos preços de 20% e em bear market, com as cotações atuais a rondarem os 60 dólares e a distanciarem-se do pico de 86,74 dólares atingido em outubro.
Esta quinta-feira, dia 17 de janeiro, o barril de Brent, referência para a Europa e negociado em Londres, está a desvalorizar 1,63% para os 60,32 dólares, pressionado precisamente pelo contexto de crescimento na produção norte-americana. "Isto coloca a OPEP+ numa posição incómoda, pois quanto mais eles atuam para apoiar os preços, mais desafiante é ganhar quota de mercado", comenta um analista da MUFG Bank em declarações à Bloomberg.
O cartel da OPEP e os seus parceiros, que incluem a Rússia, concordaram no passado dia 7 de dezembro em reduzir a produção em cerca de 1,2 milhões de barris por dia durante o primeiro semestre de 2019, de forma a contrariar a recente tendência de declínio. O último grande corte remonta ao início de 2017.
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