Acordo EUA-China anima bolsas. Juros de Portugal em máximos de dois meses

A notícia de que os EUA e a China colocaram a guerra comercial "em suspenso", para já, está a dar confiança aos mercados. Contudo, perante a incerteza em Itália, os juros portugueses estão em máximos de dois meses.
Tiago Varzim e Rita Faria 21 de Maio de 2018 às 09:30

Os mercados em números

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PSI-20 sobe 0,23% para 5.727,99 pontos

Stoxx 600 ganha 0,29% para 395,83 pontos

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Nikkei desvalorizou 0,31% para 23.002,37 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos sobem 6,3 pontos base para 1,931%

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Euro recua 0,4% para 1,1725 dólares

Petróleo sobe 0,57% para 78,96 dólares por barril, em Londres

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Bolsas europeias sobem com acordo entre EUA e China

As principais praças europeias começaram a semana em terreno positivo, incluindo o PSI-20. A excepção é Itália onde o principal índice está a desvalorizar 1,2% perante a instabilidade política. Esta segunda-feira deverá ser conhecido oficialmente o nome proposto pelo 5 Estrelas e Liga para o cargo de primeiro-ministro.

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A bolsa nacional está a subir 0,23% para os 5.727,89 pontos puxada pela correcção do BCP, mas também pela valorização do sector do papel. Já o principal índice europeu, o Stoxx 600, sobe 0,29% para os 395,83 pontos. A tendência positiva verificou-se também nas bolsas asiáticas com o índice japonês, o Nikkei, a valorizar 0,31%.

O optimismo dos investidores prende-se com o acordo entre os EUA e a China. As duas principais economias do mundo decidiram dar tréguas, pelo menos para já, à guerra comercial. Na prática isto significa que se mantêm inalteradas as taxas aduaneiras entre os dois países até que um acordo mais vasto seja alcançado.

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Juros de Portugal em máximos de dois meses

As incertezas à volta da situação italiana continuam a agravar os juros no mercado secundário de dívida. Os juros da dívida portuguesa a dez anos continuam a subir, acompanhando a tendência italiana. Os juros somam 6,3 pontos base para 1,931% esta segunda-feira, tendo tocado num máximo de início de Março. Em Itália, os juros a dez anos sobem 5,8 pontos base para os 2,286%. Já na Alemanha os juros a dez anos estão a aliviar.

Dólar sobe pela sexta sessão para máximos de Dezembro

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O índice que mede o desempenho do dólar face às principais congéneres mundiais está a valorizar pela sexta sessão consecutiva, negociando no valor mais elevado desde 18 de Dezembro no ano passado.

A animar a divisa norte-americana está o anúncio feito este fim-de-semana que os Estados Unidos e a China "suspenderam" a guerra comercial, até que um acordo mais vasto seja alcançado entre os dois países.

Já o euro está no valor mais baixo desde 12 de Dezembro face ao dólar, no dia em que será conhecido o nome proposto pelo 5 Estrelas e Liga para o cargo de primeiro-ministro. A imprensa italiana avançou, no fim-de-semana que a escolha das duas forças políticas recaiu sobre Giuseppe Conte. O euro desce 0,43% para 1,1721 dólares.

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Petróleo sobe, mas segue abaixo dos 80 dólares

Depois de ter ultrapassado a barreira dos 80 dólares, em Londres, na semana passada, o petróleo está a valorizar. O Brent está a subir 0,57% para os 78,96 dólares. Já o WTI, negociado em Nova Iorque, está a valorizar 0,63% para os 71,71 dólares, o valor mais elevado em mais de três anos.

Esta subida estará a ser influenciada pelas eleições da Venezuela, um dos membros da OPEP. Devido à falta de transparência, os EUA admitem aplicar sanções ao sector petrolífero venezuelano.

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Ouro em mínimos de cinco meses

Contrariando a evolução do dólar, o ouro está em queda pela primeira vez em quatro sessões, negociando no valor mais baixo desde 18 de Dezembro.

O acordo provisório entre as duas maiores economias do mundo está a aliviar a tensão nos mercados, diminuindo a procura por activos de refúgio, como é o caso do ouro. O metal amarelo cai 0,79% para 1.282,83 dólares por onça, enquanto a prata desce 0,90% para 16,2950 dólares.

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