Petróleo em máximos de um mês, bolsas pouco alteradas

As principais praças europeias abriram a semana entre ganhos e perdas ligeiros. O PSI-20 cede 0,05% e os juros da dívida recuam num dia em que é expectável que Portugal deixe o Procedimento por Défices Excessivos.
Reuters
Ana Laranjeiro 22 de Maio de 2017 às 09:30

Os mercados em números

PSI-20 cede 0,05% para 5.174,23 pontos

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Stoxx 600 desliza 0,04% para 391,35 pontos

Nikkei valorizou 0,45% para 19.678,28 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuam 0,2 pontos para 3,181%

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Euro desvaloriza 0,27% para 1,1176 dólares

Petróleo em Londres ganha 0,76% para 54,02 dólares por barril

Bolsas pouco alteradas

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As praças europeias estão pouco alteradas esta segunda-feira, 22 de Maio, depois de terem registado a maior queda semanal desde Novembro. Este comportamento tem lugar numa altura em que os investidores digerem a instabilidade política nos Estados Unidos e no Brasil.

O Stoxx 600, índice de referência, cede 0,04%. A liderar as quedas no Velho Continente, está a praça italiana, que recua 1,30%, seguido pelo madrileno IBEX 35, que perde 0,56%. O PSI-20 desliza 0,05%.

 

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Juros abaixo dos 3,2%

Num dia em que é esperado que Portugal abandone o Procedimento por Défices Excessivos, os juros da dívida pública no mercado secundário estão a cair. Na edição desta segunda-feira, o Negócios avança que os analistas duvidam que a saída do Procedimento por Défices Excessivos seja um factor crucial para a descida dos juros. E trocavam uma eventual saída por uma melhora do "rating".

A dez anos, o prazo considerado de referência, os juros exigidos pelos investidores para trocarem dívida nacional, cede 0,2 pontos base para 3,181%. Os juros da Alemanha, no mesmo prazo, seguem inalterados nos 0,368%.

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Dólar em alta

A moeda norte-americana está a recuperar face ao euro, o que se traduz numa descida da moeda da Zona Euro de 0,27% para 1,1176 dólares. O fortalecimento da moeda dos Estados Unidos ocorre numa altura em que as acções e as obrigações do Tesouro norte-americanas estão a valorizar, escreve a Bloomberg, depois dos investidores terem estado a avaliar o movimento de vendas recentes.

A instabilidade política recente nos EUA, devido nomeadamente à demissão do director do FBI, levou as bolsas para terreno negativo, com os investidores a manifestarem os seus receios quanto a possíveis atrasos na implementação de reformas económicas.

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Corte na produção anima petróleo

A Arábia Saudita fez saber que todos os produtores que participam no acordo para cortar a produção da matéria-prima (o que engloba membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os produtores que não pertence ao cartel como é, por exemplo, o caso da Rússia) estão disponíveis para alargar o prazo deste acordo.

Em Novembro do ano passado, os membros da OPEP, e outros produtores, assinaram um acordo que visava um corte na produção, com o objectivo de diminuir o excedente de oferta que existia no mercado e assim tentar impulsionar os preços. Esse acordo terminava em Junho. Agora, os produtores de petróleo estão disponíveis para o prolongar até ao primeiro trimestre do próximo ano. Khalid Al-Falih, ministro saudita da Energia, disse este domingo, 21 de Maio, de acordo com a agência Bloomberg, que um alargamento do acordo até ao próximo ano vai ajudar os produtores a alcançar uma diminuição das reservas mundiais para uma média de cinco anos.

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Estas notícias estão a animar os investidores e os preços do petróleo estão a subir nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, ganha 0,76% para 54,02 dólares por barril, tendo já tocado esta sessão em máximos de 19 de Abril. E o West Texas Intermediate avança 0,85% para 50,76 dólares por barril, tendo, durante a sessão, negociado já no valor mais elevado desde 21 de Abril.

Reservas de minério de ferro em máximos

As reservas de minério de ferro estão em máximos na China. De acordo com a Bloomberg, que cita a Shanghai Steelhome E-Commerce, as reservas desta matéria-prima nos portos subiu 1,3% para 136 milhões de toneladas métricas, crescendo assim pela quarta semana. Até agora em 2017, as reservas aumentaram 22,05 milhões de toneladas, ultrapassando as 20,85 milhões de toneladas acrescentadas no ano passado.

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Ainda assim, o minério de ferro, para entrega em Setembro, avança 4,64% para 496,0 yuans.

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