Sem a euforia em torno da inteligência artificial que se sentiu o ano passado, a Apple apresentou a sua nova gama de smartphones e gadgets para assegurar e reforçar o seu domínio no mercado. Mais duráveis, resistentes e sem aumento de preços - o que era temido devido ao impacto das tarifas da administração Trump -, a nova geração de iPhones já chegou e traz consigo uma nova adição à família: o iPhone 17 Air. 

A intenção era criar "uma peça do futuro", "um paradoxo" entre o quão fino é (tem apenas 5,6mm de espessura) e o seu desempenho, de acordo com a empresa. A bateria do novo modelo consegue aguentar 24 horas - uma tendência dos produtos da Apple este ano - e, devido à falta de espaço no hardware, depende de cartões SIM virtuais. É ainda mais fino que o seu adversário direto, o Samsung Galaxy S25 Edge, que tem 5,8mm de espessura. 

A maior revolução no design do iPhone vem mesmo na parte de trás. Desaparecem as várias câmaras e fica apenas uma de 48 megapíxeis, que, mesmo assim, inclui múltiplas lentes. A câmara frontal tem 18 megapíxeis e, pela primeira vez, vai ser possível usar as duas câmaras em simultâneo. 

O iPhone 17 Air vai custar 999 dólares nos EUA. A versão "standard" desta gama vai custar 799 dólares, mantendo os preços da última geração, enquanto a versão Pro começa nos 1.099 dólares - mais 100 dólares do que o iPhone 16, mas com o dobro do armazenamento, que começa nos 256GB. A nova gama vai ficar disponível para compra no dia 19 de setembro. 

"O iPhone mais potente de sempre"

Além do iPhone 17 Air, o iPhone 17 Pro foi outro dos grandes destaques da apresentação da Apple deste ano. Descrito como o "mais potente de sempre", esta versão tem a "bateria mais duradoura de sempre" num smartphone da empresa e vem com novas cores a acompanhar. Incluindo o tão esperado "Cosmic Orange" (laranja) que andava a circular na internet nos últimos dias. 

Greg Joswiak, diretor de marketing de produto da Apple, afirma que esta nova versão da gama Pro tem um "salto dramático no desempenho", muito devido ao novo "chip" A19 Pro, que permite um desempenho 40% mais rápido do que o 16 Pro. A nível de câmaras, a frontal tem 18 megapíxeis, tal como na versão Air, e as três traseiras têm todas 48 megapíxeis. 

O investimento da Apple em inteligência artificial tem um dos seus desempenhos mais notáveis nas câmaras. O iPhone ajusta o zoom e a orientação da fotografia automaticamente à medida que novas pessoas entram em cena. O evento deste ano foi todo gravado com recurso ao iPhone 17 Pro - algo que só foi revelado no final da apresentação. 

As novidades, no entanto, não ficam apenas na versão Pro e Air. Também a versão "standard" está mais rápida e eficiente, bem como bastante mais rápida de carregar. De acordo com a empresa, o iPhone 17 consegue carregar metade da bateria em apenas 20 minutos, para além de conseguir também aguentar o dia todo. A falta de durabilidade da bateria tem sido um dos pontos mais criticados nas últimas gerações. 

Tradução em tempo real e uma funcionalidade para detetar hipertensão

Além de apostar nos smartphones, a gigante tecnológica liderada por Tim Cook também introduziu uma nova geração do Apple Watch, e a terceira versão dos AirPods Pro. Tal como os iPhones, estes novos produtos também são mais resistentes e duradouros - mas o que animou o público presente em Cupertino, na Califórnia, foi mesmo as novas funcionalidades como a possibilidade de traduzir conversas e textos em tempo real e ainda detetar quando alguém pode ter problemas de hipertensão. 

Com esta última funcionalidade, a Apple prevê notificar pelo menos 1 milhão de pessoas no espaço de apenas um ano. A avaliação é feita no período de 30 dias e vai estar disponível no Apple Watch Series 11. Nesta geração, pode-se ainda contar com as versões Ultra 3 e SE - que ficam todos ao mesmo preço e vão estar disponíveis a 19 de setembro. 

Também os AirPods vão ter um "upgrade", com a chegada do Pro 3. Com bateria para oito horas e com acesso à tradução em tempo real, estes auriculares sem fios têm uma nova acústica, equipados com uma tecnologia que permite eliminar o ruído com duas vezes mais eficácia do que o modelo da segunda geração, de acordo com a Apple.

Apesar de um novo modelo, das melhorias no desempenho da bateria e dos processadores e uma nova geração de produtos, as ações da Apple estão a cair 1,66% em bolsa. 

(Notícia atualizada pela última vez às 20:19)