Europa fecha em alta graças a energéticas e retalho. Ouro renova máximos históricos
Juros das dívidas soberanas europeias fecham com maioria de alívios
Dólar negoceia sem grandes alterações. "Traders" atentos a comentários da Fed
Petróleo recupera com tensão NATO-Rússia e impasse nas exportações do Curdistão
Ouro renova máximos históricos com aposta da China e expectativa de cortes da Fed
Wall Street negoceia sem rumo antes de discurso de Powell. Dow Jones fixa novo recorde
Euribor desce a três meses para menos de 2%
Bolsas europeias em alta com setor das “utilities” a brilhar e tecnologia penalizada
PMI alíviam juros da Zona Euro. "Gilts" britânicas são as que mais recuam
Dólar consolida ganhos com cautela da Fed e volatilidade do iene em foco
Novo dia, novo recorde. Ouro brilha como nunca antes de Powell
Acordo entre Iraque e Curdistão pressiona preços do petróleo
Ações chinesas recuam com tufão em Hong Kong. Japão fechado para feriado
Europa fecha em alta. Energéticas e setor do retalho impulsionaram índices
Os principais índices europeus fecharam a sessão desta terça-feira com ganhos, após dados otimistas sobre a atividade empresarial da região terem impulsionado o sentimento dos investidores, enquanto as empresas do setor das energias renováveis recuperaram terreno.
O índice Stoxx 600 – de referência para a Europa – avançou 0,28%, para os 554,95 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX ganhou 0,36%, o espanhol IBEX 35 subiu 0,50%, o italiano FTSEMIB valorizou 0,13%, o francês CAC-40 somou 0,54%, o neerlandês AEX avançou 0,43%. O britânico FTSE 100 destoou e acabou a sessão a perder 0,04%.
Os mercados bolsistas do Velho Continente têm oscilado sem grandes alterações, à medida que os investidores avaliam os sinais de resiliência económica diante das perspetivas de inflação persistente nos EUA. O corte nas taxas de juros do lado de lá do Atlântico na semana passada reforçou o otimismo de que a economia norte-americana pode evitar uma recessão, e esse otimismo tem beneficiado igualmente os índices europeus.
No plano económico, dados divulgados esta terça-feira mostraram que o setor privado da Zona Euro se expandiu ao ritmo mais rápido em 16 meses, com o desempenho superior dos serviços alemães a compensar a queda registada em França. Além disso, o sentimento dos investidores também ganhou renovado ímpeto devido a um acordo entre a Nvidia e a OpenAI.
Entre os setores, o do retalho (+1,93%) liderou os ganhos, seguido do automóvel (+1,81%) - que ontem sofreu pesadas perdas - e do turismo (+1,40%). Por outro lado, o setor da saúde (-1,17%) registou as maiores perdas, acompanhado de longe pela desvalorização do das telecomunicações (-0,19%).
A impulsionar o setor do retalho esteve uma recuperação das ações de empresas de artigos de luxo, após comentários otimistas de analistas do Bank of America sobre este setor citados pela Bloomberg. Nesta linha, a LVMH ganhou 3,20%, a Dior subiu 2,95% e a Burberry avançou 1,95%.
Entre os movimentos do mercado, destaque ainda para a energética dinamarquesa Orsted, que fechou o dia a ganhar quase 4%, depois de um juiz dos EUA ter decidido que a empresa poderia retomar a construção do seu parque eólico quase concluído - obras estas que tinham sido anteriormente suspensas pela Administração Trump. Com efeito, também empresas do mesmo setor beneficiaram destas notícias. A EDPR, por exemplo, valorizou mais de 4% e a RWE subiu 0,80%.
Juros das dívidas soberanas europeias fecham com maioria de alívios
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro fecharam o dia com uma maioria de alívios, num dia em que os primeiros PMI (Purchasing Managers Index), índices que medem a atividade das empresas em diferentes setores, foram divulgados e mostraram que o setor privado no mercado da moeda única se expandiu ao ritmo mais rápido em 16 meses, com o desempenho superior dos serviços alemães a compensar a queda registada em França.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviaram 0,9 pontos-base, para 3,141%, num dia em que o país financiou-se em cinco mil milhões de euros em nova dívida a oito e a 30 anos, por via de uma venda sindicada em que o país beneficiou do forte apetite dos investidores. Em Espanha a "yield" da dívida com maturidade a 10 anos caiu 0,1 pontos, para 3,294%.
Já os juros da dívida soberana italiana, com a mesma maturidade, cederam 0,1 pontos, para 3,540%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa seguiu a tendência inversa e agravou-se em 0,4 pontos-base para 3,561%, com a atividade económica francesa a observar, no mês de setembro, a contração mais acentuada desde abril. A justificar este declínio estiveram os setores da indústria e dos serviços no país. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, subiram 0,1 pontos para 2,747%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, aliviaram 3,3 pontos-base, para 4,678%.
Dólar negoceia sem grandes alterações. "Traders" atentos a comentários da Fed
O dólar segue a negociar sem grandes alterações esta terça-feira, com os "traders" a fazerem uma “pausa” para digerir os comentários dos responsáveis da Reserva Federal (Fed) norte-americana, enquanto aguardam pelas declarações do presidente do banco central, Jerome Powell, que falará esta tarde sobre as perspetivas macroeconómicas dos EUA.
O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – mantém-se praticamente inalterado e sobe 0,01% para os 97,353 pontos.
Powell falará esta terça-feira, e os seus comentários podem influenciar as expectativas sobre as taxas de juro, com alguns membros do banco central a favor de cortes graduais para controlar a inflação.
Mas não parece provável que Powell “se afaste muito dos comentários da conferência de imprensa da semana passada, e achamos que os mercados podem estar mais interessados em ouvir as opiniões de outros membros do FOMC (Comité Federal de Mercado Aberto) nesta fase”, disse à Reuters Francesco Pesole, do ING.
Os mercados estão atualmente a prever uma probabilidade de quase 90% de um novo corte nas taxas diretoras nos EUA em outubro, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
A esta hora o dólar avança 0,03% para os 147,760 ienes.
Entretanto, os mercados mostraram uma reação moderada a uma série de dados vindos da Europa, num dia em que se soube que a atividade empresarial da Zona Euro cresceu em setembro ao ritmo mais rápido em 16 meses.
“Vemos os dados de hoje como um sinal geral de um crescimento modesto nos próximos meses, antes que os gastos fiscais comecem a apoiar a atividade”, escreveu o Goldman Sachs numa nota citada pela Reuters.
Por cá, a moeda única europeia desvaloriza 0,03% para os 1,179 dólares. Já a libra soma 0,01% para os 1,352 dólares.
Petróleo recupera com tensão NATO-Rússia e impasse nas exportações do Curdistão
O petróleo recupera esta terça-feira após quatro sessões em queda, apoiado pelo aumento das tensões geopolíticas entre a NATO e a Rússia e pelo impasse no reinício das exportações do Curdistão. A esta hora, o Brent sobe 1,53% para 67,59 dólares e o WTI avança 1,77% para 63,38 dólares.
O movimento ocorreu depois de a NATO prometer uma resposta “robusta” a incursões russas no seu espaço aéreo, elevando os receios sobre potenciais restrições ao fornecimento energético. Washington reiterou o seu apoio à aliança atlântica, enquanto Moscovo avalia um possível embargo parcial às exportações de gasóleo em resposta a ataques ucranianos a refinarias. “Assistimos a uma inversão após a correção dos últimos dias, com os ‘traders’ a jogar no intervalo bem conhecido do mercado. A história da oferta russa continua a ser um fator de suporte”, explicou Ole Hansen, estratega de matérias-primas no Saxo Bank.
A Reuters destaca que as negociações para retomar as exportações do Curdistão, paradas desde 2023, voltaram a estagnar, já que empresas envolvidas pediram garantias sobre pagamentos em atraso. O acordo poderia devolver ao mercado cerca de 230 mil barris diários mas o bloqueio ajudou a conter receios imediatos de excesso de oferta.
Ainda assim, os analistas sublinham que o mercado enfrenta riscos mistos. A Agência Internacional de Energia (AIE) alertou que a produção global poderá superar a procura por uma margem recorde devido ao aumento da oferta da OPEP+ e de produtores externos, enquanto a expansão dos veículos elétricos e a pressão económica associada às tarifas norte-americanas também reduzem o consumo. Por outro lado, os baixos níveis de inventários da OCDE continuam a dar suporte aos preços.
Ouro renova máximos históricos com aposta da China e expectativa de cortes da Fed
O ouro segue em alta esta terça-feira, sustentado tanto pelo movimento da China para reforçar o seu papel no mercado global como pelas apostas em novos cortes de juros da Reserva Federal norte-americana. A esta hora, a onça de ouro avança 0,70% para 3.776,09 dólares, depois de ter renovado máximos históricos acima dos 3.790 dólares, segundo dados da sessão.
De acordo com a Bloomberg, o Banco Popular da China (PBOC) tem vindo a propor-se como detentor de reservas soberanas de ouro de países aliados, através da Shanghai Gold Exchange. A iniciativa, segundo fontes próximas citadas pela agência, visa fortalecer a influência de Pequim no mercado do ouro e reduzir a dependência global do dólar e de centros ocidentais como Londres e Nova Iorque. “Os mercados podem estar a especular que a iniciativa da China para acolher reservas estrangeiras de ouro sinaliza um esforço de longo prazo para reforçar o seu papel no sistema monetário global”, comentou Wael Makarem, estrategista da Exness.
Em paralelo, a perspetiva de um ciclo mais agressivo de descidas de juros nos EUA está a impulsionar o metal precioso. Recorde que o ouro tende a beneficiar num ambiente de taxas de juro mais baixas. Na segunda-feira, o novo governador da Fed, Stephen Miran, defendeu cortes mais fortes, posição que contrasta com a prudência de outros responsáveis. “A postura ‘dovish’ de Miran aumenta claramente a expectativa de novos cortes de juros e isso é positivo para o ouro”, afirmou o analista Ross Norman, citado pela Reuters.
Entre os restantes metais preciosos, a prata valoriza 0,91% para 44,62 dólares e a platina dispara 4,30% para 1.480,41 dólares.
Wall Street negoceia sem rumo antes de discurso de Powell. Dow Jones fixa novo recorde
Os principais índices do lado de lá do Atlântico negoceiam sem rumo definido, depois de terem renovado máximos históricos na sessão anterior. A Nvidia, que ontem subiu cerca de 4% e impulsionou o sentimento dos investidores após ter anunciado um plano de investimento de 100 mil milhões de dólares na OpenAI, está a perder 1,95% a esta hora.
O S&P 500 mantém-se inalterado nos 6.694,07, o tecnológico Nasdaq Composite recua 0,35% para os 22.709,08. Já o Dow Jones avança 0,52% para um novo máximo histórico de 46.621,94
Depois de vários membros da Reserva Federal (Fed) norte-americana terem ontem discursado, os investidores aguardam agora pelas palavras do presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, que irá discursar ao final da tarde de hoje. Os “traders” estarão à procura de sinais que possam indicar a trajetória futura da política monetária na maior economia mundial, assim como perspetivas macroeconómicas.
Alguns dos governadores da Fed mostraram-se mais preocupados com os riscos crescentes para o mercado de trabalho, enquanto outros continuam centrados na possibilidade de que a inflação acima da meta possa ser impulsionada por tarifas e outras políticas da Administração Trump. A governadora da Fed Michelle Bowman, disse que as autoridades de política monetária precisam de agir de forma decisiva para reduzir as taxas, à medida que o mercado de trabalho enfraquece. Já o presidente do Fed Bank de Chicago, Austan Goolsbee, disse à CNBC que o banco central dos EUA deve ser cauteloso, dado que a inflação está em trajetória ascendente.
Na ótica empresarial, aproxima-se a “earnings season” do terceiro trimestre, que será o próximo grande teste para as ações, numa altura em que os investidores procuram por novos catalisadores que suportem os recentes máximos. Ahmad Assiri, da Pepperstones, explica à Bloomberg que “as ações continuam a desfrutar de uma inclinação positiva, o dólar luta para encontrar tração ascendente, enquanto o ouro se consolidou como a âncora mais atraente do mercado”.
Entre os movimentos do mercado, a Boeing segue a avançar quase 2%, após ter anunciado um acordo com a Uzbekistan Airways para a venda de 22 jatos 787 Dreamliner, naquela que é a maior “encomenda” da história da companhia aérea. Já a Kenvue segue a disparar mais de 5%, mesmo depois de a Administração Trump ter associado o uso do paracetamol Tylenol, fabricado pela empresa, ao autismo. Isto apesar da falta de evidências científicas que comprovem esse risco.
Entre as restantes “big tech”, a Alphabet recua 0,31%, a Microsoft cai 0,55%, a Meta cede 0,60%, a Apple desliza 0,055% e a Amazon desvaloriza 2,03%.
Euribor desce a três meses para menos de 2%
A taxa Euribor desceu esta terça-feira a três e seis meses, no prazo mais curto um valor inferior a 2% pela primeira vez desde 6 de agosto, e subiu a 12 meses em relação a segunda-feira.
Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 1,996%, permaneceu abaixo das taxas a seis (2,097%) e a 12 meses (2,160%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu, ao ser fixada em 2,097%, menos 0,012 pontos do que na segunda-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a julho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,96% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,09% e 25,51%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor avançou, ao ser fixada em 2,160%, mais 0,001 pontos.
Já a três meses, a Euribor baixou para 1,996%, menos 0,008 pontos.
Em 11 de setembro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve, pela segunda reunião de política monetária consecutiva, as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 29 e 30 de outubro em Florença em Itália.
Em agosto, as médias mensais da Euribor subiram nos três prazos, e de forma mais acentuada a três meses.
A média da Euribor em agosto subiu 0,075 pontos para 2,021% a três meses e 0,029 pontos para 2,084% a seis meses.
Já a 12 meses, a média da Euribor avançou em agosto, designadamente 0,035 pontos para 2,114%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Bolsas europeias em alta com setor das “utilities” a brilhar e tecnologia penalizada
As principais bolsas europeias iniciam esta terça-feira em terreno positivo, apoiadas pelo desempenho do setor das “utilities” (energia elétrica, gás natural e água), após um tribunal nos Estados Unidos ter autorizado a dinamarquesa Orsted a retomar a construção de um projeto eólico em Rhode Island – uma decisão que também beneficia a portuguesa EDP Renováveis. As ações da Orsted avançam 6,90% para as 118,50 coroas dinamarquesas
A esta hora, o índice Stoxx 600, a referência europeia, soma 0,31%, para 555,14 pontos. Entre os principais mercados, o DAX de Frankfurt sobe 0,54% para 23.653,89 pontos. Em França, o CAC-40 valoriza 0,75% para 7.888,52 pontos, enquanto em Amesterdão, o AEX progride 0,23% para 932,75 pontos. No Reino Unido, o FTSE 100 soma 0,21% para 9.246,30 pontos. Já a bolsa de Milão cede 0,20% para 42.339,29 pontos. Em território ibérico, o PSI 20 avança 1,02% para 7.797,81 pontos, enquanto o IBEX ganha 0,12% para 15.099,90 pontos.
Segundo a Bloomberg, a recuperação das “utilities” e a valorização da Orsted dão ânimo ao mercado, ao passo que o setor tecnológico recua depois da ASM International ter cortado as perspetivas de receitas para o segundo semestre, citando procura mais fraca do que o esperado e um “quadro misto” para alguns clientes. Karen Georges, gestora da Ecofi em Paris, destacou ainda que o sentimento dos investidores está a ser apoiado pelo mega-acordo entre a Nvidia e a OpenAI.
Apesar do otimismo, ao contrário de Wall Street, que tem acumulado sucessivos recordes, as ações europeias continuam a mostrar dificuldades em ultrapassar o pico registado em março. “O foco estará nos dados do PIB dos EUA na quinta-feira, mas seria preciso uma grande surpresa para alterar o rumo do mercado enquanto os próximos cortes da Fed continuarem no horizonte”, afirmou Karen Georges, antecipando uma semana mais calma do que tem sido habitual.
Entre os destaques individuais, a retalhista britânica Kingfisher dispara 17% após rever em alta as suas previsões, liderando os ganhos no índice europeu.
PMI alíviam juros da Zona Euro. "Gilts" britânicas são as que mais recuam
As dívidas soberanas europeias estão a registar, esta terça-feira, um sentimento maioritariamente de alívio, num momento em que os primeiros PMI (Purchasing Managers Index), índices que medem a atividade das empresas em diferentes setores, já começaram a ser divulgados.
Em França, a “yield” desce 0,3 pontos-base, para 3,555%, com a atividade económica francesa a observar, no mês de setembro, a contração mais acentuada desde abril. A justificar este declínio estiveram os setores da indústria e dos serviços, com o PMI a cair para 48,4 em setembro, o valor mais curto em cinco meses. Contudo, os juros da dívida a 10 anos já tinham mostrado um agravamento de 0,6 pontos-base para 3,564%
Na Alemanha, os juros das “Bunds” a dez anos, referência da região, recuam 0,4 pontos-base para 2,741%. O PMI alemão superou as estimativas dos analistas e cresceu ao ritmo mais rápido dos últimos 16 meses, devido à recuperação do setor dos serviços.
Na Península Ibérica, a rendibilidade da dívida portuguesa baixa 1,1 pontos-base, para 3,138%, enquanto a espanhola regista uma queda de 0,6 pontos para 3,289%. Já a dívida italiana apresenta um recuo de 0,6 pontos para 3,536%.
Fora da Zona Euro, as “gilts” britânicas a dez anos aliviam 1,7 pontos-base, para 4,694%.
Dólar consolida ganhos com cautela da Fed e volatilidade do iene em foco
O dólar mantém-se estável esta terça-feira, com os investidores a aguardar novos discursos de responsáveis da Reserva Federal que poderão dar pistas adicionais sobre a política monetária norte-americana. A esta hora, o índice do dólar (DXY), que mede a força da moeda face a um cabaz de divisas, avança 0,11%, para 97,45 pontos, segundo dados da Bloomberg.
O euro recua 0,05% para 1,1797 dólares, após a sua melhor sessão em uma semana. Já a libra esterlina sobe 0,01% para 1,3516 dólares, enquanto o iene japonês pouco oscila, com uma subida de 0,03% para 147,76 dólares, ainda dentro da faixa em que tem negociado desde agosto. O franco suíço desvaloriza 0,08%, para 0,7931 dólares.
Segundo a Reuters, “é um tom ligeiramente ‘hawkish’ dos responsáveis da Fed que levou os investidores a alguma cautela”, afirmou Tony Sycamore, analista da IG em Sydney, lembrando que os mercados reduziram as apostas num novo corte de juros já em outubro.
A Bloomberg destaca que os discursos desta terça-feira de Jerome Powell, Raphael Bostic e Michelle Bowman “poderão oferecer novas indicações sobre eventuais cortes adicionais da Fed”. Já no Japão, a atenção dos investidores centra-se também na corrida à liderança do Partido Liberal Democrata, que poderá ter impacto na trajetória da política monetária do Banco do Japão, elevando a volatilidade do iene.
Novo dia, novo recorde. Ouro brilha como nunca antes de Powell
O ouro está mais caro do que nunca. Esta terça-feira, o metal amarelo atingiu um novo recorde pelo terceiro dia consecutivo, ao chegar aos 3.759,23 dólares por onça.
Os investidores estão a recorrer ao ativo-refúgio enquanto aguardam pelo discurso do presidente da Reserva Federal (Fed), Jerome Powell, ao final do dia, para obterem mais pistas sobre o futuro da política monetária nos EUA. O número um do banco central deixou em aberto a possibilidade de mais descidas nos juros federais até ao final do ano, depois de na semana passada ter cortado a taxa em 25 pontos base.
Powell deverá abordar as perspetivas económicas, depois de as previsões trimestrais das taxas que acompanharam a decisão da semana passada (o "dot plot") terem mostrado uma grande diversidade de opiniões. Além disso, vários governadores do banco central reiteraram, em discursos nesta segunda-feira, a necessidade de adotar uma abordagem cautelosa nas decisões sobre as taxas daqui para frente, incluindo o presidente da Fed de St. Louis, Alberto Musalem, que disse ver "espaço limitado para mais reduções".
Assim, os investidores acumularam fundos negociados em bolsa, com as participações a expandirem-se ao ritmo mais rápido em mais de três anos na passada sexta-feira, após uma breve queda nos preços na semana passada, quando Powell refreou as expectativas de uma rápida flexibilização.
“Após recuar no dia seguinte ao corte de 25 pontos base na taxa de juros pela Fed - possivelmente devido a uma certa cautela percebida nos comentários de Powell ao FOMC -, um novo impulso consolidou-se, com a acumulação de fundos em de ETF (negociados em bolsa) ainda a serem a força motriz”, afirmaram analistas da BMO Capital Markets, à Reuters. “Com um ciclo de corte de taxas firmemente em discussão, acreditamos que a relação entre o risco e a recompensa continua positiva para os preços” do ouro no quarto trimestre, acrescentaram.
Os "traders" estão ainda à espera dos dados de sexta-feira sobre o índice de preços dos gastos com consumo pessoal dos EUA - o indicador preferido da Fed para a inflação subjacente, que deverá ter crescido a um ritmo mais lento no mês passado, o que reforçaria o argumento a favor de cortes nas taxas.
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