Depois de na semana passada a Reserva Federal (Fed) norte-americana ter avançado com um corte de juros pela primeira vez este ano e ter sinalizado mais dois cortes até ao fim do ano, o presidente do banco central dos EUA, Jerome Powell, irá discursar. Depois vários membros da Fed já o terem feito na segunda-feira, a atenção estará em perspetivas de cortes futuros, bem como nas pistas que possam ser dadas sobre o estado de saúde da maior economia mundial.

O primeiro dia de debate de alto nível da 80.ª assembleia-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque vai contar com um discurso do Presidente dos EUA, Donald Trump. Espera-se que a guerra de Israel em Gaza seja o centro das atenções no encontro que vai decorrer até 29 de setembro.

Pela Europa, é dia de conhecer uma série de importantes dados económicos. Além da balança comercial em Espanha, o Eurostat apresenta a estimativa rápida de setembro para os índices dos gestores de compras (PMI) na Zona Euro - que sofreu um abrandamento em agosto -, medidos pelo Hamburg Commercial Bank (HCOB). Serão divulgados os PMI compósitos, bem como os dados desagregados para a indústria e os serviços. Serão também veiculados os mesmos indicadores para França e Alemanha. O Reino Unido dá a conhecer os mesmos dados, cujas sondagens são reunidas pela S&P.

Vão ser conhecidos esta terça-feira uma série de dados que permitirão avaliar a saúde da economia e contas públicas portuguesas. O Instituto Nacional de Estatísticas (INE) vai divulgar relatórios da segunda notificação dos procedimento dos défices excessivos – numa altura em que já se teme o regresso a défices –, bem como dados das contas nacionais trimestrais por setor institucional.

Ontem soube-se que o IGCP mandatou um sindicato bancário para liderar uma nova emissão, a realizar em breve, de Obrigações do Tesouro (OT) a oito anos, bem como a reabertura da linha que vence em junho de 2054. Portugal não se financiava com esta maturidade desde maio de 2022, quando avançou também com um leilão de OT a oito anos. Na altura, a IGCP colocou 750 milhões em dívida, com juro de 1,76%.