Ao minutoAtualizado há 12 min08h37

Ações mundiais encaminham-se para pior semana desde abril. Bitcoin em mínimos de abril

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta sexta-feira.
Bolsas asiáticas.
AP/Lee Jin-man
Negócios 07:49
Últimos eventos
há 12 min.08h37

Petróleo cai após Zelensky concordar discutir com Trump plano de paz dos EUA para a Ucrânia

AP / Eric Gay

O petróleo está esta sexta-feira a cair, depois de o presidente ucraniano ter .  Volodymyr Zelensky espera falar com o homólogo norte-americano, Donald Trump, nos próximos dias sobre as propostas, embora algumas das disposições tenham sido consideradas "inaceitáveis" pela Ucrânia anteriormente.       

O Brent, que serve de referência para Portugal, está a cair 1,78% para 62,25 dólares por barril, sendo esta a terceira sessão consecutiva de perdas. No mesmo sentido, o West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, está perder 2,05% para 57,79 dólares por barril.

Entre as propostas que fazem parte do plano norte-americano para a Ucrânia está a cedência de território por parte da Ucrânia, no leste do Donbass, e a remoção de sanções contra a Rússia. O plano de 28 pontos prevê ainda a interrupção das investigações de crimes de guerra, a redução para metade das forças armadas ucranianas e a rejeição de armas de longo alcance.

Caso o acordo de paz avance e as sanções sejam removidas, o mercado petrolífero será beneficiado com mais oferta russa, numa altura em que se prevê já um grande excedente para o próximo ano. Tal acontece porque a OPEP+ e outros produtores, sobretudo americanos, aumentaram a produção. 

Esta sexta-feira, entram ainda em vigor sanções contra dois gigantes petrolíferos russos, a Rosneft e a Lukoil, devido . As sanções contra essas empresas russas podem deixar, segundo os analistas, "quase 48 milhões" de barris de petróleo retidos no mar.


há 51 min.07h59

Bitcoin cai até mínimos de abril abaixo dos 86 mil dólares

Chesnot

As criptomoedas sofrem fortes quedas esta sexta-feira, acompanhando o movimento de fuga ao risco por parte dos investidores, que levou as praças asiáticas a pesadas perdas.

A bitcoin chegou a perder 2,42%, negociando nos 85.091,89 dólares, mínimo desde abril, enquanto a ether sofreu um tombo de mais de 5%, para os 2.684,31 dólares, o valor mais baixo desde julho. Estes dois criptoativos encaminham-se para perdas semanais em torno dos 8%.

"Se [isto] está a contar uma história sobre o sentimento de risco como um todo, então as coisas podem começar a ficar mesmo muito feias e essa é a preocupação agora", refere Tony Sycamore, analista da IG, citado pela Reuters.

O valor global do mercado de todas as criptomoedas encolheu em cerca de 1,2 biliões de dólares nas últimas seis semanas, segundo dados da CoinGecko.


07h49

Ações mundiais encaminham-se para pior semana desde abril. Ásia afunda

Eugene Hoshiko / AP

O índice que agrega as ações mundiais está a caminho de fechar a pior semana em sete meses - desde abril, mês das tarifas dos EUA que abalaram os mercados -, com índice MSCI All Country World a desvalorizar 3% no acumulado da semana.

Em causa estão, mais uma vez, a ideia de que as ações de tecnologia continuam sobreavaliadas e ainda a rentabilidade dos investimentos empresariais em inteligência artificial. A perspetiva prevalece, , que por algumas horas trouxe algum alívio ao mercado.

No entanto, os dados do emprego dos EUA de setembro, há muito aguardados pelo mercado, vieram abalar os mercados. Embora já antigos, demonstraram um mercado laboral mais sólido do que antecipado, contrariando os relatórios privados. A economia norte-americana adicionou o dobro dos postos de trabalho do que era antecipado, apesar de a taxa de desemprego no país ter crescido para 4,4%. 

“O mercado esteve sob pressão esta semana, à medida que o sentimento dos investidores esfriou devido às crescentes dúvidas sobre a sustentabilidade do 'boom' da inteligência artificial”, escreveu Charlotte Daughtrey, da Federated Hermes, à Bloomberg. “Embora a volatilidade tenha aumentado, a maioria dos analistas vê o recuo como um movimento corretivo, e não como o início de uma recessão prolongada”, acrescentou.

Neste momento, o mercado de "swaps" vê uma probabilidade de apenas 40% da Reserva Federal cortar as taxas de juro na próxima reunião, ainda depois do tom cauteloso em relação à inflação por parte de responsáveis da Fed.

Neste contexto, os ativos de risco seguem pressionados. No Japão, o Nikkei 225 afundou 2,4% para 48.625,88 pontos e o Topix desceu 0,056% para 3.297,73 pontos,

Além disso, novos dados mostraram que os preços ao consumidor no Japão subiram 3% em outubro, mantendo vivas as expectativas de um aumento das taxas de juros em breve. O governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, afirmou que o banco central vai debater a "viabilidade e o momento" de uma subida das taxas em reuniões futuras. 

O sul coreano Kospi mergulhou 3,79% para 3.853,26 pontos e, na China, o Shanghai Composite derrapou 2,45% para 3.834,89 pontos e o Hang Seng, em Hong Kong, cedeu 2,11% para 25.291,71 pontos. Já o Taiex, em Taiwan, perdeu 3,61% para 26.434,94 pontos.

Os mercados europeus também se preparam para uma abertura em forte queda, com os futuros do Euro Stoxx 50 a recuarem 1,6%. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, discursa no 35.º Congresso da Banca Europeia, que tem lugar em Frankfurt (Alemanha), ao qual os investidores vão estar atentos.

"Não há dúvida de que o setor de tecnologia dos EUA apresenta muitas características de bolha, mas isso não significa que os preços vão necessariamente estourar", disse Diana Mousina, vice-economista-chefe da AMP, à Reuters. "A bolha pode apenas esvaziar-se um pouco", explicou, acrescentando ainda que "as ações norte-americanas geralmente têm um bom desempenho em novembro e dezembro devido à sazonalidade, (portanto) as ações devem ter um melhor final de ano."


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