Ao minutoAtualizado há 33 min10h13

Europa sem rumo à espera de novos catalisadores. Puma dispara quase 14%

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quinta-feira.
Juros agravam-se na Zona Euro. Ouro próximo de máximos de duas semanas
Michael Probst/AP
Negócios 10:13
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há 43 min.10h03

Europa sem rumo à espera de novos catalisadores. Puma dispara quase 14%

AP/Christof Stache

As principais praças europeias estão a negociar divididas entre pequenos ganhos e pequenas perdas, encaminhando-se para fechar novembro com um saldo positivo, num dia em que a Puma centra atenções e em que existem uma série de dados económicos para acompanhar. Na Alemanha, a confiança dos consumidores continua no negativo, mas acabou por registar uma ligeira melhoria neste mês, enquanto, na Zona Euro, vai ser conhecida a evolução do indicador de sentimento económico, que deve crescer, embora de forma contida. 

A esta hora, o Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, negoceia praticamente inalterado, com um recuo residual de 0,01% para 574,14 pontos. Com Wall Street encerrada devido às celebrações do dia de Ação de Graças (Thanksgiving), o mercado deve apresentar menor liquidez esta quinta-feira, com a Black Friday a limitar o volume de negociação na sexta. 

Quanto aos principais índices da Europa Ocidental, o neerlandês AEX cai 0,45%, o espanhol IBEX 35 ganha 0,06%, enquanto o francês CAC-40 recua 0,04%, o italiano FTSEMIB avança 0,22% e o alemão DAX sobe 0,21%. 

A Puma está a disparar 13,38% para 19,28 euros, depois de a Bloomberg ter noticiado que a fabricante chinesa de roupa desportiva Anta Sports Products estará a avaliar uma potencial aquisição da empresa alemã. Na corrida à compra da Puma estarão ainda a rival chinesa Li Ning e a japonesa Asics, de acordo com o que fontes próximas ao tema disseram à agência financeira.

As ações europeias têm recuperado esta semana da grande turbulência que atingiu os mercados em novembro, provocada por preocupações em torno de uma sobreavaliação das ações tecnológicas e ainda dúvidas em torno do futuro da política monetária dos EUA. O Stoxx 600 já conseguiu recuperar das perdas e prepara-se para fechar o quinto mês consecutivo de ganhos. 

"Estamos a preparar-nos para uma recuperação clássica do final do ano", explica Daniel Murray, diretor executivo da EFG Asset Management, à Bloomberg. "As pessoas ainda querem terminar o ano em alta e qualquer recuo continuará a ser recuperado por investidores que permanecem com exposição reduzida às ações", acrescenta. 

09h31

Juros agravam-se na Zona Euro e Reino Unido

 Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro e Reino Unido estão a agravar esta quinta-feira, um dia depois da apresentação do Orçamento de Outono no Reino Unido.

, a ministra das Finanças britânica, Rachel Reeves, encontrou forma de colocar algum dinheiro nos bolsos das famílias no curto prazo, mas com a promessa de apertar as contas públicas no final do horizonte de cinco anos. Reeves aumentou a margem de segurança face à sua principal regra fiscal – que exige equilibrar a despesa corrente com a dívida – de 9,9 mil milhões de libras para 22 mil milhões de libras.

O foco dos investidores está agora na reação do Banco de Inglaterra, e Megan Greene — que discursa esta quinta-feira numa conferência — poderá ser a primeira a dar sinais. A taxa de juro das "Gilts" britânicas a dez anos avançam 2,6 pontos-base para 4,448%.

Na Zona Euro, os juros das "Bunds" alemãs a 10 anos, que servem de referência para o bloco, sobem 1,0 ponto base para 2,68%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade ganha 0,9 pontos para 3,404%. Já em Itália, os juros aceleram 1,7 pontos para os 3,407%.

A Península Ibérica acompanha a tendência do resto da Europa, com a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos a agravar-se em 0,9 pontos base para 2,998% e as espanholas a subirem 1,3 pontos para 3,164%.


09h29

Libra corrige após impulso do novo orçamento. Iene perto de intervenção

A libra britânica está a corrigir dos ganhos da sessão anterior, quando foi impulsionada pela apresentação do Orçamento de Outuno do Reino Unido. O documento, um dos mais antecipados dos últimos anos, (que excluíram as “três grandes” taxas do país) e uma maior margem orçamental para a ministra das Finanças, Rachel Reeves. 

A esta hora, a divisa britânica recua 0,17% para 1,3219 dólares, corrigindo, de forma parcial, dos ganhos de 0,59% da sessão anterior. Já o euro avança 0,13% para 0,8768 libras, após ter desvalorizado 0,27% no rescaldo da apresentação do orçamento que vai guiar as contas públicas britânicas no próximo ano. 

Do lado do dólar, as movimentações estão bastante limitadas esta quinta-feira, num dia em que os mercados norte-americanos encontram-se fechados devido ao feriado do dia de Ação de Graças (Thanksgiving). Num cenário de pouca liquidez, Francesco Pesole, estratega cambial do ING, antecipa que pode ser um bom momento "para as autoridades japonesas intervirem no dólar/iene", após as grandes desvalorizações da moeda nipónica desde que Sanae Takaichi assumiu as rédeas do país. 

"No entanto, ainda pode haver uma preferência por intervir após um evento negativo para o dólar, com a estagnação do par a poder ter removido algum do sentido de urgência" das autoridades japonesas, acrescentou. A esta hora, a "nota verde" cai 0,10% para 156,32 ienes, pressionada ainda por um tom mais "hawkish" do Banco do Japão, que se prepara para aumentar as taxas de juro no curto prazo.

09h01

Ouro estável, próximo de máximos de duas semanas

Mike Groll/AP

O ouro está a negociar praticamente inalterado esta quinta-feira, depois de ter atingido máximos de duas semanas na sessão anterior, numa altura em que os investidores continuam a apostar em força num corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) norte-americana em dezembro. 

A esta hora, o metal precioso avança 0,04% para 4.163,76 dólares por onça, depois de ter chegado a avançar mais de 1% na quarta-feira, tocando nos 4.173,42 dólares. Por agora, o ouro aguarda por novos catalisadores para conseguir quebrar o intervalo em que tem negociado, isto depois de ter alcançado máximos históricos no final de outubro. 

Com um corte de 25 pontos base na próxima reunião da Fed praticamente incorporado no mercado, os investidores procuram pistas sobre o futuro da política monetária em 2026. Apesar de alguns membros do banco central, como Christopher Waller e John Williams, terem sido claros na necessidade de haver uma maior flexibilização monetária, outros têm defendido uma posição mais cautelosa - numa altura em que a batalha contra a inflação está longe de ser ganha. 

Neste cenário, a substituição de Jerome Powell por Kevin Hassett na liderança da Fed pode abrir caminho a uma posição mais "dovish" do banco central. O conselheiro económico da Casa Branca tem defendido, à semelhança de Donald Trump, que as taxas de juro têm de diminuir de forma mais agressiva, chegando mesmo a criticar o que diz ser uma inação do banco central face à crise inflacionista no período pós-pandemia. 

08h11

Petróleo em queda ligeira com Ucrânia e OPEP em foco

AP / Eric Gay

O barril de petróleo está a negociar com perdas ligeiras esta quinta-feira, numa altura em que os investidores continuam a avaliar as negociações para alcançar a paz na Ucrânia e preparam-se para a reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) no próximo domingo. 

O West Texas Intermediate (WTI) para entrega em janeiro e de referência para os EUA cede 0,07% para 58,61 dólares por barril, enquanto o Brent, também para entrega em janeiro e que serve de referência para a Europa, cai 0,19% para 63,01 dólares por barril. 

"Um acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia só terá importância se se traduzir em barris reais", afirma Haris Khurshid, diretor de investimentos da Karobaar Capital LP, à Bloomberg. "O mercado precisa de tubos, navios e contratos, um acordo verbal não é suficiente", acrescenta. Para conseguir mais do que isso, 

O crude está prestes a fechar o quarto mês consecutivo no vermelho, a maior sequência de perdas desde 2023. Os preços têm sido pressionados pelas perspetivas de um excedente de petróleo no mercado a partir do próximo ano e, mais recentemente, pela diplomacia em torno da Ucrânia - para pôr fim a um conflito que assola a Europa há quase quatro anos. 

07h51

Ações mundias prestes a apagar perdas de novembro. Ásia no verde e Europa tímida

As ações mundiais estão próximas de apagar as perdas deste mês. Após semanas de turbulência, com os investidores a fugirem ao risco numa altura em que cresciam os receios em torno de uma possível sobreavaliação dos títulos ligados à inteligência artificial (que o ), o aumento das probabilidades da Reserva Federal (Fed) norte-americana voltar a cortar nas taxas de juro deu força a um grande "rally" de recuperação.

MSCI All Country World Index avançou pela quinta sessão consecutiva, cortando as perdas de novembro para apenas 0,5%. Pela Ásia, as principais praças encerraram maioritariamente no verde, com o MSCI AC Asia Pacific Index a acelerar 0,4%, enquanto, na Europa, o sentimento é mais contido, com a negociação de futuros a apontar para uma abertura praticamente inalterada. Já em Wall Street, a negociação está encerrada devido ao dia de Ação de Graças (Thanksgiving). 

"Parece que o otimismo em relação ao corte das taxas da Fed compensou as preocupações com a bolha da IA, por enquanto", explica Charu Chanana, estratega-chefe de investimentos da Saxo Markets, à Bloomberg. "No final do ano, os mercados podem negociar lateralmente ou subir lentamente, com o corte esperado da Fed e a forte sazonalidade a tornar dezembro um mês difícil para se estar pessimista, e uma recuperação de Natal ainda muito provável", acrescenta. 

Pela China, o setor imobiliário volta a estar em foco, depois de a Vanke ter pedido aos credores para adiar o pagamento de um título onshore no valor de dois biliões de yuans (cerca de 240 milhões de euros, ao câmbio atual). As ações da empresa afundaram mais de 7% esta quinta-feira e arrastaram o setor para mínimos de mais de um ano, apesar de o CSI 300 - "benchmark" para a negociação chinesa continental - ter conseguido acelerar 0,5%. 

Já no Japão, e com o iene a continuar em queda (o que torna as exportações nipónicas mais atrativas), o Nikkei 225 encerrou a sessão a ganhar mais de 1,20%, ficando bastante próximo dos máximos históricos que atingiu no final de outubro. Pela Coreia do Sul, o Kospi avançou 0,66%, apesar de o banco central do país ter decidido manter as taxas de juro inalteradas nos 2,5% pela quarta reunião consecutiva. 

O otimismo dos investidores chegou ainda à Índia, com o Nifty 50 a atingir um novo máximo histórico, depois de ter conseguido acelerar mais de 1,20% esta quinta-feira. 

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