Ouro sobe após Natal e está a caminho de fechar melhor ano desde 2010
Estímulos à economia chinesa e queda de "stocks" nos EUA sustentam petróleo
Fed, Trump e tensões geopolíticas impulsionam ouro
Dólar inalterado e euro recua. "Traders" já de olho na Fed em 2025
Wall Street regressa da pausa natalícia no vermelho. "Megacaps" pressionam
Ouro sobe após Natal e está a caminho de fechar melhor ano desde 2010
Dólar e bitcoin perdem força. Euro recupera de mínimos de um mês
Petróleo em alta com estímulos à economia chinesa de volta ao foco
- Ásia em alta pela quarta sessão. Japão comanda à boleia do automóvel
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Os principais índices asiáticos assinalaram a quarta sessão consecutiva de ganhos esta quinta-feira, já com o farol de Wall Street a apontar para ganhos. O volume de negociação é significativamente reduzido esta semana natalícia.
O MSCI Asia-Pacific – que é composto por cinco mercados desenvolvidos e oito emergentes – somou 0,3%, enquanto no Japão o índice alargado Topix pulou 1,2%, a maior subida diária em quase quatro semanas, e o mais seleto Nikkei 225 subiu 1,12%. Na China, o Shanghai Composite avançou 0,14%, enquanto na Coreia do Sul o Kospi recuou 0,44%.
Além das bolsas europeias e britânicas, também em Hong Kong, Austrália e Nova Zelândia, os mercados estão encerrados.
Entre os principais movimentos de mercado esteve a Toyota que subiu 6%, depois de o Nikkei ter noticiado que a fabricante automóvel pretende aumentar a rendibilidade de capitais próprios para 20% até ao fim do ano fiscal, que termina em março de 2025, duplicando esse rácio face aos valores atuais.
Ainda no setor automóvel a Nissan e a Honda subiram 6,58% e 3,84%, respetivamente, depois de a Okasan Scurities ter aumentando o preço-alvo para a Honda com base na possível fusão ser criadora de valor para as duas companhias.
Os preços do petróleo estão a negociar em alta, numa sessão pós natalícia em que o volume de negociação é reduzido. A subida, embora ligeira, está a ser sustentada por expectativas de novos estímulos à economia chinesa - o maior importador de crude do mundo -, ao mesmo tempo que a possibilidade de uma redução dos "stocks" de crude nos Estados Unidos poderá sinalizar maior procura por esta matéria-prima.
O barril de Brent, referência para a Europa, para entrega em fevereiro avança 0,35%, para os 73,84 dólares. Já os contratos de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) sobem 0,36%, até aos 70,35 dólares por barril.
O ministério das Finanças chinês revelou na terça-feira que planeia fomentar o consumo através de medidas orçamentais como o aumento das pensões e apoios aos seguros de saúde para residentes.
Entretanto, na segunda-feira as autoridades chinesas anunciaram a emissão de quase 400 mil milhões de euros em dívida especial no próximo ano, por forma a financiar medidas de estímulo à economia.
"Os preços do petróleo têm valorizado esta semana, impulsionados pelas notícias de que as autoridades chinesas estão a implementar um estímulo orçamental recorde de 3 biliões de yuans para impulsionar uma economia em dificuldades", disse à Reuters Priyanka Sachdeva, analista da Phillip Nova.
"Além disso, uma diminuição dos 'stocks' de petróleo nos Estados Unidos, que sinaliza níveis de procura saudáveis, também sustentou os preços", acrescentou.
O ouro segue a negociar em alta esta quinta-feira, com os preços sustentados por maior procura por ativos-refúgio devido às tensões geopolíticas, ao mesmo tempo que os investidores se centram no futuro da política monetária nos Estados Unidos e as possíveis tarifas que o Presidente-eleito Donald Trump poderá impor.
O metal amarelo soma 0,38% para 2.626,83 dólares por onça.
O ouro ganha 27% desde o início do ano e caminha para a maior valorização anual desde 2010, impulsionado por perspetivas de cortes de juros pela Reserva Federal e maior incerteza geopolítica.
Por um lado, "alguma inação do dólar e nas 'yields' do Tesouro norte-americano na sessão de hoje, está a permitir que os preços do ouro retomem a sua recuperação após a queda registada depois da reunião da Fed", explica à Reuters Yeap Jun Rong, estratega da IG.
Por outro lado, a troca de acusações entre Israel e o Hamas relativamente à finalização de um acordo de cessar-fogo "poderá estar a gerar uma valorização do ouro", acrescentou Brian Lan, diretor da GoldSilver Central, também à Reuters.
O índice do dólar está a negociar praticamente inalterado esta quinta-feira, ao deslizar 0,03% para 108,222 dólares contra as principais divisas rivais, mas ainda assim perto de máximos de dois anos e a caminho de uma valorização mensal superior a 2%.
Por sua vez, o euro recua 0,11% para 1,0396 dólares.
Os investidores já estão focados no rumo das taxas de juro nos Estados Unidos em 2025, com os "traders" a reduzirem as expectativas de descidas das taxas diretoras para apenas 35 pontos base no próximo ano.
"Dado o corte mais 'hawkish' em dezembro, acreditamos que a Fed irá interromper o ciclo de descidas na reunião de janeiro e esperar por mais dados antes de retomar definitivamente, ou potencialmente terminar, este ciclo de cortes", explicou à Reuters Tom Porcelli, economista-chefe dos EUA da PGIM Fixed Income.
"A mudança da Fed para uma política menos acomodatícia, juntamente com o foco contínuo nos dois lados do mandato duplo [o pleno emprego e a inflação nos 2%], acreditamos que o mercado dará maior ênfase aos eventos económicos no próximo ano", completou.
Wall Street regressou da pausa de Natal a negociar em ligeira baixa, com os investidores a reavaliarem as suas carteiras e a aproveitarem o momento para retirar algumas mais-valias. As bolsas norte-americanas têm beneficiado do habitual "rally" do Pai Natal, tendo o S&P 500 registado o melhor desempenho da véspera de Natal desde 1974.
Os investidores também se encontram a avaliar os dados dos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada, que ficaram ligeiramente abaixo do consenso dos analistas. Na semana terminada a 21 de dezembro, foram menos mil pedidos, totalizando 219 mil. Os economistas abordados pela Reuters esperavam 224 mil, mas a diferença não é grande o suficiente para influenciar as expectativas em relação ao futuro da política monetária da Reserva Federal (Fed).
O S&P 500 perde 0,47% para os 6.012,31 pontos, enquanto o Nasdaq Composite cai 0,58% para 19.910,61 pontos. Já o Dow Jones desvaloriza 0,34% para 43.151,31 pontos.
A grande maioria das empresas que compõe o grupo das "Sete Magníficas" está a negociar no vermelho, com perdas moderadas, com a Tesla e a Meta a registarem as maiores quedas. A fabricante de automóveis desvaloriza 1,72% e a dona do Facebook cai 1,08%.
Apesar das quedas registadas esta quinta-feira, as ações deste grupo têm sido as principais responsáveis pelo bom desempenho que os principais índices norte-americanos têm registado este ano. De acordo com o que o analista Howard Silverblatt contou à Reuters, sem estas empresas, o S&P 500 só teria crescido 13% em 2024. Com as "Sete Magníficas" contabilizadas, o "benchmark" de referência mundial já avançou mais de 28% este ano.
No mundo das criptomoedas, a queda da bitcoin está a penalizar as empresas ligadas ao setor, depois da MicroStrategy ter anunciado um plano para aumentar o número das suas ações. A tecnológica, agora cotada no Nasdaq 100, cai 3,26% para 346,52 dólares, enquanto outras empresas ligadas ao mundo dos criptoativos, como a Coinbase Global e a Mara Holdings, também registam perdas consideráveis.
Os preços do ouro estão a ganhar terreno, impulsionados pela procura do metal como ativo-refúgio num dia de baixo volume de negociação após o feriado de Natal. O mercado olha agora para 2025 como um ano incerto e aguarda por novos indicadores económicos do país que voltará a ser governado por Donald Trump, ao mesmo tempo que a Reserva Federal mantém a posição contida no corte de juros dos próximos meses.
Os pedidos de subsídio de desemprego subiram para o número mais elevado dos últimos três anos: 1,91 milhões na semana que terminou a 14 de dezembro, de acordo com os dados do Departamento do Trabalho hoje divulgados. Os dados parecem refletir a dificuldade dos norte-americanos a encontrarem emprego.
O dólar está a desvalorizar, embora de forma quase residual, contra os seus principais rivais, numa altura em que os investidores estão a avaliar o possível impacto que as medidas de Donald Trump podem ter sobre o crescimento económico e a inflação dos EUA.
Enquanto se espera que um corte de impostos e uma maior desregulação do mercado impulsionem a economia norte-americana no próximo ano, os analistas estão preocupados com o impacto que as medidas anti-imigração do republicano poderão ter no crescimento económico do país no longo prazo.
O índice do dólar – que mede a força da divisa contra um conjunto de moedas concorrentes - recua 0,08% para 108,17 pontos, com o euro a protagonizar o maior avanço face à "nota verde". A moeda comum recupera de mínimos de um mês e valoriza, a esta hora, 0,05% para 1,0412 dólares, enquanto a libra recua 0,40% para 1,2511 dólares.
Já face à divisa nipónica, o dólar encontra-se a crescer 0,48% para 158,08 ienes, ultrapassando os máximos de cinco meses que tinha alcançado na sexta-feira. O governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, voltou a reforçar, esta quarta-feira, a necessidade de aumentar as taxas de juro no país, sugerindo que o momento está cada vez mais próximo.
No mundo dos criptoativos, a bitcoin está a desvalorizar 3,56% para 95.840 dólares, mesmo depois de a MicroStrategy ter anunciado um plano para emitir mais ações - um movimento que vai permitir que a empresa reforce os seus cofres desta moeda digital.
Os preços do petróleo chegaram a valorizar quase 1% esta quinta-feira, embora tenham reduzido significativamente os ganhos, numa sessão pós natalícia em que o volume de negociação é mais pequeno que o habitual. A subida é maioritariamente explicada pelo otimismo em torno de novos estímulos à economia chinesa – o maior importador de crude do mundo –, embora o barril de crude também esteja a beneficiar de uma queda dos "stocks" da matéria-prima nos EUA.
A esta hora, o barril de Brent, de referência para a Europa, para entrega em fevereiro, avança 0,12%, para os 73,67 dólares. Já os contratos de fevereiro do West Texas Intermediate (WTI) sobem 0,13%, até aos 70,19 dólares por barril.
As autoridades chinesas anunciaram a emissão de quase 400 mil milhões de euros em dívida especial, com o objetivo de financiarem as medidas de estímulo económico planeadas para 2025. Esta quinta-feira, o Banco Mundial reviu em alta as suas expectativas de crescimento para a economia chinesa para este e para o próximo ano, dando ainda mais gás ao otimismo que se vive em torno do país asiático neste momento.
Nos EUA, os "stocks" de crude voltaram a cair na semana passada, com as estimativas da American Petroleum Institute (API) a apontarem para uma queda de 3,2 milhões de barris. Os números oficiais só vão ser divulgados esta sexta-feira (mais tarde do que o habitual devido à pausa de Natal), mas os dados da API já estão a dar algum fôlego aos preços do petróleo.
Adicionalmente, a matéria-prima está ainda a beneficiar de um possível aumento da produção e procura por combustíveis fósseis com a chegada de Donald Trump ao poder, de acordo com o que o analista da Rakuten Securities, Satoru Yoshida, afirmou à Reuters.
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