Corte do BCE não convence. Europa fecha com perdas ligeiras
Novas sanções ao crude iraniano dão força ao petróleo
Ouro em ligeira correção depois de novo máximo
Conversas entre EUA e Japão seguram dólar em terreno positivo
Juros agravam-se na Zona Euro à espera de reunião do BCE
Europa aguarda BCE no vermelho. Luxo volta a desapontar
Taxa Euribor desce a três e seis meses para novos mínimos de mais de dois anos
Negociações com Japão e mira a Powell dividem Wall Street
Petróleo em alta após mais sanções dos EUA ao Irão
Investidores realizam mais-valias do ouro antes de feriado. Metal em queda
Euro em queda após corte do BCE e dólar ganha terreno
Juros aliviam na Zona Euro após sétimo corte do BCE
Corte do BCE não convence. Europa fecha com perdas ligeiras
- Ásia no verde com Trump mais disponível para negociar. Europa aponta para o vermelho
- Novas sanções ao crude iraniano dão força ao petróleo
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As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta quinta-feira em território positivo, com as negociações entre Japão e EUA a darem algum alívio às principais praças da região.
Os dois países reuniram-se esta quarta-feira para discutir a política comercial norte-americana. Donald Trump disse ter existido "grande progresso" nas negociações, o que deu um balão de oxigénio aos principais índices nipónicos.
O "benchmark" japonês Nikkei 225 conseguiu encerrar a sessão com ganhos de 0,85%, enquanto o mais abrangente Topix acelerou 0,83%. A política cambial parece ter ficado, para já, fora desta primeira ronda de negociações, o que está a deixar os investidores apreensivos em relação ao futuro do iene, mas um novo encontro já está a ser preparado – e o Japão quer realizá-lo ainda este mês.
De qualquer forma, os mercados vão estar extremamente atentos aos resultados destas reuniões. "Muitos investidores que pensaram, este tempo todo, que as tarifas mais extremas de Trump eram só uma tática de negociação estão a acompanhar de perto estas negociações com o Japão, como um indicador do que está para vir", explica à Philip Wool, analista da Rayliant Global Advisors, à Bloomberg.
No entanto, as negociações com outros países não se avizinham tão simples e a China é o grande exemplo disso. Na quarta-feira, Pequim indicou abertura para negociar com Washington, mas só se a Casa Branca cumprir uma série de condições. Os investidores responderam com bastante otimismo e o Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 1,65%, enquanto o Shanghai Composite só conseguiu avançar 0,08%.
Já a Europa parece andar em contraciclo. A negociação de futuros do Euro Stoxx 50 aponta para uma abertura no vermelho, com quedas pouco expressivas de 0,2%, num dia marcado pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Face às ameaças à economia global e com a inflação em queda, Christine Lagarde vê-se obrigada a cortar nos juros – um movimento que deve repetir mais duas vezes este ano.
O barril de petróleo está a negociar em alta pelo segundo dia consecutivo, impulsionado pela promessa dos EUA de reduzir as exportações energéticas do Irão para zero. As duas partes até tinham arrancado a semana com uma aproximação, mas as relações dos dois países parece ter ficado azeda, com o secretário do Tesouro norte-americano a anunciar "pressão máxima" à cadeia de abastecimento iraniana.
Neste contexto, o Brent – que serve de referência para o mercado europeu – pula 0,64% para 66,27 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI) – utilizado no mercado norte-americano – soma 0,80% para 62,97 dólares. Os dois crudes de referência avançaram quase 2% na quarta-feira, animados pela abertura de Pequim para negociar com Washington, e preparam-se para fechar a primeira semana em alta desde o início do mês.
Na frente geopolítica, os EUA introduziram novas sanções a uma refinaria chinesa, que acusam de receber mais de mil milhões de dólares em petróleo iraniano. Washington continua, assim, a pressão sobre o país do Médio Oriente, decidido a manter o seu programa nuclear contra as vontades norte-americanas. Com esta nova provocação, Teerão afirma que as negociações encetadas no início da semana podem cair por terra, trazendo mais instabilidade ao cenário global.
A produção de crude continua a ser um dos focos principais dos investidores, numa altura em que se advinha um excedente desta matéria-prima no mercado este ano. A OPEP está a exercer pressão junto dos seus membros para reduzirem a sua produção e cumprirem quotas, mas os últimos dados mostram que tanto o Irão como a Rússia não têm feito grandes progressos neste sentido.
Um novo recorde e agora uma ligeira correção. O ouro atingiu um máximo de 3.357 dólares por onça durante a noite de Lisboa, depois do presidente da Reserva Federal (Fed) ter alertado para o impacto das tarifas na inflação.
Contudo, o metal amarelo encontra-se hoje a perder algum terreno. O ouro cede a esta hora 0,43% para 3.328,67 dólares por onça.
As restrições aos "chips" para a Chips e a incerteza tarifária - com os seus avanços e recuos - levaram o ouro a valorizar mais de 3% esta semana, somando ganhos de 28% desde janeiro.
"Tudo se encaminha a favor do ouro, impulsionando os preços para novos máximos", aponta o analista Nikos Tzabouras da Tradu.com à agência Reuters.
"Embora as retrações sejam razoávies, o metal precioso mostra-se preparado para novos ganhos com a continuação do caos comercial", acrescenta.
Por sua vez, o analista Trevor Yates lembra que "a volatilidade nos mercados de ações também pode levar os investidores a aumentarem a ponderação do ouro nos seus portefólios".
Outros metais acompanham o desempenho do ouro. A prata recua 0,83% para 32,49 dólares por onça e o cobre perde 1,70% para 465,55 dólares.
O alumínio segue o caminho inverso, mesmo depois da Goldman Sachs se ter mostrado pessimista no início da semana. A esta hora, o alumínio ganha 0,29% para 2.382 dólares por tonelada
Num movimento possivelmente surpreendente, o dólar está a ganhar terreno. Depois de uma descida significativa, e que levou os investidores a refugirem-se no ouro, a moeda americana volta a um desempenho positivo.
O índice do dólar da Bloomberg, que mede a força da nota verde face aos principais concorrentes, avança 0,16% para 99,544 pontos.
A impulsionar esta subida está as negociações comerciais entre os Estados Unidos e o Japão, num momento em que as bolsas asiáticas já encerraram. Donald Trump considerou que as negociações com o Japão estavam a registar "um grande progresso".
Assim, os analistas adiantam que os mercados estão a detetar alguns sinais de esperança com esta proximidade. Estas negociações com o Japão podem, na visão dos analistas, levar a uma abertura nas conversas com a China.
O euro encontra-se a recuar 0,29% para 1,1365 dólares e o iene japonês cai 0,55% para 142,65 dólares.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se esta quinta-feira, embora com movimentações bastante limitadas, num dia marcado pela reunião do Banco Central Europeu (BCE). É expectável que a autoridade monetária volte a cortar as taxas de juro, pela sétima vez neste ciclo de alívio, depois de Donald Trump ter lançado o caos na economia e nos mercados financeiros globais.
A "yield" das "Bunds" alemãs a dez anos, que serve de referência para a Zona Euro, avança um ponto base para 2,514%, enquanto os juros das obrigações francesas com a mesma maturidade sobem 1,5 pontos para 3,282%.
Nos países do sul da Europa, a "yield" da dívida portuguesa cresce 0,5 pontos para 3,094% e a da espanhola agrava 0,7 pontos para 3,214%, enquanto os juros das obrigações italianas salta 0,3 pontos para 3,696%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas também movimentam-se num intervalo limitado, ao crescerem 0,8 pontos para 4,613%. Nos EUA, as "Tresuries" avançam 3,8 pontos para 4,315%, depois de o presidente da Reserva Federal (Fed) ter reiterado esta quarta-feira que os responsáveis do banco central não têm pressa para alterar a taxa de juro de referência.
Em dia de reunião do Banco Central Europeu (BCE), as principais praças da região arrancaram a sessão em território negativo, com os resultados das empresas do setor de luxo a continuarem a desiludir num contexto de desaceleração económica.
Esta quinta-feira foi a vez da Hermès apresentar contas ao mercado, depois de ontem até ter conseguido superar a sua rival LVMH em capitalização bolsita por umas horas. A empresa, conhecida pelas suas "Berkin bags", registou um crescimento nas vendas de 7% nos primeiros três meses do ano, em comparação com o período homólogo, alcançando os 4,1 mil milhões de euros.
No entanto, este aumento nas vendas acabou por ficar abaixo das expectativas do mercado, que viam o desempenho da Hermès crescer 9,8%. Os investidores estão a reagir com algum pessimismo, com as ações do grupo de luxo francês a caírem 1,82%, tendo chegado a ceder mais de 4%.
Neste contexto, o "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, recua 0,33% para 505,43 pontos, pressionado principalmente pelas ações de luxo e do setor da construção. Apesar das quedas, o índice de referência prepara-se para fechar a semana com uma valorização de 4%, numa altura em que a guerra comercial parece estar a acalmar, depois de uma semana bastante movimentada.
A negociação desta quinta-feira vai ser, inevitavelmente, marcada pela decisão do BCE. É expectável que a autoridade monetária corte os juros pela sétima vez neste ciclo, com os investidores à espera da conferência de imprensa que se segue ao anúncio da decisão por parte da presidente do banco central, Christine Lagarde. Com a União Europeia ainda a negociar com os EUA, é improvável que a economista francesa ofereça grandes pistas sobre o futuro económico e monetário da Zona Euro.
Entre as principais movimentações de mercado, a Siemens Energy dispara mais de 11%, depois de a energética alemã ter apresentado uma das suas melhores margens de lucro desde que se separou do grupo Siemens há cinco anos e ter revisto em alta o "outlook" para o resto do ano.
Entre as principais praças europeias, Madrid cai 0,33%, Frankfurt desliza 0,15%, Paris cede 0,39%, enquanto Londres perde 0,42%, Amesterdão recua 0,44% e Milão desvaloriza 0,32%.
A taxa Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses, nos dois prazos mais curtos para novos mínimos desde janeiro de 2023 e outubro de 2022.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 2,183%, ficou acima da taxa a seis meses (2,154%) e da taxa a 12 meses (2,104%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu hoje, ao ser fixada em 2,154%, menos 0,040 pontos e um novo mínimo desde 31 de outubro de 2022.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a fevereiro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,52% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,50% e 25,72%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também desceu, ao ser fixada em 2,104%, menos 0,028 pontos que na quarta-feira.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março, recuou hoje, ao ser fixada em 2,183%, menos 0,053 pontos e um novo mínimo desde 5 de janeiro de 2023.
A reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) termina hoje e os mercados antecipam outro corte de um quarto de ponto da taxa diretora.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, deu a entender em março que a instituição estava preparada para interromper os cortes das taxas de juro em abril.
Como antecipado pelos mercados, o BCE decidiu na reunião de março reduzir, pela quinta vez consecutiva em seis meses, as taxas de juro diretoras em um quarto de ponto, para 2,5%.
Em termos mensais, a média da Euribor em março voltou a descer a três, a seis e a 12 meses, mas menos intensamente do que nos meses anteriores.
A média da Euribor a três, a seis e a 12 meses em março desceu 0,083 pontos para 2,442% a três meses, 0,075 pontos para 2,385% a seis meses e 0,009 pontos para 2,398% a 12 meses.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Wall Street acordou dividida, enquanto os investidores digerem as "reprimendas" do Presidente dos EUA ao presidente da Reserva Federal desta manhã e aos avanços entre os Estados Unidos e o Japão nas negociações comerciais.
Esta manhã, Donald Trump não poupou Jerome Powell de críticas e acusou-o de ser "muito lento a cortar as taxas de juro". O republicano afirmou ainda que estava "ansioso" pelo fim do mandato de Powell, sem explicar se o iria tirar do cargo antes do tempo.
Antes disso, as negociações no "pre-market" demonstravam mais otimismo dos investidores, após Trump ter participado nas negociações em Washington desta quarta-feira com representantes japoneses. Da reunião saiu um "grande progresso", disse o Presidente, sem adiantar mais detalhes.
As bolsas norte-americanas recuperam agora da liquidação de quarta-feira: o S&P 500 sobe 0,38% para 5.295,84 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite avança 0,32% para 16.359,5 pontos. Em contraciclo, o industrial Dow Jones perde 1,3% para 39.154,64 pontos.
Entre os principais movimentos de mercado, as ações de tecnologias destacam-se entre as subidas, contagiadas pelos lucros acima das expetativas da taiwanesa TSMC, que acabaram por contrariar os avisos anteriores da Nvidia e da ASML. A Nvidia perde acima de 1%.
Noutras "big tech", a Apple e a Alphabet sobem 0,56%, enquanto a Meta e a Microsoft somam cerca de 0,2%. Em contraciclo, a Amazon perde 0,13%. A Netflix sobe 0,2% antes de apresentar resultados mais ao final do dia e a Tesla sobe 0,5%.
Os preços do petróleo estão a subir pelo segundo dia consecutivo à boleia da decisão da Administração dos EUA de impor novas sanções para restringir as exportações de petróleo do Irão. A medida levanta novas dúvidas quanto ao fornecimento da matéria-prima a nível global, num ano em que se prevê um excesso de "ouro negro" no mercado.
O Brent – que serve de referência para o mercado europeu – pula 1,41% para 66,78 dólares por barril. Já o West Texas Intermediate (WTI) – utilizado no mercado norte-americano – soma 1,62% para 63,48 dólares. As duas referências devem terminar a semana antes da Páscoa com ganhos.
Do lado da oferta, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) afirmou esta quarta-feira que recebeu os planos atualizados para que o Iraque, o Cazaquistão e outros membros façam novos cortes na produção, de forma a compensar este excesso de oferta. Mas, há analistas que levantam questões se esses cortes serão, de facto, cumpridos.
A alimentar o sentimento otimista estão ainda os desenvolvimentos nas negociações entre os Estados Unidos e o Japão e a queda dos "stocks" de gasolina e petróleo dos EUA na semana passada, segundo dados da Administração de Informação de Energia.
Esta sexta-feira não há negociação, já que é feriado em vários países, incluindo Portugal.
Os preços do ouro estão a recuar mais de 1% num momento em que os investidores parecem estar a realizar tomada de mais-valias do metal amarelo, que na sessão anterior tocou um novo máximo histórico, nos 3.357,40 dólares por onça.
A onça de metal amarelo cede esta quinta-feira 1,19% para 3.303,31 dólares, ainda acima da fasquia dos 3.300 dólares, à boleia de um dólar mais fraco e das tensões comerciais entre os EUA e a China.
O euro está a cair face ao dólar e à libra, depois de o Banco Central Europeu ter decidido cortar as taxas de juro pela sétima vez. A autoridade monetária liderada por Christine Lagarde procedeu a um corte de 25 pontos base, o que levou a taxa para 2,25%. O mercado antecipava o corte, uma vez que o banco central já tinha alertado para a pressão em relação aos efeitos da guerra comercial com os EUA.
O BCE deixou o aviso de imprevisibilidade em relação às próximas decisões, dependendo das medidas de Donald Trump.
O euro cede agora 0,25% para 1,1370 dólares e cai 0,34% para 0,8579 libras.
A decisão veio colocar um travão à subida que a moeda única tinha protagonizado nas últimas semanas, à boleia da queda do dólar norte-americano, que segue pressionado pelas tarifas dos EUA.
O BCE segue em contraciclo com a Reserva Federal, que ainda esta quarta-feira reafirmou que não tem pressão em cortar os juros.
Os juros das obrigações soberanas da Zona Euro registaram um alívio esta quinta-feira, isto depois de o Banco Central Europeu ter descido as taxas de juro da região pela sétima vez. A taxa está agora nos 2,25%.
Apesar do corte dos juros, Christine Lagarde frisou que as próximas decisões da autoridade monetária serão feitas de forma imprevisível, estando o BCE bastante dependente das medidas comerciais tomadas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump.
As yields das Bunds alemãs a 10 anos, de referência para a Europa, recuaram 3,7 pontos base para 2,467%, enquanto as congéneres francesas aliviaram 3,1 pontos base para 3,236%.
Em Itália e Espanha, a descida foi de 5,1 e 3,9 pontos base para 3,643% e 3,168%, respetivamente, enquanto as yields das obrigações do Tesouro nacionais recuaram 4,3 pontos base para 3,046%.
Fora da Zona Euro, as yields das Gilts britânicas desceram 4,9 pontos base para 4,563%.
As bolsas europeias terminaram a sessão desta quinta-feira pintadas de vermelho. As praças do bloco terminaram a sessão antes de um feriado com perdas modestas, isto depois de o Banco Central Europeu ter cortado as taxas de juro pela sétima vez. A descida de 25 pontos-base levou a taxa para 2,25%.
No entanto, o movimento já era amplamente esperado pelo mercado e a decisão não conseguiu animar os investidores europeus. A medida da autoridade monetária surge para sustentar a confiança numa economia já em dificuldades, isto porque as tarifas dos EUA ameaçam impor mais restrições ao comércio mundial, assim como trazer um novo peso sobre o consumo e o investimento das famílias e das empresas, explicou o BCE.
O "benchmark" para a negociação europeia, o Stoxx 600, encerrou a sessão a desvalorizar modestos 0,13% para 506,42 pontos. Ainda assim, termina a semana com uma valorização acima de 4%. Entre os 20 setores que compõem o índice, as ações de tecnologias e da construção foram as que mais pressionaram o Stoxx 600, enquanto o petróleo e gás e o imobiliário impediram mais quedas, com subidas acima de 1%.
Os investidores focaram-se, sobretudo, nos resultados trimestrais das cotadas. Os analistas reduziram as previsões para os lucros empresariais da região, já que tarifas recíprocas de Trump vieram diminuir as perspetivas de crescimento a nível mundial. Aliás, os analistas comparam mesmo estas últimas semanas à volatilidade que lembra os primeiros dias da pandemia.
A Hermès cedeu 3,22% após a dona das bolsas Birkin ter divulgado uma rara queda nas vendas trimestrais. A rival LVMH acabou por ganhar 0,1%.
Entre as tecnológicas, a SAP perdeu 2,7% e a holandesa recuou ASML 1,7%.
A impulsionar o setor de "oil and gas", a par da alta de preços do petróleo nos mercado internacionais, esteve a Siemens Energy, que pulou mais de 10% após ter revisto em alta o "guidance" anual, tendo registado também a maior margem de lucro desde que a empresa foi separada da antiga dona, a Siemens AG.
Entre os principais índices, o alemão DAX desceu 0,49%, o francês CAC perdeu 0,6% e o britânico FTSE terminou a sessão inalterado face ao fecho de ontem. Ainda, o espanhol IBEX recuou 0,19%%, o neerlandês AEX desvalorizou 0,16% e o italiano FTSE MIB cedeu 0,24%.
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