Europa arrastada por "suspensão em série" da vacina da AstraZeneca. Petróleo cede
Petróleo avança mais de 0,5% com dados da China a animar
Europa em alta com recuperação económica a fazer setor do turismo disparar
Euro perde força para o dólar pela segunda sessão consecutiva
Juros de Portugal em mínimos de dois meses à boleia do BCE
Ouro praticamente inalterado a aguardar pela Fed
Wall Street abre de forma mista de olhos postos na Reserva Federal
Receios de pressões inflacionistas quebram petróleo
Ouro ganha com alívio dos juros
Dólar aprecia com quebra do petróleo
Juros aliviam com problemas na vacinação
Europa desliza no meio de "suspensão em série" da vacina da AstraZeneca
- Futuros sem tendência definida. Mercados atentos a nova subida de juros
- Petróleo avança mais de 0,5% com dados da China a animar
- Europa em alta com recuperação económica a fazer setor do turismo disparar
- Euro perde força para o dólar pela segunda sessão consecutiva
- Juros de Portugal em mínimos de dois meses à boleia do BCE
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- Europa desliza no meio de "suspensão em série" da vacina da AstraZeneca
Os futuros das ações europeias e norte-americanas estão a negociar ainda de forma mista, depois de uma sessão asiática pautada por quedas globais.
Os investidores voltam a ter receio de que a recuperação económica conduza a uma retirada de estímulos monetários por parte dos bancos centrais em todo o mundo. Foi este receio que levou as ações na China a uma queda de quase 3%.
A espelhar este medo, os juros do Tesouro dos Estados Unidos voltam a superar a barreira dos 1,6%, um máximo de mais de um ano. A Reserva Federal estará reunida nesta semana, num novo encontro de política monetária, e a tua atuação poderá ser fundamental para o futuro no mercado de dívida do país.
Em Hong Kong, o índice de referência perdeu 0,1%, mas a gigante de tecnologia chinesa Xiaomi disparou após uma suspensão temporário face à lista negra dos Estados Unidos, enquanto que a Tencent derrapou com receio de um aumento de supervisão regulatória.
Noutros mercados, a bitcoin voltou a romper novos máximos históricos durante o fim de semana, acima dos 60 mil dólares por unidade.
Os preços do petróleo estão a valorizar na sessão desta segunda-feira, depois de os indicadores económicos na China terem revelado que a recuperação no país está a ser feita a bom ritmo, o que poderá fazer com que a procura pela matéria-prima regresse em força mais cedo do que o previsto.
O Brent - que serve de referência para Portugal - vai ganhando 0,55% para os 69,62 dólares por barril, enquanto que o norte-americano WTI (West Texas Intermediate) avança 0,61% para os 66,02 dólares por barril.
Os números vindos da China mostram que o setor industrial do país recuperou de forma mais rápida nos primeiros dois meses deste ano do que seria de prever, com as vendas a retalho a conhecerem também um ganho robusto.
Os preços do petróleo têm tido um bom início de ano, com o plano de vacinação contra a covid-19 e as decisões da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e os aliados liderados pela Rússia) a conseguirem manter os preços equilibrados.
As ações europeias regressar às vitórias, num dia em que as empresas do setor do turismo estão de novo a disparar, animadas com a recuperação económica em marcha, depois de os indicadores na China terem mostrado resiliência nos primeiros meses do ano.
O Stoxx 600 - índice que reúne as 600 maiores cotadas da região - estão agora a valorizar 0,61% para os 425,67 pontos, depois de uma quebra na sessão da passada sexta-feira ter interrompido um ciclo de ganhos.
Em destaque está o setor do turismo que avança quase 3%, com os restantes setores a ganharem em torno de 1%, como é o caso das fabricantes automóveis e das empresas de telecomunicação.
Os bancos centrais estão novamente em cheque esta semana, com o encontro de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos a ter particular importância num contexto em que os juros do Tesouro do país a dez anos estão novamente em máximos de mais de um ano acima dos 1,6%.
Na semana passada, o Banco Central Europeu (BCE) conseguiu pôr mão à subida das "yields" na Zona Euro através de uma comunicação forte e cabe agora à Fed tentar fazer o mesmo.
A moeda única da União Europeia está a depreciar novamente para o rival dólar dos Estados Unidos, depois de ter desenhado uma recuperação no início da semana anterior.
Ainda assim, o euro está novamente a recuar, dando sequência à derrota da passada sexta-feira. Hoje cai 0,15% para os 1,1934 dólares.
Em sentido contrário está a libra esterlina que avança 0,11% para os 1,3941 dólares.
Os juros da dívida dos países da Zona Euro estão novamente em queda na sessão seta segunda-feira, com a ajuda do Banco Central Europeu (BCE), que na semana passada disse que iria aumentar o ritmo de compras semanais justamente para acalmar o mercado de dívida.
Hoje, os juros de Portugal estão a negociar em mínimos de dois meses, com uma queda de 2,7 pontos base para os 0,167%.
Tendência semelhante têm os juros de Espanha (-3,3 pontos base), Itália (-2,5 pontos base) e Alemanha (-2,4 pontos base).
O ouro, que por norma negoceia em contramão face ao mercado de ações, está hoje "na linha de água, a aguardar pela reunião de dois dias da Reserva Federal dos Estados Unidos, que irá ocorrer no final desta semana.
Por esta altura, o metal precioso avança 0,01% para os 1.728,37 dólares por onça, à espera que Jerome Powell, líder da Fed, seja capaz de conter os receios dos investidores em torno da inflação e da subida dos juros no país.
Os principais índices dos Estados Unidos abriram a sessão desta segunda-feira sem tendência definida, numa altura em que os investidores vão estando de olho na reunião de política monetária da Reserva Federal dos Estados Unidos.
Por esta altura, o Dow Jones ganha 0,07% para os 37.800,59 pontos e o Nasdaq Composite avança 0,24% para os 13.351,75 pontos.
Já o S&P 500, que na semana passada atingiu novos máximos históricos, está hoje a desvalorizar 0,06% para os 3.940,41 pontos.
Esta semana, Jerome Powell, líder da Reserva Federal, terá pela frente o problema do "rally" nos juros do Tesouro dos Estados Unidos, que atualmente negoceiam em máximos de mais de um ano nos 1,6%.
Para além desta preocupação, a Fed tentará frisar a importância que a subida da inflação de forma controlada terá na recuperação económica do país.
Entre as empresas, as relacionadas com o setor do turismo - como transportadoras aéreas - são as que mais ganham.
O "ouro negro" segue a ceder terreno, pressionado pelos novos receios de pressões inflacionistas.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, para entrega em abril cede 0,91% para 65,01 dólares.
Já o contrato de maio do Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,95% para 68,56 dólares.
O Brent ainda chegou a estar a negociar na casa dos 70 dólares, depois do anúncio de que a retoma económica está a acelerar na China, o que ofuscou os receios de inflação. No entanto, esses mesmos receios estão agora a pesar mais no sentimento dos investidores.
O vasto pacote de estímulos à economia viabilizado na semana passada nos EUA intensificou as expectativas em torno do crescimento económico mundial, mas também em torno da inflação, o que tem mexido com as cotações.
De qualquer das formas, os analistas consideram que o corte de oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (o chamado grupo OPEP+) e a retoma da procura por combustível devido aos programas de vacinação e decorrente flexibilização das restrições à circulação ajudarão a manter os preços em alta e que quaisquer reveses serão temporários.
Os preços do metal amarelo estão a negociar em alta, numa altura em que as "yields" da dívida pública nos EUA estão a aliviar.
O ouro a pronto (spot) segue a somar 0,02% para 1.726,75 dólares por onça no mercado londrino.
No mercado nova-iorquino (Comex), os futuros do ouro valorizam 0,26%, para 1.724 dólares por onça.
A sustentar o metal precioso está o desagravamento dos juros da dívida pública nos EUA (que na passada sexta-feira dispararam para máximos de 6 fevereiro do ano passado, nos 1,641% [maturidade a 10 anos]), o que contrabalança a pressão decorrente do dólar forte.
Os investidores estão agora a voltar o foco para a reunião da Reserva Federal norte-americana, que decorre amanhã e quarta-feira.
As "yields" das obrigações do Tesouro nos EUA têm estado a subir devido aos receios de que um eventual aumento da inflação possa levar a Fed a subir os juros diretores mais cedo do que se espera, pelo que as indicações do banco central esta semana são aguardadas com expectativa.
Embora o ouro seja considerado uma boa cobertura contra a inflação (que se antevê com os novos estímulos à economia nos EUA, aprovados na semana passada), a subida dos juros da dívida tem ameaçado esse estatuto, dado que aumenta o custo de oportunidade de deter ouro sem remuneração de juros.
O dólar valoriza pelo segundo dia contra um cabaz composto por 10 divisas de economias desenvolvidas e emergentes, estando assim a apreciar pela segunda sessão consecutiva.
Em sentido inverso, o euro deprecia pelo segundo dia seguido, estando a moeda única europeia a recuar 0,25% para 1,1923 dólares.
A queda do barril de petróleo, que é negociado em dólares, hoje verificada impulsionou a cotação da moeda norte-americana que tende a valorizar quando o preço do crude cai nos mercados internacionais. Ainda a apoiar a subida do dólar esteve a flutuação com tendência de quedas de várias matérias-primas que são também transacionadas em dólares.
O dólar acumula uma valorização próxima de 2% desde o início de 2021.
A suspensão da utilização das vacinas da AstraZeneca por parte de países como a Alemanha e a França e a decorrente perspetiva menos animadora no que à retoma económica diz respeito em função de previsíveis maiores atrasos nos processos de vacinação em curso na Europa promoveram uma maior aposta em ativos considerados mais seguros, como é o caso das obrigações soberanas.
Como tal, os títulos de dívida dos países da Zona Euro seguem a valorizar, o que se reflete numa descida das "yields", em particular dos juros referentes à dívida alemã, a dívida de referência para o bloco da moeda única, que seguem assim a descer 2,8 pontos base para -0,336%.
A taxa de juro correspondente à dívida portuguesa com maturidade a 10 anos cai 2 pontos base para 0,173%, descida também acompanhada pelas "yields" associadas às obrigações soberanas da Espanha e da Itália com o mesmo prazo, que caem respetivamente 3 e 2,5 pontos base para 0,297% e 0,596%.
As principais praças europeias acabaram por eliminar os ganhos depois de a administração da vacina da AstraZeneca ter sido suspensa em vários territórios.
Esta segunda-feira, Alemanha, França e Itália juntaram-se ao grupo de países que avançaram com esta restrição. Antes, já a Irlanda, os Países Baixos, Islândia, Noruega, Bulgária, Luxemburgo, Estónia, Lituânia e Letónia haviam tomado a mesma iniciativa.
O Stoxx600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, manteve-se inalterado nos 423,08 pontos. Isto, depois de na última sessão ter quebrado, com uma descida, um ciclo de quatro sessões de subidas. Madrid, Frankfurt, Paris e Londres exibiram quedas modestas, embora Amesterdão e Milão tenham fugido à tendência negativa.
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