Depois da tempestade, banca comanda ganhos na Europa
Petróleo e gás em queda entre Credit Suisse e Fed
Metais preciosos em queda de olhos postos em Powell
Dólar e euro valorizam atentos a Lagarde e Powell
Juros agravam-se na Zona Euro
Europa começa o dia no verde com bancos centrais no radar
Euribor sobe a três meses e cai a seis e 12 meses
Wall Street arranca em terreno positivo. First Republic escala 22%
Ouro perde mais de 1% com foco na Fed
Euro sobe contra dólar "nervoso" à espera de Powell
Petróleo sobe pelo segundo dia com acalmia nos mercados
Juros agravam com foco a virar-se para ativos arriscados
Depois da tempestade, banca comanda ganhos na Europa
- Europa aponta para o verde. Ásia fecha a subir
- Petróleo e gás em queda entre Credit Suisse e Fed
- Metais preciosos em queda de olhos postos em Powell
- Dólar e euro valorizam atentos a Lagarde e Powell
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Europa começa o dia no verde com bancos centrais no radar
- Euribor sobe a três meses e cai a seis e 12 meses
- Wall Street arranca em terreno positivo. First Republic escala 22%
- Ouro perde mais de 1% com foco na Fed
- Euro sobe contra dólar "nervoso" à espera de Powell
- Petróleo sobe pelo segundo dia com acalmia nos mercados
- Juros agravam com foco a virar-se para ativos arriscados
- Depois da tempestade, banca comanda ganhos na Europa
Os futuros apontam a Europa para terreno positivo, depois de já ontem o bloco ter encerrado a sessão de segunda-feira a subir, após a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ter acalmado os mercados ao assegurar que o BCE está disposto a assegurar liquidez ao sistema financeiro da Zona Euro, caso "seja necessário".
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 somam 0,9%.
Na Ásia, a sessão também encerrou com uma nota otimista. O índice MSCI Ásia- Pacífico terminou o dia a valorizar 0,6%, depois de esta segunda-feira ter caído para mínimos de novembro.
Pela China, Hong Kong valorizou 1,33% enquanto Xangai somou 0,6%. Na Coreia do Sul, o Kospi valorizou 0,4%. No Japão, as bolsas estiveram encerradas esta terça-feira, por ocasião de um feriado.
No mercado de dívida asiático, os títulos "tier 1", isto é, títulos que podem ser convertidos em capital - neste caso, dos bancos da região - recuperaram da agitação desta segunda-feira, após os supervisores europeus terem assegurado que, na Europa, se cumprirão as regras relativas aos instrumentos que respondem por perdas de capital, em cenários como o do Credit Suisse.
O petróleo cai tanto em Nova Iorque como na negociação em Londres, numa altura em que, por um lado, os investidores acompanham a agitação em torno do Credit Suisse e, por outro, se preparam para a decisão da Reserva Federal (Fed) sobre o futuro da política monetária, esta quarta-feira.
O West Texas Intermediate – negociado em Nova Iorque – cai 0,83% para 67,08 dólares por barri. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desliza 0,64% para 73,32 dólares por barril.
O mercado acompanha a par e passo os novos desenvolvimentos em torno do Credit Suisse, depois de esta segunda-feira a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ter acalmado os mercados ao assegurar que o BCE está disposto a assegurar liquidez ao sistema financeiro da Zona Euro, caso "seja necessário". Nos EUA, as autoridades estudam uma maneira de expandir temporariamente a proteção dos depósitos.
Por outro lado, o mercado aguarda as conclusões da reunião da Fed, antecipando uma subida da taxa de juro de referência em 25 pontos base.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) cai 0,51% para 39 euros por megawatt-hora, dando continuidade às perdas desta segunda-feira.
O ouro segue a cair numa altura em que as preocupações em torno do sistema bancário dão lugar à antecipação das conclusões da reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana, que serão anunciadas esta quarta-feira.
O metal amarelo desliza 0,56% para 1.967,84 dólares a onça, depois de esta segunda-feira ter superado a fasquia dos dois mil dólares a onça. Platina, paládio e prata seguem esta tendência negativa.
O mercado acredita que existe mais de 80% de probabilidade da Fed aumentar a taxa de juro diretora em 25 pontos base.
Já 16,6% acreditam que o banco central pode não subir a taxa dos fundos federais, de acordo com o FedWatch do CME Group.
O índice do dólar – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – avança muito ligeiramente (0,06%) para 103,344 pontos.
O movimento ocorre numa altura em que o mercado se foca na decisão da Fed sobre o futuro da política monetária norte-americana, a qual será proferida esta quarta-feira.
Por sua vez, o euro soma 0,15% para 1,0737 dólares, um dia depois de a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ter assegurado que o BCE está disposto a assegurar liquidez ao sistema financeiro da Zona Euro, caso "seja necessário".
Os juros agravam-se na Zona Euro, num dia em que se observa um maior apetite pelo mercado de risco.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – agravam 7,2 pontos base para 2,187%.
Por sua vez os juros da dívida italiana somam 3,9 pontos base para 4,018%.
A "yield" das obrigações portuguesas a dez anos crescem 4,1 pontos base para 3,042%, enquanto os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade somam 4 pontos base para 3,228%.
Os investidores estão ainda a digerir as mais recentes declarações do governador do banco central austríaco, Robert Holzmann.
O também membro do conselho do BCE explicou que não tem a certeza se serão necessários mais três grandes aumentos das taxas de juro, perante a turbulência do setor bancário que assola o bloco.
A Europa começou o dia no verde, dando continuidade aos ganhos do fecho da sessão desta segunda-feira.
Os investidores dividem as atenções entre a turbulência do setor bancário e a antecipação das conclusões das reuniões de política monetária da Fed e Banco de Inglaterra esta semana.
O Stoxx 600 – que reúne as 600 maiores cotadas do bloco – cresce 1,23% para 446 pontos. O setor da banca está a recuperar, sendo de destacar as ações do UBS que sobem 3,78%, apesar da S&P ter reduzido o "outlook" para negativo.
Entre as principais praças europeias, Madrid avança 1,94%, Frankfurt sobe 1,26% e Paris arrecada 1,27%. Londres soma 1,29%, Amesterdão valoriza 1,26% e Milão ganha 2,16%.
Esta quarta-feira a Reserva Federal norte-americana, liderada por Jerome Powell, termina a sua reunião de dois dias dedicada à política monetária.
A expectativa da grande maioria dos economistas inquiridos pela Reuters é de que o banco central suba os juros diretores em mais 25 pontos base, apesar dos tumultos no setor bancário.
Na quinta-feira é a vez do Banco de Inglaterra se pronunciar, a par dos bancos centrais da Suíça e da Noruega.
A taxa Euribor subiu hoje a três meses e desceu a seis e 12 meses face a segunda-feira.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu hoje, ao ser fixada em 3,322%, menos 0,073 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,338% em janeiro para 3,534% em fevereiro, mais 0,196 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também baixou hoje, para 3,071%, menos 0,024 pontos, contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,461%, verificado também em 09 de março.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 2,864% em janeiro para 3,135% em fevereiro, mais 0,271 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 2,908%, mais 0,016 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 2,978%, verificado em 10 de março.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,354% em janeiro para 2,640% em fevereiro, ou seja, um acréscimo de 0,286 pontos.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Wall Street começou a sessão em terreno positivo, à medida que a preocupação em torno da turbulência do setor da banca dá lugar à antecipação das conclusões da reunião de política monetária da Reserca Federal (Fed) norte-americana, que serão conhecidas na quarta-feira.
O industrial Dow Jones ganha 0,88% para 32.529,69 pontos. Por sua vez, o Standard & Poor's 500 (S&P 500) valoriza 1% para 3.990,32 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite arrecada 0,94% para 3.990,32 pontos.
Esta quarta-feira a Reserva Federal norte-americana, liderada por Jerome Powell, termina a sua reunião de dois dias dedicada à política monetária.
A expectativa da grande maioria dos economistas inquiridos pela Reuters é de que o banco central suba os juros diretores em mais 25 pontos base, apesar dos tumultos no setor bancário.
Entre as ações que mais estão a atrair as ações dos investidores, destacam-se os títulos do First Republic Bank que escalam 24,44%, dando continuidade à tendência do "premarket".
O movimento ocorre depois de uma queda 47,11% na sessão desta segunda-feira, sucedida pela notícia de que o JP Morgan Chase está a ajudar First Republic a delinear uma estratégia para garantir a vitalidade do banco. O JP Morgan valoriza 0,6%.
Por fim, as ações da Meta crescem 1,34%, depois de o Morgan Stanley ter revisto em alta a recomendação da empresa liderada por Mark Zuckerberg.
O ouro está a ser fortemente penalizado na negociação desta terça-feira, com os investidores a retirarem liquidez do mercado, depois de uma forte corrida a este metal como forma de fuga ao risco, após a turbulência vivida nos mercados com a falência de bancos nos Estados Unidos e a venda do Credit Suisse.
Ainda a influenciar a negociação está uma reunião de política monetária da Reserva Federal (Fed) norte-americana que começa hoje e cuja decisão será conhecida amanhã.
O metal amarelo perder 1,53% para 1.948,56 dólares por onça, depois de ter chegado a negociar acima dos dois mil dólares esta segunda-feira, num máximo desde março de 2022.
"O mercado quer ouvir o que eles têm para dizer, o que Powell tem a dizer sobre o que está a acontecer no setor da banca e as formas de lidar" com essa situação, explicou o analista da RJO Futures, Bob Haberkorn.
"Há algumas dúvidas sobre o que ele vai dizer e como vai dizer. É por isso que o ouro está a negociar em baixa" acrescentou, afirmando ainda que o mercado estava a aproveitar o compasso de espera para retirar algum lucro.
As principais divisas europeias estão a liderar os ganhos no mercado cambial, numa altura em que acalmam as tensões dos últimos dias após o acordo de compra do Credit Suisse por parte do UBS.
O euro sobe 0,49% para 1,077 dólares, numa altura em que os investidores se focam na decisão de política monetária desta quarta-feira por parte da Reserva Federal norte-americana. O mercado de "swaps" prevê uma probabilidade de 80% de uma subida das taxas de juro em 25 pontos base.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – recua 0,07% para 103,211 pontos.
"A Fed deve assinalar que a inflação ainda é o foco aqui, mas obviamente endereçar o que tem sido feito e sublinhar o que podem vir a fazer para prevenir contágio para além do First Republic Bank", explicou à Reuters o analista Ed Moya, da Oanda.
O petróleo está a valorizar pelo segundo dia consecutivo, estendendo uma recuperação após ter negociado no valor mais baixo em 15 meses na segunda-feira, num dia de negociação marcado por preocupações de uma crise na banca que poderia reduzir o crescimento económico e o consumo de crude.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, sobe 1,33% para 68,54 dólares por barril. Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, ganha 1,37% para 74,8 dólares.
"Receios de uma crise na banca e uma recessão diminuíram, dando brilho às perspetivas de consumo de petróleo pelo menos por agora", afirmou a analista Fiona Cincotta, da City à Reuters.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta terça-feira, num dia em que se observa um maior apetite pelo mercado de risco.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – avançou 16,9 pontos base para 2,284%.
Por sua vez, os juros das obrigações portuguesas a dez anos cresceram 12,2 pontos base para 3,123%, enquanto os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade agravaram 13,3 pontos base para 3,322%.
Já a "yield" da dívida italiana somou 12,9 pontos base para 4,107%.
O mercado ganhou apetite pelo risco, à medida que a turbulência no setor bancário acalmou, levando os investidores a voltarem a apostarem em ações em detrimento das obrigações.
A Europa terminou o dia com ganhos pela segunda sessão consecutiva, com o setor da banca a recuperar terreno.
O Stoxx 600 – que reúne as 600 maiores cotadas do bloco – avançou 1,33% para 446,47 pontos e foi o setor da banca a comandar as tropas, com um aumento de 3,79%.
Em destaque estiveram as ações do UBS, que atingiram um máximo desde março de 2020 ao subirem 12%, com o mercado a ver a aquisição do seu maior rival, Credit Suisse, com otimismo.
Entre as principais praças europeias, Madrid avançou 2,45%, Frankfurt subiu 1,75% e Paris arrecadou 1,42%. Por sua vez, Londres somou 1,79%, Amesterdão valorizou 0,98% e Milão ganhou 2,53%.
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