Europa mista com nova época de resultados na mira. Petróleo cede terreno
Petróleo perde após nova semana de ganhos. Gás valoriza
Ouro segue e soma com alívio da política monetária na mira dos investidores
Euro valoriza face ao dólar
Juros aliviam na Zona Euro. Apenas dívida alemã vê agravamento
Europa abre no verde com investidores de olho na "earnings season"
Euribor sobe e a três e a seis meses para novos máximos desde novembro de 2008
Wall Street abre no verde a aguardar continuação da "earnings season"
Ouro perde quase 1%, com incerteza sobre caminho da inflação nos EUA
Dólar avança com resiliência da economia norte-americana
Petróleo cede com renovados receios de recessão
Juros das dividas da Zona Euro terminam sessão a agravar-se
Europa termina mista com nova época de resultados na mira
- Europa aponta arranque com ganhos. Ásia fecha no verde com investidores à espera de dados económicos
- Petróleo perde após nova semana de ganhos. Gás valoriza
- Ouro segue e soma com alívio da política monetária na mira dos investidores
- Euro valoriza face ao dólar
- Juros aliviam na Zona Euro. Apenas dívida alemã vê agravamento
- Europa abre no verde com investidores de olho na "earnings season"
- Euribor sobe e a três e a seis meses para novos máximos desde novembro de 2008
- Wall Street abre no verde a aguardar continuação da "earnings season"
- Ouro perde quase 1%, com incerteza sobre caminho da inflação nos EUA
- Dólar avança com resiliência da economia norte-americana
- Petróleo cede com renovados receios de recessão
- Juros das dividas da Zona Euro terminam sessão a agravar-se
- Europa termina mista com nova época de resultados na mira
As principais bolsas europeias apontam para um arranque de negociação em terreno positivo, num dia em que os investidores avaliam a possibilidade de mais subidas das taxas de juro por parte dos bancos centrais.
A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, discursa esta segunda-feira em Nova Iorque, sendo as suas palavras sempre ouvidas com atenção, na expectativa de obter pistas sobre os próximos passos da autoridade monetária.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 sobem 0,2%.
Na Ásia, a sessão fechou no verde um dia antes de ser divulgado como se situou o Produto Interno Bruto (PIB) da China no primeiro trimestre deste ano. As ações em Hong Kong e em Xangai lideraram as subidas, impulsionadas pelas previsões dos analistas de que a produção industrial e as vendas a retalho terão crescido em março.
Estes indicadores são também divulgados na terça-feira e deverão oferecer pistas sobre como está a recuperação económica da segunda maior economia mundial, que dá os primeiros passos na retoma da atividade após quase três anos fechada ao exterior devido às restrições de combate à covid-19.
Na China, Xangai subiu 1,13% e em Hong Kong, o Hang Seng valorizou 1,28%. No Japão, o Topix somou 0,41% enquanto o Nikkei subiu 0,14%. Na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,10%.
Os preços do petróleo seguem a desvalorizar, após fechar a quarta semana consecutiva com ganhos. A dar força ao "ouro negro" têm estado os sinais de que a oferta está a diminuir, com a Agência Internacional de Energia a alertar para um aumento dos preços devido ao corte de mais de um milhão de barris por dia por parte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+).
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 0,13% para 82,41 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,10% para 86,22 dólares por barril.A OPEP+ anunciou uma nova redução da produção de petróleo a partir de maio, uma decisão que surpreendeu os mercados, tendo a Agência Internacional de Energia alertado na sexta-feira que este corte deverá levar a mais inflação e que os "consumidores que já estão sobre pressão devido à inflação vão sofrer ainda mais". "Os cortes da OPEP+ deram claramente um impulso aos preços. Contudo, margens de refinação mais fracas são uma preocupação, sinalizando uma menor procura", afirmou Warren Patterson, analista do ING Groep, numa nota em que a Bloomberg teve acesso.
"Os cortes da OPEP+ deram claramente um impulso aos preços. Contudo, margens de refinação mais fracas são uma preocupação, sinalizando uma menor procura", afirmou Warren Patterson, analista do ING Groep, numa nota em que a Bloomberg teve acesso.
O ouro segue a valorizar, após ter fechado o último dia de negociação da semana passada com perdas de mais de 1%.
O metal precioso tem beneficiado da expectativa de que a Reserva Federal (Fed) norte-americana está perto de pausar o ciclo das subidas das taxas de juro, com as apostas a centrarem-se em apenas mais uma subida em maio. Contudo, os dados da inflação de março - que se fixou nos 5% - trouxeram alguma indecisão ao mercado, penalizando nesse dia o ouro.
O metal amarelo recupera assim o ânimo esta segunda-feira e valoriza 0,43% para 2.013,76 dólares por onça, enquanto o paládio cede 0,52% para 1.499,63 dólares e a platina recua 0,05% para 1.048,16 dólares. A prata, por sua vez, sobe 0,94% para 25,59 dólares.
O euro está a valorizar ligeiramente face à divisa norte-americana, estando a moeda única europeia a subir 0,06% para 1,0999%.
O dólar volta assim a ceder depois de na sexta-feira ter beneficiado de comentários de governadores da Reserva Federal norte-americana e de alguns dados económicos, que colocaram travão às expectativas de um corte nas taxas de juro já este ano.
O governador Christopher Waller foi um dos que se mostrou a favor de que a política monetária deve manter-se restritiva durante mais tempo de modo a combater a inflação.
O aumento dos preços no consumidor nos Estados Unidos baixou para os 5% em março, dando sinais de que as subidas das taxas de juro começam fazer efeito. Ainda assim, a inflação encontra-se ainda longe da meta de 2% definida pela Fed.
Os juros das dívidas públicas na Zona Euro seguem a aliviar, estando apenas a dívida alemã a agravar-se. Tanto os avanços como os recuos dos juros são, contudo, pouco expressivos.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos agravam-se 0,2 ponto base para 2,434%, enquanto os juros da dívida italiana aliviam 1 ponto base para 4,275%.
Os juros da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade recuam 1,7 pontos base para 3,262, os juros da dívida espanhola cedem 0,2 ponto base para 3,468% e os juros da dívida francesa perdem 0,5 ponto base para 2,996%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica aliviam 0,9 ponto base para 3,648%.
As bolsas europeias abriram em terreno positivo, numa altura em que os investidores preparam-se para mais uma época de resultados.
As contas de vários bancos norte-americanos - JPMorgan, Citigroup e Wells Fargo - na semana passada deram ânimo de que a "earnings season" das empresas será positiva, apesar das consecutivas subidas das taxas de juro e de algum abrandamento na economia.
O Stoxx 600, índice de referência para a região, soma 0,25% para 468,07 pontos, com o setor dos recursos naturais e o industrial a darem o maior contributo (1,33% e 1,09%, respetivamente). Já o da tecnologia é o que mais pressiona na abertura, com uma queda de 0,64%.
Entre as principais movimentações, a fabricante de semicondutores ASML destaca-se com uma queda de 4,07%, pressionada por uma notícia que dá conta de que a Taiwan Semiconductor Manufacturing está a planear reduzir os gastos para um intervalo entre 28 mil milhões e 32 mil milhões este ano. As ações da empresa holandesa seguem a valer 581,80 euros.
Nas principais praças europeias, o alemão Dax soma 0,35%, o espanhol Ibex 35 valoriza 0,22%, o francês CAC-40 sobe 0,20%, o italiano FTSE Mib cresce 0,59% e o britânico FTSE 100 soma 0,46%. O Aex, em Amesterdão, avança 0,01%.
"O perigo do atual ambiente, no meu ponto de vista, é que há pouco espaço para erros ou desilusões", afirma Paul de la Baume, analista no FlowBank, em declarações à Bloomberg, acrescentando que espera que as bolsas europeias registem ganhos daqui para a frente, "a menos que exista algum desilusão" com as "earnings season".
A taxa Euribor subiu hoje a três, a seis e a 12 meses face a sexta-feira e nos dois prazos mais curtos para novos máximos desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou hoje, ao ser fixada em 3,764%, mais 0,041 pontos e contra o máximo desde novembro de 2008, de 3,978%, verificado em 9 de março.
Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.
Após ter disparado em 12 de abril de 2022 para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 5 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril de 2022.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,534% em fevereiro para 3,647% em março, mais 0,113 pontos.
No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 6 de junho, também subiu hoje, para 3,578%, mais 0,068 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 6 de novembro de 2015 e 3 de junho de 2022).
A média da Euribor a seis meses subiu de 3,135% em fevereiro para 3,267% em março, mais 0,132 pontos.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, subiu hoje, para 3,219%, mais 0,044 pontos e um novo máximo desde novembro de 2008.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 2,640% em fevereiro para 2,911% em março, ou seja, um acréscimo de 0,271 pontos percentuais.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 4 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.
Na última reunião de política monetária, em 16 de março, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 2 de fevereiro e em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 8 de setembro.
Em 21 de julho de 2022, o BCE aumentou, pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Wall Street abriu a sessão desta segunda-feira a negociar em terreno positivo, com os investidores a aguardarem resultados de mais bancos nos Estados Unidos, bem como comentários de membros da Reserva Federal norte-americana, com o objetivo de compreender quando poderá a Fed colocar uma pausa no ciclo de aperto dos juros diretores.
O índice industrial Dow Jones soma 0,05% para 33.905,02 pontos, ao passo que o S&P 500 avança 0,04% para 4.139,33 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,12% para 12.138,31 pontos.
Na sexta-feira, os principais índices nova iorquinos terminaram o dia no vermelho, com dados económicos mistos a abrirem a porta à possibilidade de um novo incremento dos juros pela Fed em maio e que se foram sobrepondo a bons dados de bancos como o JPMorgan, Citigroup e Wells Fargo. Esta semana são esperados resultados do Goldman Sachs, Bank of America e Morgan Stanley. Fora do setor financeiro, a Tesla, IBM e Netflix apresentam também as contas dos primeiro três meses do ano. "A atual época de resultados é bastante opaca", começou por explicar o analista Peter Kinsella, da UBP à Bloomberg. "Os bancos na semana passada registaram melhores resultados que o esperado, mas temos de esperar para ver como vai ser a 'earnings season' dos restantes 'players'. Mas, neste momento, o S&P está com um preço bastante elevado, por isso temos de nos questionar se há possibilidade de valorização", completou.
Esta semana são esperados resultados do Goldman Sachs, Bank of America e Morgan Stanley. Fora do setor financeiro, a Tesla, IBM e Netflix apresentam também as contas dos primeiro três meses do ano.
"A atual época de resultados é bastante opaca", começou por explicar o analista Peter Kinsella, da UBP à Bloomberg.
O ouro está a desvalorizar, com os investidores a avaliarem o caminho de política monetária por parte da Reserva Federal norte-americana.
O metal foi fortemente penalizado na passada sexta-feira, depois de os mais recentes dados terem mostrado que as expectativas de curto prazo da inflação nos EUA aumentaram inesperadamente em abril, o que levou a que se intensificasse a perspetiva de uma nova subida das taxas de juro da Fed - e já na reunião de maio .
O metal amarelo desce 0,88% para 1.986,48 dólares por onça.
O dólar está a valorizar esta segunda-feira depois de um inquérito sobre a atividade industrial no estado de Nova Iorque ter dado sinais de melhoria pela primeira vez em cinco meses, o que poderá ser um indicador de uma nova subida das taxas de juro pela Fed na reunião de maio.
O dólar sobe 0,65% para 0,9158 euros, ao passo que o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – avança 0,61% para 102,168 pontos.
"Ainda parece que a economia está a crescer acima do desejado pela Fed", afirmou o analista Marc Chandler, da Bannockburn Global Forex, à Reuters.
Os preços do "ouro negro" seguem a recuar nos principais mercados internacionais, com os investidores a avaliar um possível aumento dos juros diretores pela Fed na reunião de maio, que poderá penalizar as expectativas de retoma económica, isto apesar de se esperar que os dados do PIB da China auspiciem um crescimento da procura por petróleo.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, cede 0,80% para 81,86 dólares por barril.
Por seu lado, o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, desliza 0,68% para 85,72 dólares.
Os juros das dívidas públicas na Zona Euro terminaram a sessão a agravar-se, embora de forma ligeira.
A "yield" das Bunds alemãs com maturidade a dez anos agravou-se em 3,5 pontos base para 2,467%, enquanto os juros da dívida italiana subiram 1,1 pontos base para 4,297%.
Os juros da dívida pública portuguesa com a mesma maturidade somaram 1,1 pontos base para 3,29%, os da dívida espanhola subiram 2,1 pontos base para 3,491% e os da dívida francesa avançaram 1,6 pontos base para 3,016%, superando assim a fasquia dos 3%.
Fora da Zona Euro, as rendibilidades da dívida britânica subiram 2,8 pontos base para 3,685%.
Os principais índices europeus terminaram o dia mistos, com os "traders" a prepararem-se para a nova época de resultados em que será avaliado o estado de saúde das empresas face a uma desaceleração do crescimento económico.
O índice de referência, Stoxx 600, terminou o dia praticamente inalterado, a recuar apenas 0,01% para 466,84 pontos. A registar as maiores quedas estiveram os serviços financeiros, a ceder mais de 2%, bem como os setores da banca e tecnologia, que perderam mais de 1%.
Entre os principais movimentos de mercado, a fabricante de semicondutores ASML terminou a sessão a cair quase 4%, pressionada por uma notícia que dá conta que uma empresa do mesmo setor, a Taiwan Semiconductor Manufacturing, está a planear reduzir os gastos para um intervalo entre 28 mil milhões e 32 mil milhões de dólares este ano. "O perigo do atual ambiente de mercado, do meu ponto de vista, é que há pouco espaço para erros ou desilusões", afirmou o analista do FlowBank, Paul de la Blaume, à Bloomberg. "Espero que as ações europeias negoceiem ligeiramente em alta daqui para a frente, a não ser que haja alguma desilusão na época de resultados", acrescentou.
"O perigo do atual ambiente de mercado, do meu ponto de vista, é que há pouco espaço para erros ou desilusões", afirmou o analista do FlowBank, Paul de la Blaume, à Bloomberg.
Mais lidas
O Negócios recomenda