Reabertura de terminal na Turquia faz cair preços do petróleo. Europa no verde

Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados durante esta segunda-feira.
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Andy Rain/EPA
Fábio Carvalho da Silva e Sílvia Abreu e Mariana Ferreira Azevedo 13 de Fevereiro de 2023 às 18:06
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Europa na linha de água. Vermelho pinta fecho de sessão na Ásia

Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 permanecem praticamente inalterados e a Ásia fechou predominantemente em terreno negativo, no arranque de uma semana marcada pela divulgação dos números da inflação nos EUA e dos dados adicionais sobre a evolução da economia na Zona Euro no quarto trimestre do ano passado.

Pela Ásia, na China, o Hang Seng desvalorizou 0,5% enquanto Xangai somou 0,7%. No Japão, o Topix caiu 0,5% e o Nikkei deslizou 0,88%. Por fim, na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,7%.

 

Os investidores estão a avaliar até que ponto as taxas de juro diretoras podem subir este ano.

Os dados do emprego e da inflação nos EUA podem fornecer pistas sobre o futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed), numa altura em que em que o mercado aposta que o pico da taxa dos fundos federais pode alcançar os 5,2% em julho.

 

Ouro desliza à espera dos dados da inflação norte-americana

O ouro desliza, um dia antes da serem divulgados os dados da inflação nos EUA, numa altura em que os investidores procuram pistas sobre o futuro da política monetária levada a cabo pela Reserva Federal norte-americana (Fed).

 

O metal amarelo cai 0,25% para 1.860,82 dólares a onça. Prata e platina seguem esta tendência negativa, enquanto o paládio sobe.

 

Na sexta-feira, o antigo secretário do Tesouro dos EUA, Lawrence Summers, afirmou que a Fed necessitava de endurecer mais a política monetária, para lá do que é esperado pelo mercado.

 

O mercado aposta que o pico da taxa dos fundos federais pode alcançar os 5,2% em julho.

Petróleo perde mais de 1%. Gás em mínimos de quase quatro semanas

O petróleo recua, numa altura em que os investidores avaliam o futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed), um dia antes de serem divulgados os dados da inflação nos EUA.

Este movimento ocorre depois de uma forte subida do crude na sexta-feira, motivada pela retaliação de Moscovo contra as sanções ocidentais, anunciando um corte na oferta de ouro negro russo.

 

O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em  Nova Iorque – perde 1,09% para 78,85 dólares por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – desvaloriza 1,01% para 85,52 dólares por barril.

 

Esta terça-feira é divulgado o índice de preços no consumidor em janeiro nos Estados Unidos, depois de a inflação ter descido para 6,5% em dezembro, numa altura em que os investidores tentam antecipar o futuro da política monetária do banco central liderado por Jerome Powell.

 

No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – "benchmark" para o mercado europeu – cai 2,9% para 52,38 euros por megawatt-hora, renovando mínimos de quase quatro semanas.

 

A Suécia reduziu o risco de apagão  no país de "real" para "baixo", um sinal interpretado pelo mercado como um símbolo de que o pico da crise energética já pode ter passado. Além disso, vários reatores nucleares voltaram a funcionar em França, a par da reabertura do reator Emsland na Alemanha.

Iene em queda antes de ser conhecido o novo governador do Banco do Japão

O  índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – negoceia na linha de água (0,05%) para 103,68 pontos, antes de serem divulgados esta terça-feira os dados da inflação nos EUA.

 

Por sua vez, o euro recua ligeiramente contra a nota verde (-0,07%) para 1,0671 dólares.

 

Por fim, o iene cai 0,69% para 0,0075 dólares, um dia antes de ser oficialmente conhecido o nome do novo governador que vai liderar o Banco do Japão, uma autoridade monetária que tem primado por uma política monetária acomodatícia.  

A comunicação social nipónica avança que Tóquio vai nomear Kazuo Ueda, professor e antigo membro do Banco do Japão (BOJ), para liderar a autoridade monetária.

 

Em declarações públicas, Kazuo Ueda já manifestou que considera necessário cautela na subida das taxas de juro, para que esta medida não seja tomada de forma prematura, o que sugere que o primeiro-ministro japonês poderá não estar à procura de uma mudança drástica.

Juros aliviam na Zona Euro

Os juros aliviam na Zona Euro, no mesmo dia em que a Comissão Europeia reviu em alta as perspetivas de crescimento para a economia  europeia.

 

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – alivia 0,9 pontos base para 2,351%.

 

Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos perdem 1,6 pontos base para 4,187%.

 

Na Península Ibérica, a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos subtrai 0,4 pontos base para 3,203%.

 

Os juros da dívida espanhola com a mesma maturidade caem 0,6 pontos base para 3,300%, acima da "yield" nacional.

 

"Quase um ano depois da invasão russa à Ucrânia, a economia da UE entrou melhor em 2023 do que estava no outono", afirma a Comissão, em comunicado. Nesse sentido, reviu ligeiramente em alta a estimativa de crescimento para os 20 países da moeda única, dos 0,7% esperados anteriormente, para 0,9%.

 

Euribor sobem a 3 e 12 meses para novos máximos de mais de 14 anos

A taxa Euribor subiu hoje a três, seis e 12 meses, nos prazos mais curto e mais longo para novos máximos desde janeiro de 2009 e dezembro de 2008, respetivamente.

A taxa Euribor a 12 meses, que atualmente é a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, subiu hoje, ao ser fixada em 3,510%, mais 0,045 pontos, um novo máximo desde dezembro de 2008.

Segundo o Banco de Portugal, a Euribor a 12 meses já representa 43% do 'stock' de empréstimos para habitação própria permanente com taxa variável, enquanto a Euribor a seis meses representa 32%.

Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.

A média da Euribor a 12 meses avançou de 3,018% em dezembro para 3,338% em janeiro, mais 0,320 pontos.

No prazo de seis meses, a taxa Euribor, que entrou em terreno positivo em 06 de junho, também avançou hoje, para 3,102%, mais 0,022 pontos, depois de ter subido em 09 de fevereiro para 3,103%, também um novo máximo desde dezembro de 2008.

A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).

A média da Euribor a seis meses subiu de 2,560% em dezembro para 2,864% em janeiro, mais 0,304 pontos.

No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, avançou hoje, ao ser fixada em 2,654%, mais 0,033 pontos, um novo máximo desde janeiro de 2009.

A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).

A média da Euribor a três meses subiu de 2,063% em dezembro para 2,354% em janeiro, ou seja, um acréscimo de 0,291 pontos.

As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro de 2022, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro de 2022.

Na última reunião de política monetária, em 02 de fevereiro, o BCE voltou a subir em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, acréscimo igual ao efetuado em 15 de dezembro, quando começou a desacelerar o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.

Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.

As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Lusa

Wall Street começa semana no verde. Sorrento Therapeutics afunda 40%

Wall Street arrancou primeira sessão de uma semana recheada de indicadores importantes para os investidores em terreno positivo.

O industrial Dow Jones sobe 0,18% para 33.918,42 pontos, enquanto o S&P 500 cresce 0,13% para 4.095,59 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite valoriza 0,20% para 11.741,73 pontos.

A chuva de indicadores começa esta terça-feira, com a divulgação dos números da inflação em janeiro, depois de a inflação ter descido para 6,5% em dezembro, numa altura em que os investidores tentam antecipar o futuro da política monetária da Reserva Federal norte-americana (Fed).

O mercado aponta agora para que o pico da taxa dos fundos federais alcance os 5,2% em julho. Mais recentemente, o presidente da Fed de Filadélfia, Patrick Harker, reforçou a ideia do pico poder superar a fasquia dos 5%.

Na semana passada, Neel Kashkari, líder do banco central em Minneapolis, já tinha ido mais longe e admitido que o pico poderia alcançar os 5,4%.

Os investidores vão estar atentos às ações da Sorrento Therapeutics, as quais deslizam 40,33%, após a farmacêutica ter feito um pedido de proteção contra credores, ao abrigo do capítulo 11 da lei de falências dos EUA.

Ouro desvaloriza com investidores de olho na inflação nos EUA

Os preços do ouro seguem a desvalorizar, numa altura em que os investidores aguardam pelos dados da inflação nos Estados Unidos, na expectativa de obter pistas sobre quais os próximos passos da Fed.

O metal amarelo cede 0,52% para os 1.855,92 dólares por onça, ao passo que a platina recua 0,14% para 948,21 dólares e o paládio soma 0,64% para 1.555,58 dólares. Já a prata perde 0,24% para 21,95 dólares.

Tudo aponta que o banco central deverá manter-se "hawkish", ou seja, com uma política monetária mais agressiva, durante mais tempo.

A corroborar essa perspetiva estão, além das próprias palavras do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, os mais recentes dados económicos, que apontam que a confiança dos consumidores se encontra ainda em níveis elevados. Sendo o objetivo da Fed baixar a inflação, é necessário um arrefecimento da economia.

Tudo aponta que o banco central deverá manter-se "hawkish", ou seja, com uma política monetária mais agressiva, durante mais tempo.

A corroborar essa perspetiva estão, além das próprias palavras do presidente da autoridade monetária, Jerome Powell, os mais recentes dados económicos, que apontam que a confiança dos consumidores se encontra ainda em níveis elevados. Sendo o objetivo da Fed baixar a inflação, é necessário um arrefecimento da economia.

Euro ganha ao dólar antes da divulgação da inflação dos EUA

O euro ganhou tração em relação ao dólar em antecipação aos dados da inflação de janeiro dos Estados Unidos, que serão conhecidos na próxima terça-feira. Os analistas esperam um novo abrandamento, o que poderia enfraquecer a nota verde. 

 

O euro avançou 0,25% em relação ao dólar, para 1,0705 dólares, enquanto o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – está a negociar com uma perda de 0,25% para 103,38 pontos, antes da divulgação dos dados da inflação norte-americana de janeiro.

 

Os analistas esperam que o aumento dos preços abrande de 6,5% em dezembro para 6,2% no mês seguinte, o que poderá enfraquecer o dólar uma vez que o apetite pelo risco tende a aumentar.

  

Além disso, o euro também está a ganhar 1.28% em relação ao iene para 142.19 ienes, a um dia de ser oficialmente conhecido o nome do novo governador que vai liderar o Banco do Japão, uma autoridade monetária que tem primado por uma política monetária acomodatícia.

A comunicação social nipónica avança que Tóquio vai nomear Kazuo Ueda, professor e antigo membro do Banco do Japão (BOJ), para liderar a autoridade monetária.

 

Em declarações públicas, Kazuo Ueda já manifestou que considera necessário cautela na subida das taxas de juro, para que esta medida não seja tomada de forma prematura, o que sugere que o primeiro-ministro japonês poderá não estar à procura de uma mudança drástica.

Juros da Zona Euro mistos com perspetivas de crescimento mais otimistas

Os juros negociaram mistos na Zona Euro, depois de a Comissão Europeia ter revisto em alta as perspetivas de crescimento para a economia europeia.

 

A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – avançou 0,6 pontos base para 2,366%.

 

Por sua vez, os juros da dívida italiana com a mesma maturidade perderam 3,7 pontos base para 4,166%.

 

Na Península Ibérica, a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos subtraíram 0,5 pontos base para 3,202%, enquanto os juros da dívida espanhola caíram 0,6 pontos base para 3,300%, acima da "yield" nacional.

 

A Comissão Europeia reviu a estimativa dos 20 países da moeda única em alta, de 0,7% esperados anteriormente para 0,9%, uma vez que "quase um ano depois da invasão russa à Ucrânia, a economia da UE entrou melhor em 2023 do que estava no outono", afirmou a Comissão, em comunicado.

Petróleo desvaloriza com retoma de fornecimento na Turquia

Os preços do petróleo seguem a desvalorizar, numa altura em que as exportações de ouro negro a partir do terminal de Ceyhan, na Turquia, foram retomadas, aliviando as preocupação quanto a uma escassez de fornecimento da matéria-prima.

As exportações a partir de Ceyhan foram suspensas durante dias após a ocorrência de um sismo de magnitude 7,8 na escala de Ritcher junto à fronteira do país com a Síria.

Os preços do West Texas Intermediate (WTI) - negociado em Nova Iorque - perdem 0,21% para 79,55 dólares por barril, enquanto os preços do Brent do Mar do Norte - referência para as importações europeias - cedem 0,25% para os 86,17 dólares por barril.

O crude volta assim a negociar no vermelho, depois de na sexta-feira ter visto algum ânimo com o corte de produção da Rússia. Moscovo anunciou que ia reduzir a produção de petróleo em 500 mil barris por dia em março, em retaliação às sanções impostas pela União Europeia.

"Volatilidade tem sido o nome do jogo em 2023, até agora", consideraram os analistas da RBC Capital Markets, numa nota enviada à Bloomberg.

Bolsas europeias no verde depois de revisão em alta das perspetivas económicas

O mercado acionista europeu fechou em alta esta segunda-feira, impulsionado pela revisão em alta das perspetivas de crescimento por parte da Comissão Europeia. 

A revisão das perspetivas de crecimento na Europa de 0,7% para 0,9% foi vista com bons olhos pelos investidores europeus, com o índice de referência europeu Stoxx 600 a avançar 0,9%. 

Os restantes índices também valorizaram, com o alemão Dax a ganhar 0,58%. Já o francês CAC-40 valorizou 1,11%, enquanto o espanhol Ibex avançou 1,02%. Por sua vez, o Aex, em Amesterdão, aumentou 1,39%, o italiano FTSE Mib subiu 0,63% e o britânico FTSE 100 somou 0,83%.

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