Contas das empresas dão empurrão às bolsas na estreia de Biden. Ouro sobe 1,5%

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Ana Batalha Oliveira 20 de Janeiro de 2021 às 17:15
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Fé nos estímulos nos EUA e resultados das empresas animam bolsas

As bolsas mantêm o ânimo, confiantes acerca dos estímulos nos Estados Unidos e com os resultados das empresas a darem também um impulso positivo.

Na Ásia, os ganhos ficaram aquém de 0,5% em Xangai e Sydney, com esta barreira a ser quebrada apenas em Hong Kong, onde o Hang Seng somou 0,8%. No Japão, o movimento foi contrário. Para já, tanto na Europa como nos Estados Unidos os futuros indicam que a cor de hoje é o verde.

Entre as empresas, a Alibaba destacou-se na Ásia depois de o fundador, Jack Ma, ter reaparecido em público, depois de meses sem o ter feito – o que já estava a levar a especulação acerca dos motivos. No norte-americano Nasdaq, as ações do Netflix subiram fortemente na pós-negociação depois de a empresa ter revelado que angariou mais clientes do que o esperado.

As perspetivas seguem melhoradas após o discurso proferido pela secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, que apelou aos legisladores que "actuem em grande" para salvar a economia da crise pandémica, ao mesmo tempo que assegurou que a administração Biden não vai forçar um dólar fraco. Por outro lado, teve uma postura mais dura em relação à China, apelando a que se combatessem as suas práticas económicas e de comércio "abusivas".

Petróleo agarra-se aos estímulos

O petróleo segue a subir com os olhos postos nos estímulos que a administração de Joe Biden quer distribuir, e que poderão ter um efeito positivo na procura pela matéria-prima. Paralelamente, a fraqueza do dólar também ajuda, já que o petróleo é denominado nesta moeda.

Estes fatores adjuvantes fazem com que as previsões da Agência de Energia Internacional não cheguem a empurrar a matéria-prima para o vermelho, apesar dos maus sinais. Esta entidade cortou as estimativas de procura de petróleo com base nas medidas que a pandemia tem vindo a exigir aos vários países.

O barril de Brent, negociado em Londres e referência para a Europa, valoriza 0,63% para os 56,25 dólares. O West Texas Intermediate, em Nova Iorque, soma 0,77% para os 53,39 dólares.

Yellen acaba por tirar força ao dólar

Embora a secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, tenha dito discurso desta terça-feira que a administração Biden não pretende enfraquecer o dólar, as suas palavras acabam por afastar os investidores de ativos refúgio, como é o caso da nota verde. Yellen acabou por não afirmar que queria um dólar forte, ao mesmo tempo que apelou a favor do pacote de estímulos de 1,9 biliões de dólares que a Casa Branca tem na manga, o que acaba por estimular o sentimento de risco.

Neste contexto, o dólar segue a perder contra todas as moedas que constituem o cabaz do G-10. O euro segue a somar 0,22% para os 1,2156 dólares, erguendo-se pela segunda sessão consecutiva.

Ouro ganha lustro com Yellen

O metal amarelo está a avançar 0,84% para os 1.855,83 dólares por onça, um registo que contraria a ligeira quebra da sessão anterior e que mantém a tendência de oscilações constantes – dia sim, dia não – que se mantém há oito sessões.

O ouro está a beneficiar da fraqueza do dólar, um dos seus grandes rivais, o qual reforçou as quebras depois do discurso da secretária do Tesouro Janet Yellen.  A perspetiva de grandes estímulos a serem aprovados nos Estados Unidos também animam este metal.

Yellen dá força para Europa avançar com pequenos passos

As principais praças europeias seguem com um entusiasmo moderado face ao discurso de Janet Yellen, que incentivou aos estímulos nos Estados Unidos mas ainda tem de convencer os republicanos do mérito do pacote sugerido pela nova administração.

O Stoxx600, o índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, soma 0,32% para os 409,22 pontos, recuperando da quebra da sessão anterior. Este faz-se rodear de uma maioria de bolsas no verde, embora os ganhos não sejam muito fortes – em muitas praças não chegam ao 0,5%. Alinhado com esta fasquia está o índice nacional, o PSI, e também o grego e o italiano. Madrid está no limbo e Frankfurt e Londres avançam ligeiramente, deixando os ganhos mais pujantes para Paris e Amesterdão.

As bolsas vestem-se de verde depois de a secretária do Tesouro, Janet Yellen, ter demonstrado apoio ao novo pacote de estímulos dos Estados Unidos e ter apelado a que os legisladores "atuassem em grande".

"Deveremos ter uma maior cooperação entre a Fed e o Tesouro, com a política monetária e a fiscal a trabalharem em conjunto e a apoiarem. Isto é um bom cenário para o sentimento de risco", comenta a Jefferies International, em declarações à Bloomberg.

Juros de Portugal e de Itália respiram fundo

Os juros da dívida a dez anos de Portugal estão a aliviar 0,3 pontos base para os 0,004%, contando a segunda sessão consecutiva de quebras. O mesmo se observa em Itália, onde os juros com esta maturidade também recuam há duas sessões, desta vez 0,1 ponto base para os 0,586%, numa altura em que as agruras políticas estabilizam e o governo volta a reunir condições para continuar o mandato.

Na Alemanha, que é a referência europeia, o movimento é contrário. As bunds agravam pela terceira sessão consecutiva, desta vez 0,4 pontos base para os -0,523%.

Wall Street em alta em dia de subida de Joe Biden ao poder

A bolsa nova-iorquina abriu a subir, no dia em que onovo presidente, Joe Biden, vai tomar posse. O novo presidente chega com a promessa de reverter várias das medidas do seu antecessor e com a proposta de um pacote de estímulos no valor de 1,9 biliões de dólares.

O generalista S&P500 soma 0,59% para os 3.821,74 pontos, o industrial Dow Jones avança 0,27% para os 31.012,70 e o tecnológico Nasdaq ganha 1,05% para os 13.336,11 pontos.

No mundo empresarial, o destaque vai para a Netflix, que dispara 13,27%  para os 568,35 dólares na primeira sessão desde que surpreendeu pela positiva os investidores: a cotada revelou que conseguiu angariar mais seguidores do que aquilo que era esperado.  A Netflix terminou o ano passado com mais de 200 milhões de assinantes, e diz ser agora capaz de gerar mais dinheiro do que precisa e já não prevê ter de se financiar para alimentar a sua estratégia de crescimento.

A gigante chinesa Alibaba também está em alta depois de o bilionário que a fundou, Jack Ma, ter reaparecido em público pela primeira vez em quase três meses. Ma marcou presença num evento virtual esta quarta-feira, de acordo com uma notícia veiculada nos media chineses, que foi confirmada mais tarde por entidades geridas pelo empresário. Recentemente começaram a levantar-se questões acerca da ausência de Ma, que se verificava desde que havia criticado os reguladores financeiros chineses em público. A empresa avança 6,44% para os 267,90 dólares em Nova Iorque.

Juros de Portugal perto de 0% em dia de leilão com taxas em mínimos

As taxas de juro da dívida soberana da Zona Euro seguem pouco alteradas, com o mercado de olhos postos na reunião de política monetária do Banco Central Europeu desta quinta-feira.

A yield das obrigações do Tesouro a 10 anos aumenta 0,7 pontos base para 0,012%, no dia em que o IGCP colocou 1,5 mil milhões de euros em bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses com as taxas de juro mais baixas de sempre.

Nas bunds alemãs a taxa desce 0,3 pontos base para -0,532% e na dívida italiana, apesar de ter sido afastado o cenário de crise política, a yield sobe 1,8 pontos base para 0,60%.

Europa sobe à boleia de resultados empresariais

Os índices europeus terminaram o dia em alta, impulsionados pelos resultados positivos de algumas grandes empresas da região.

O Stoxx 600 - índice que reúne as 600 maiores cotadas da Europa - subiu 0,7% com praticamente todos os setores a valorizar.

O que mais ganhou foi o automóvel (+2,8%), impulsionado pelas ações da Daimler, dona da Mercedes, e da BMW, que receberem um aumento de recomendação por parte de casas de investimento.

Também o setor da tecnologia (+1,8%) brilhou, num dia em que a holandesa ASML atingiu um recorde depois de reportar resultados acima do esperado.

As atenções estiveram hoje voltadas para a tomada de posse de Joe Biden, o novo presidente dos Estados Unidos. 

Petróleo em alta de olho nos estímulos

O petróleo segue hoje a tendência positiva do mercado de ações, num dia marcado pelo otimismo dos investidores em relação aos novos estímulos à economia, que poderão impulsionar a recuperação económica e, com isso, a procura pela matéria-prima.

O mercado está com os olhos postos em Washington, onde Joe Biden toma posse como presidente dos Estados Unidos, tendo como objetivo avançar com um programa de estímulos à economia de 1,9 biliões de dólares.

Nesta altura, o crude de Nova Iorque avança 0,7% para 53,35 dólares, enquanto o Brent de Londres sobe 0,86% para 56,39 dólares.

Ouro sobe 1,5%

O ouro está a registar uma forte subida no dia da tomada de posse do novo presidente dos Estados Unidos, contrariando o desempenho do dólar, devido aos sinais de que os juros deverão permanecer baixos.

Este desempenho segue-se aos comentários de ontem de Janet Yellen, a próxima secretária do Tesouro dos EUA, que afirmou que o governo deve "agir em grande" com o novo pacote de estímulos, o que enfraqueceu ainda mais a divisa norte-americana.

O ouro valoriza 1,5% para 1.868,13 dólares.

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