Bolsas europeias fecham maioritariamente em alta. Foco passa para resultados
Aumento dos "stocks" de crude nos EUA pressiona petróleo. Guerra comercial e Irão centram atenções
Guerra comercial leva ouro a bater novo recorde
Juros aliviam na Zona Euro
Europa em queda. Setor automóvel perde quase 2% e Santander pula mais de 7%
Alphabet e tarifas dividem Wall Street. Só o Dow Jones escapa ao vermelho
Guerra comercial impulsiona "rally" no ouro, que bate novo recorde
Petróleo cede mais de 1% com "stocks" acima do esperado e tensões comerciais à vista
Bolsas europeias fecham maioritariamente em alta. Foco passa para resultados
Juros aliviam na Zona Euro, mas "Gilts" lideram descidas
Dólar prolonga perdas, mas sente alívio com tarifas menos rígidas da China
- Futuros da Europa no vermelho. China volta a negociar em queda
- Aumento dos "stocks" de crude nos EUA pressiona petróleo. Guerra comercial e Irão centram atenções
- Guerra comercial leva ouro a bater novo recorde
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Os principais índices europeus estão a apontar novamente para quedas, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a recuarem 0,45%, com os investidores a avaliarem a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos, bem como os resultados das tecnológicas.
Na Ásia, a sessão está a ser mista, com os principais índices chineses a desvalorizarem no regresso à negociação após as festividades do ano novo chinês. No entanto, noutros mercados houve algum alívio face à retaliação às tarifas de Trump, considerada mais contida por parte de Pequim.
Na China, o Shanghai Composite cede 0,65% e em Hong Kong, o Hang Seng recua 0,93%. No Japão, o Nikkei avança 0,09% e o Topix sobe 0,27%, enquanto na Coreia do Sul o Kospi ganha 1,11%.
Os preços do petróleo estão a desvalorizar, com os investidores a porem em segundo plano a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos face a um cenário de aumento dos "stocks" de crude nos EUA, um sinal de menor consumo. Ainda a centrar atenções está o reforço das sanções ao Irão que pretendem reduzir drasticamente as exportações de petróleo do país.
O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, desce 0,37% para 72,43 dólares, enquanto o Brent do Mar do Norte, o "benchmark" europeu, recua 0,41% para 75,89 dólares.
"A nova da campanha de 'pressão máxima' de Trump pode aumentar as perspetivas de redução da oferta de petróleo iraniano, o que inevitavelmente poderá impulsionar os preços", disse Yeap Jun Rong, estratega da IG Asia.
"No entanto, isso terá que ser avaliado com dados dos 'stocks' de petróleo dos EUA mais altos do que o esperado", referindo-se a dados da indústria que mostraram um aumento semanal das reservas em mais de cinco milhões de barris.
O metal amarelo continua a alcançar consecutivos máximos históricos, à boleia de receios de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, depois de Pequim ter retaliado ao impor tarifas sobre produtos importados dos EUA.
O ouro ganha 0,83% para 2.866,25 dólares por onça, após ter chegado a tocar um recorde de 2.869,74 dólares por onça.
O metal tem beneficiado da procura por ativos-refúgio dada a elevada incerteza em torno das políticas do Presidente dos Estados Unidos. A aumentar os receios estão declarações de Trump que afirmou querer que os Estados Unidos assumam o controlo da Faixa de Gaza e reconstruam o território, depois de os palestinianos serem reinstalados noutros locais.
"Quem não gosta de um ativo seguro neste cenário?", lançou à Reuters Charu Chanana, estratega da Saxo Capital Markets. "Sem boas notícias sobre as negociações EUA-China e mais angústia geopolítica com as notícias de Gaza o ouro vai continuar a gerar apetite, independentemente da direção do dólar", completou
No mercado cambial, a fraqueza do dólar está a dar algum impulso ao metal amarelo. O índice do dólar segue a desvalorizar 0,31% para 107,621 dólares e o euro soma 0,32% para 1,0412 dólares.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta quarta-feira, com os investidores a optarem menos por ativos de menor risco, em detrimento do mercado acionista.
As Bunds alemãs a dez anos, que servem de referência para o bloco europeu, recuam 4 pontos base para 2,354%. Já a rendibilidade da dívida francesa, com a mesma maturidade, cede 3,9 pontos base para 3,069%.
Por cá, as "yields" das obrigações do Tesouro aliviam 3,3 pontos base para 2,778% e a das obrigações espanholas também a dez anos recua 3,1 pontos para 2,978%. Já as "yields" da dívida italiana descem 4 pontos para 3,453%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos aliviam 5,3 pontos para 4,467%.
Os principais índices europeus estão a negociar maioritariamente em queda, com os investidores ainda cautelosos relativamente a um cenário de imposição de tarifas sobre a União Europeia. O mercado segue ainda a digerir os últimos resultados das empresas relativos ao quarto trimestre do ano passado.
O índice de referência europeu, Stoxx 600, cede 0,17% para 535,14 pontos, com o setor automóvel a penalizar, ao descer quase 2%, pressionado por uma queda superior a 3% da Renault e com a maioria das cotadas do setor em baixa.
A fabricante automóvel francesa, detentora de quase 36% do capital da Nissan está a ser penalizada pela possibilidade de um acordo de fusão entre a Nissan e a Honda ter caído depois de as duas empresas não terem conseguido chegar a acordo relativamente aos termos da proposta, avança jornal japonês económico Nikkei.
Ainda a pressionar o setor automóvel e em particular as fabricantes alemãs estão dados sobre o sentimento da indústria na Alemanha que mostraram que foi atingido um novo mínimo em janeiro, com as empresas a avaliarem a sua posição em mercados estrangeiros, dentro e fora da UE, como a mais frágil de sempre.
Entre outros movimentos de mercado, uma das maiores cotadas da europa, a Novo Nordisk, soma mais de 4% impulsionada por vendas do fármaco contra a obesidade Wegovy superiores ao esperado, que levaram o lucro, apenas deste medicamento, a ascender a 4,4 mil milhões de dólares nos últimos três meses do ano.
No mesmo setor, a GSK sobe mais de 5%, depois da farmacêutica britânica ter aumentado as perspetivas de vendas até 2031 e os resultados do quarto trimestre terem ficado acima do esperado.
O setor da banca é outro dos que valoriza à boleia de contas positivas do Credit Agricole (1,61%), DNB Bank (1,96%) e Svenska Handelsbanken (0,82%). Já o Santander pula mais de 7% depois de ter revelado lucros recorde e um plano de recompra de ações de 10 mil milhões de dólares.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax cede 0,47%, o francês CAC-40 desvaloriza 0,41%, o italiano FTSEMIB recua 0,8%, o britânico FTSE 100 perdeu 0,15%. Em Amesterdão, o AEX registou um decréscimo de 0,45%.
Pela positiva, o espanhol IBEX 35 caiu 0,91% e em Lisboa, o PSI soma 0,15%.
Wall Street arrancou a sessão desta quarta-feira em terreno negativo, com os principais índices pressionados pelos resultados da dona da Google e pelos acontecimentos em torno das tarifas - assunto que tem dominado a negociação dos últimos dias.
O S&P 500 perde 0,14% para 6.029,64 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recua 0,51% para 19.553,21 pontos. Já o Dow Jones cresce, ainda que ligeiramente, para 44.583,61 pontos.
Os riscos de uma guerra comercial alargada, sobretudo entre os EUA e a China, continuam em vigor, isto depois de Donald Trump ter ontem afirmado que "não tem pressa" em reunir com Xi Jinping. A segunda maior economia do mundo respondeu na mesma moeda às tarifas aplicadas pelos norte-americanos e que entram em vigor na próxima segunda-feira, o que dá mais tempo aos dois líderes para negociarem uma solução.
As bolsas norte-americanas estão também digerir os resultados dececionantes da Alphabet, divulgados ontem após o fecho de Wall Street. A dona da Google registou um aumento de 12% das receitas consolidadas no quarto trimestre para 96,5 mil milhões, ficando ligeiramente abaixo das expectativas dos analistas. As ações caem 8,55%. Os resultados suscitam preocupação nos investidores quanto aos milhões de dólares que a empresa está a investir em inteligência artificial.
Além destes, também a Advanced Micro Devices cede mais de 10% após ter dado uma previsão negativa do negócio de data center - uma área que luta para alcançar o nível sucesso na IA da Nvidia.
"Continua a ser difícil para qualquer investidor ter um grau particularmente elevado de convicção quando se negoceia num ambiente tão incerto", explicou à Bloomberg Michael Brown, estratega do Pepperstone Group. "Ainda sou a favor da adoção de uma postura mais cautelosa a curto-prazo, já que a incerteza permanece elevada e os compradores digerem os eventos de risco que faltam desta semana, incluindo os resultados da Amazon e o relatório de empregos dos EUA de sexta-feira", acrescentou.
Noutros movimentos de mercado, a Apple cai 1,22% num momento em que a criadora do iPhone está sob uma investigação das autoridades chinesas, por alegadamente violar as leis "antitrust" do mercado. Também a Uber Technologies perde perto de 6% após registar uma perda nos lucros.
Ainda na "earnings season", o mercado estará hoje atento aos resultados da Ford e da Qualcomm.
O ouro brilha mais do que nunca. Os preços do metal amarelo continuam a trajetória ascendente e acabam de atingir um novo máximo histórico, nos 2.877 dólares por onça. Entretanto, a corrida abrandou e o metal amarelo sobe 1,04% para 2.872,3 dólares por onça, impulsionado ainda por um dólar norte-americano mais fraco.
Os investidores parecem estar a recorrer ao ativo-refúgio, já que a incerteza em torno da guerra comercial com as tarifas continua a dominar a negociação. "O ouro continua a ser influenciado pelas incertezas comerciais. As tarifas sobre a China e a retaliação do país deixaram o mercado nervoso e a procura por este refúgio continuam a ser o fator dominante", realçou Peter Grant, da Zaner Metals, à Reuters.
Os preços do crude estão a cair mais de 1%, num momento em que pairam preocupações de que uma guerra comercial entre os EUA e a China irá afetar o crescimento económico dos países e a procura por crude. A pressionar estão também os "stocks" de petróleo norte-americanos mais altos do que o previsto - na semana passada havia mais cinco milhões de barris.
O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, desce 1,68% para 71,48 dólares, enquanto o Brent do Mar do Norte, o "benchmark" europeu, recua 1,56% para 75,01 dólares.
Apesar de ter registado alguns ganhos à boleia das sanções dos EUA ao Irão, já que os norte-americanos querem reduzir para zero as exportações de "ouro negro" iraniano, o WTI chegou a cair mais de 3% na sessão de ontem (o menor nível desde 31 de dezembro), isto depois de a China ter aplicado tarifas sobre as importações de petróleo, gás natural e carvão aos EUA, em resposta às tarifas de 10% de Trump.
As principais bolsas europeias fecharam maioritariamente em alta, num momento em que os receios sobre a guerra tarifária parecem estar a diminuir e os investidores se concentram na temporada de resultados europeia.
O índice de referência do continente, o Stoxx 600, subiu 0,47% para 538,46 pontos liderado pelos setores das telecomunicações e imobiliário. Entre os principais índices, o FTSE subiu 0,61%, o DAX ganhou 0,22% e o IBEX subiu 1,23%. Já o CAC e o FTSE MIB fecharam no vermelho, descendo 0,19% e 0,38%, respectivamente, enquanto o AEX estabilizou.
Depois do adiamento das tarifas sobre o México e o Canadá, o foco dos mercados passou para a temporada de resultados, que está em pleno andamento na Europa.
Nos principais movimentos de mercado, o Santander disparou 8,3%, depois de o banco espanhol ter registrado um lucro trimestral recorde. Já a farmacêutica GSK fechou em alta de 7,6%, depois de ter reportado uma subida dos lucros operacionais e aumentado o "guidance" de vendas de longo prazo. Ainda no setor da saúde, a Novo Nordisk subiu 4,5%, depois de ter superado as expectativas de lucros, com base no crescimento continuado da procura pelos fármacos para a obesidade.
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro aliviaram esta quarta-feira, com os investidores a optarem menos por ativos com risco mais reduzido.
Esta quarta-feira, Mário Centeno afirmou, em entrevista à Reuters, que o Banco Central Europeu poderá ter de cortar as taxas de juro abaixo dos níveis neutrais para estimular o crescimento económico do bloco, agora pressionado pela ameaça de tarifas alfandegárias dos EUA.
"Precisamos de manter a trajetória de queda das taxas de juro", acrescentou, para que a taxa de inflação atinja os 2% "mais cedo do que mais tarde". O líder do Banco de Portugal acredita ainda que a economia do bloco não é suficientemente forte para sustentar a inflação em 2%.
As Bunds alemãs a dez anos, que servem de referência para o bloco europeu, recuaram 3,2 pontos base para 2,362%. Já a rendibilidade da dívida francesa, com a mesma maturidade, cedeu 2,8 pontos base para 3,081%.
Por cá, tanto as "yields" das obrigações do Tesouro e a das obrigações espanholas aliviaram 2,7 pontos base para 2,784% e 2,982%, respetivamente. Já as "yields" da dívida italiana desceram 4,4 pontos para 3,449%.
Mas, quem lidera a descida de juros está fora da Zona Euro: os juros das "Gilts" britânicas a dez anos descderam 8,5 pontos para 4,435%.
O dólar norte-americano continua a caminhar para perdas, ainda que o mercado acredite que a guerra comercial será menos acesa do que o que se esperava, já que a China impôs tarifas sobre produtos importados dos EUA menos fortes do que o previsto.
O euro avança 0,38% para 1,0418 dólares e o índice da Bloomberg da nota verde, que mede a força da moeda dos EUA face às principais concorrentes, cai 0,46% para 107,46 pontos, perto de atingir mínimos da semana.
Enquanto Donald Trump parecia determinado a impor tarifas de 25% ao México e ao Canadá esta segunda-feira, o índice do dólar chegou a subir 1,3%. Mas, com o adiamento da imposição nestes países, a nota verde derrapou 2%. As tarifas mantiveram-se apenas sobre a China, que respondeu com taxas sobre certos produtos dos EUA.
"O mercado ficou aliviado de que a China não tenha retaliado com muita força, o que mostra que está disposta a tolerar tarifas mais altas dos EUA - por enquanto", disse à Reuters Adam Button, da ForexLive.
Já o euro parece estar a ganhar forças, depois de ter caído mais de 2% face ao dólar no início da semana, com receios de que as tarifas de Trump se possam estender até este lado do Atlântico.
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