Europa regista maior ciclo de ganhos mensais em quase uma década

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Cátia Rocha e Gonçalo Almeida 31 de Agosto de 2021 às 17:17
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Dados económicos marcam arranque da sessão na Europa

A sessão desta terça-feira, a última do mês de agosto, estará focada numa mão cheia de novos dados estatísticos sobre a economia à disposição dos investidores. Depois de ontem já ter sido divulgado o sentimento dos consumidores na Zona Euro, hoje é dia de conhecer uma estimativa rápida sobre a inflação na Zona Euro. 

Além disso, esta manhã os investidores têm também já acesso aos dados sobre a economia da China, que sinaliza um abrandamento. O crescimento do índice dos gestores de compras (PMI), a referência para a indústria manufatureira da China, desacelerou, em agosto, para 50,1 pontos, face aos 50,4 registados em julho.. Quando se encontra acima dos 50 pontos, o PMI sugere uma expansão do setor; já abaixo dessa barreira está implícita uma contração da atividade.

Na Ásia, a sessão foi positiva, com o MSCI a registar um máximo de duas semanas. Já as tecnológicas chinesas voltaram a pesar na sessão, a digerir mais um dia de declarações do Governo chinês, que desta vez quer impor novas regras de utilização dos jogos online. No Japão, o índice Nikkei fechou a subir 1,09% e o Topix ganhou 0,54%.

Ouro a aproximar-se de máximo de quatro semanas

O ouro está a avançar nesta sessão, a registar ganhos de 0,30%, elevando a onça para 1.815,75 dólares. 

Esta é a terceira sessão consecutiva em que o metal precioso está a negociar acima da fasquia dos 1.800 dólares, patamar do qual esteve afastado durante uma boa parte das sessões do mês de agosto. Na sessão de ontem, ainda a digerir os comentários da Fed, o ouro fechou a cair 0,4%.

Ainda assim, os analistas apontam que o "rally" do ouro está, aparentemente, sem fôlego nesta altura. "O "rally do ouro parece ter perdido momentum por agora mas, mesmo com isso, não está a dar sinais significativos de fadiga", aponta Jeffrey Halley, analista da Oanda Asia Pacific à agência Bloomberg. "O ouro parece estar à espera dos dados sobre o emprego nos EUA, na sexta-feira, para determinar qual vai ser a sua próxima direção", antecipa este analista.

Euro avança 0,25% face à nota verde

O euro, a moeda única europeia, está a ganhar terreno face ao dólar pela terceira sessão consecutiva. Nesta altura, esta divisa avança 0,25% face ao dólar norte-americano, para 1,1827 dólares. O euro está a aproximar-se de um máximo de 5 de agosto, quando tocou nos 1,1834 dólares. 

Ainda na Europa, a libra esterlina está também a valorizar, neste caso 0,16%, para 1,3872 dólares.

Já o dólar está a ceder 0,16%, conforme aponta o índice que mede o desempenho desta divisa contra um cabaz composto por divisas rivais. 

Petróleo no vermelho e a caminho de maior queda mensal este ano

O "ouro" negro está a negociar no vermelho nesta sessão, ainda que a registar quedas ligeiras.

Nesta altura, o WTI, negociado em Nova Iorque, está a ceder 0,06%, com o barril nos 69,17 dólares. 

Já o brent do Mar do Norte, que serve de referência a Portugal, está a derrapar 0,03%, com o barril nos 73,39 dólares.

Com agosto a terminar, o petróleo está a caminhar para aquela que poderá ser a sua maior queda mensal este ano, num cenário em que o furacão Ida deixou os investidores atentos e em vésperas de uma nova reunião da OPEP+, dos países produtores de petróleo e os seus aliados. 

Este mês de agosto fica marcado pela volatilidade nos preços do petróleo, onde fatores como a variante delta ou o abrandamento da atividade na China, devido à subida de casos, têm gerado algum receio sobre o "outlook" da procura. 

Juros da dívida a subir na Zona Euro

Os juros da dívida estão a subir na Zona Euro nesta sessão. As "bunds" alemãs, que servem de referência à Zona Euro, estão a subir 0,5 pontos base para -0,436%

Em Itália, os juros da dívida com maturidade a dez anos estão a avançar 1,3 pontos base, para 0,622%.

Na Península Ibérica, a subida verificada na "yield" de Portugal a dez anos é de 0,4 pontos base, para 0,154%. No país vizinho, os juros da dívida com maturidade a dez anos estão a subir 0,2 pontos base para 0,276%.

 

Tecnológicas e utilities animam sessão na Europa

As praças europeias estão a atravessar um momento de algum otimismo na sessão desta manhã, que poderá mesmo deixar a Europa a caminho da mais longa série de ganhos mensais desde 2013. 

Mesmo num cenário mais otimista, os investidores não deixam de estar atentos à evolução da pandemia, às questões regulatórias  - maioritariamente no mercado chinês - e ainda aos dados estatísticos sobre a atividade económica.

Nesta altura, o Stoxx 600, o índice pan-europeu que agrupa as maiores cotadas do continente, está a registar ganhos de 0,20%, a avançar para 473,61 pontos. O setor da tecnologia está a dar um impulso esta manhã, ao avançar 1,13%. Nesta altura, este é o setor que mais avança, seguido pela indústria (ganhos de 0,59%) e pelas utilities (subida de 0,49%). 

O PSI-20 é o índice que mais avança entre as praças da Europa ocidental, a registar ganhos de 0,58%, numa altura em que a EDP Renováveis avança mais de 2%. O espanhol IBEX 35 cede 0,02%, à semelhança do FTSE 100, que cai 0,07%, na reabertura depois do feriado. 

O alemão DAX aprecia 0,47% e o francês CAC 40 avança 0,12%

Wall Street abre em queda ligeira com tecnologia a pressionar

Os três maiores índices dos Estados Unidos abriram a sessão desta terça-feira a desvalorizar, mas encaminham-se para um novo mês de ganhos, ainda a beneficiar dos discursos da Reserva Federal norte-americana.

Por esta altura, o Dow Jones está a cair 0,12% para os 35.354,79 pontos e o S&P 500 está a recuar 0,16% para os 4.521,55 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite vai perdendo 0,21% para os 15.234,61 pontos.

As gigantes Microsoft, Alphabet, Apple e Amazon estão a cair cerca de 0,5%, levando o índice que agrupa as maiores tecnológicas do país para uma abertura em leve queda, depois de ontem ter fixado um novo recorde histórico, no fecho. 

Um dos destaques vai para a Zoom que cai 14% depois de anunciar um recuo mais cedo do que o previsto da procura pelos seus serviços de videoconfierência, numa altura em que o teletrabalho vai desvanacendo.

O S&P 500 está a caminho do seu sétimo ganho mensal consecutivo, com uma subida de mais de 3% em agosto. O Nasdaq vai subir pelo terceiro mês consecutivo.

Comentários de Holzmann sobre retirada de apoios do BCE fazem disparar juros

Os juros da dívida soberana dos países da Zona Euro dispararam nesta terça-feira, depois de Robert Holzmann, membro do quadro de governadores do Banco Central Europeu (BCE) ter dito que vai sendo hora de a autoridade discutir uma retirada de apoios.

Como reação, as taxas de toda a região dispararam. Na Alemanha, que serve de referência para o bloco, os juros a dez anos subiram 5,4 pontos base para os -0,388%, numa das maiores subidas diárias das últimas semanas.

Mas o sinal de alerta dado por Holzmann foi sentido com maior força em Itália, uma das economias mais endividadas da Europa, cujos juros a dez anos dispararam 9,2 pontos base para os 0,700%. Em Portugal e em Espanha a reação foi semelhante: uma avanço de 5,7 pontos base em ambos os casos para 0,207% e 0,331%, respetivamente.

Holzmann disse que o BCE deveria começar a pensar em retirar os apoios, tal como o banco central dos EUA está a ponderar, dando por encerrada uma era de estímulos pandémica. Ao invés desta postura, defende o austríaco que a autoridade se devia concentrar em atingir a sua meta para a inflação de 2%.

Europa perde fôlego com retirada de estímulos a rondar, mas termina agosto com nova subida

As ações europeias terminaram o dia em queda com os novos receios de uma possível retirada de apoios por parte do Banco Central Europeu (BCE) a pairar, depois dos comentários de Robert Holzmann, membro do quadro de governadores.

O Stoxx 600, índice que agrupa as 600 maiores cotadas da região, caiu 0,4% mas terminou o mês com um ganho de 2%.

Hoje foram os setores das empresas de telecomunicações (-1,3%) e dos recursos básicos (-1%) que mais prejudicaram o cenário global.

Ainda assim, o setor das "utilities" (0,4%) conseguiu valorizar com a portuguesa EDP Renováveis no topo dos melhores desempenhos do dia com uma subida de quase 5%.

Agosto foi o sétimo mês seguido de ganhos para o Stoxx 600, a maior sequência desde 2013.

Petróleo prepara-se para fechar mês com maiores perdas desde outubro

O preço do petróleo está em queda, depois de o furacão Ida ter deixado um rasto de destruição nos Estados Unidos, sendo os estados do Mississippi e Louisiana os mais afetados. Os investidores estão ainda atentos à reunião de quarta-feira da OPEP+, dos países produtores de petróleo e aliados, para avaliar o mercado global e as perspetivas de procura.

O Brent do Mar do Norte, que serve de referência para Portugal, está a cair 0,45%, com o barril nos 73,08 dólares. Enquanto isso, o WTI, negociado em Nova Iorque, perde 0,52%, com o preço por barril nos 68,85 dólares.

No acumulado do mês, agosto foi o mês em que o petróleo registou as maiores quebras desde outubro. O mês ficou também marcado por várias subidas e descidas, com grande volatilidade nos preços do crude. A variante delta e o abrandamento da atividade na China foram alguns dos fatores que marcaram os receios dos investidores, em relação ao "outlook" da procura do "ouro negro".

Ouro oscila entre ganhos e perdas com previsão de retirada de estímulos do BCE

O ouro tem estado a oscilar entre ganhos e perdas no último dia do mês. Neste momento, o preço do ouro está a registar perdas de 0,26%, fazendo a onça derrapar para 1.805,60 dólares. 

O preço do metal precioso tem estado a variar, depois de Robert Holzmann, membro do Banco Central Europeu (BCE), ter sinalizado que está na hora do banco central avaliar a retirada dos programas de estímulo à economia já no próximo trimestre. A expectativa é de que o tema seja levado à reunião do BCE que vai realizar-se na próxima semana. 

"A alta do ouro na sexta-feira e a resiliência depois significa que os mercados não acreditam que as taxas vão subir logo", disse Adrian Ash, diretor de pesquisa da corretora britânica BullionVault.

Também a prata está a cair 0,52%, com a onça a valer 23,88 dólares. Já a platina regista tímidos ganhos de 0,01% para 1.010,19 dólares por onça.

Hipótese de retirada de estímulos na UE faz euro ganhar terreno

O euro está a ganhar terreno face ao dólar norte-americano, depois de um dos membros do Banco Central Europeu (BCE) ter adiantado que, na reunião do banco central que vai realizar-se na próxima semana, poderá ser discutida uma eventual retirada dos estímulos financeiros à União Europeia. 

Neste momento, o euro está a somar 0,05% face ao dólar, para 1,1803 dólares. O euro está também a ganhar terreno face à libra esterlina, com uma valorização de 0,14% para 0,8583 libras, e face à divisa japonesa, com uma subida de 0,11% para 129,8500 ienes.

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