Europa fecha mista. Juros das Bunds em máximos de nove anos
Petróleo sobe ao som da China. Clima mais ameno pressiona gás
Ouro soma e segue impulsionado pela queda do dólar
Juros agravam-se na Zona Euro
Europa arranca última semana no ano pintada de verde. Lisboa com prenda mais modesta
Euribor sobem a seis e a 12 meses para novos máximos e baixam a três meses
Wall Street mista. China impulsiona e Tesla penaliza
Corte de medidas covid na China impulsiona ouro e dólar segue em queda
Alívio de restrições na China anima petróleo
Juros das Bunds em máximos de nove anos
Europa fecha mista apesar de alívio na China
- Europa deve regressar às negociações no verde com presente chinês
- Petróleo sobe ao som da China. Clima mais ameno pressiona gás
- Ouro soma e segue impulsionado pela queda do dólar
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Europa arranca última semana no ano pintada de verde. Lisboa com prenda mais modesta
- Euribor sobem a seis e a 12 meses para novos máximos e baixam a três meses
- Wall Street mista. China impulsiona e Tesla penaliza
- Corte de medidas covid na China impulsiona ouro e dólar segue em queda
- Alívio de restrições na China anima petróleo
- Juros das Bunds em máximos de nove anos
- Europa fecha mista apesar de alívio na China
A Europa prepara-se para regressar às negociações, após a quadra natalícia, com os futuros sobre o principal índice do bloco a apontarem para um arranque de sessão no verde. Na Ásia, o dia também terminou em terreno positivo. Os investidores estão a digerir as mais recentes notícias vindas da China.
Os futuros sobre o Euro Stoxx 50 somam 0,8%.
Na Ásia, pela China, Xangai cresceu 1%, enquanto Hong Kong não negociou. Por sua vez, no Japão, o Topix ganhou 0,40% enquanto o Nikkei arrecadou 0,16%. Já na Coreia do Sul, o Kospi cresceu 0,7%.
Os investidores estão a digerir o mais recente anúncio de Pequim sobre o alívio da sua política restritiva "covid-19 zero".
A partir do próximo dia 8 de janeiro, os visitantes que cheguem ao país já não irão precisar de fazer quarentena, pelo que terão apenas de apresentar um teste negativo realizado 48 horas antes da chegada ao país, segundo a Comissão Nacional de Saúde.
Pequim vai ainda revogar os atuais limites impostos à quantidade de vossos internacionais que ligam a China ao resto do mundo, assim como os tectos sob a capacidade de passageiros que pode transportar cada avião.
Formalmente, o sinal de alarme passou do mais elevado, para o segundo mais elevado. Ainda assim, a Comissão Nacional de Saúde comprometeu-se a continuar a monitorizar o vírus e tomar as medias necessárias para terminar com os surtos de novos casos.
O petróleo segue a valorizar tanto no mercado londrino, como em Nova Iorque, ao som das boas notícias vindas da China que dão conta de um alívio de algumas medidas restritivas no âmbito da política "zero covid-19".
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque – acumula 0,83% para 80,22 dólar por barril. Já o Brent do Mar do Norte – referência para as importações europeias – cresce 0,85% para 84,63 dólares por barril.
O mercado está ainda a ser influenciado pelo facto de mais de um terço da capacidade de refinação de ouro negro presente Costa do Golfo do Texas – incluindo as duas maiores centrais de refinação dos EUA - ter estado parada nos últimos dias.
O petróleo caminha para terminar 2022 com ganhos ligeiros, depois de um ano em que, por um lado, foi impulsionado sobretudo pela guerra na Ucrânia, mas que por outro acabou por ser pressionado pelo temor em torno da possibilidade de uma recessão devido às políticas monetárias restritivas dos bancos centrais e pela redução da procura do maior importador do mundo, a China.
No mercado do gás, a matéria-prima negociada em Amesterdão (TTF) – referência para o mercado europeu – cai 0,6% para 82,50 euros por megawatt-hora, ampliando as perdas da semana passada em que mergulhou quase 30%.
O clima menos frio esperado a noroeste da Europa tem pressionado os preços do gás. Mais recentemente, o presidente da BNetzA, Klaus Mueller, afirmou no Twitter que as temperaturas amenas a par do vento favorável permitiu à Alemanha armazenar mais gás nos últimos cinco dias.
O ouro negoceia acima da fasquia dos 1.800 dólares a onça, após Pequim ter anunciado o alívio de algumas medidas restritivas, o que pressionou o dólar, tendo impulsionado as matérias-primas denominadas na nota verde, como é o caso do ouro.
O metal amarelo segue assim a subir 0,51% para 1.807,36 dólares a onça. Prata, paládio e platina seguem esta tendência positiva.
O ouro já cresceu mais de 8% este trimestre, à medida que o dólar recua perante a expectativa de um abrandamento do ritmo da subida das taxas de juro nos EUA.
Em contramão, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra 10 divisas rivais – cai 0,36% para 103,988 pontos, estando muito perto de mínimos de junho. Já o euro aproveita a fraqueza da nota verde e cresce 0,26% para 1,0665 dólares.
Ainda no mercado cambial, o renminbi é grande protagonista. Após o anúncio da Comissão Nacional chinesa de Saúde, a moeda chegou somar 0,2%, estando entretanto a negociar na linha d’água (-0,07%) para 0,1435 dólares.
Os juros agravam-se na Zona Euro, num dia marcado pelo aumento do apetite no mercado de risco, no regresso à negociação das principais praças do bloco europeu.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – soma 4,9 pontos base para 2,432%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos crescem 2,7 pontos base para 4,504%.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos soma 4,8 pontos base para 3,434%.
Já os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade agravam 4,3 pontos base para 3,488%, acima da "yield" portuguesa.
A Europa regressou às negociações, após o fecho da quadra natalícia, pintada de verde. O sentimento dos investidores está a ser motivado pelo mais recente anúncio de Pequim sobre o alívio da sua política restritiva "covid-19 zero".
O Stoxx 600 – composto pelas 600 principais empresas do bloco europeu – soma 0,53% para 429,73 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice de referência, produtos de consumo e produtos químicos comandam os ganhos.
Durante o dia, as atenções devem ainda virar-se para as ações do setor do luxo, devido aos sinais de reabertura da economia chinesa, grande consumidora deste segmento.
A subida desta sessão contrasta com o acumulado de dezembro, período durante o qual a tendência é negativa. Já na ótica trimestral o cenário volta a mudar com o quarto trimestre do ano prestes a tornar-se o melhor desde o segundo de 2020.
No acumulado do ano, o Stoxx 600 segue a cair 12%, preparando-se para terminar 2022 com maior queda anual desde 2018, pressionado pelas políticas monetárias restritivas e pelo medo em torno da recessão, a par da crise energética.
Entre as principais praças europeias, apenas Londres se mantém fechada para dar continuidade às festividades de Natal. Madrid cresce 0,76%, Frankfurt ganha 0,82% e Paris sobe 1,14%. Amesterdão valoriza 0,85% e Milão sobe 0,79%. Por cá, Lisboa regista o ganho mais modesto, a subir 0,60%.
As taxas Euribor voltaram hoje a subir, pela sétima sessão consecutiva, a seis e a 12 meses, para novos máximos desde janeiro de 2009 e dezembro de 2008, respetivamente, enquanto o prazo a três meses baixou.
A taxa Euribor a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno positivo em 06 de junho, avançou hoje, pela sétima sessão consecutiva, para 2,703%, mais 0,002 pontos e um novo máximo desde janeiro de 2009.
A média da Euribor a seis meses subiu de 1,997% em outubro para 2,321% em novembro, estando a média no atual mês nos 2,533%.
A Euribor a seis meses esteve negativa durante seis anos e sete meses (entre 06 de novembro de 2015 e 03 de junho de 2022).
No prazo de 12 meses, a Euribor também subiu hoje, pela sétima sessão consecutiva, ao ser fixada em 3,265%, mais 0,027 pontos do que na sexta-feira e um novo máximo desde dezembro de 2008.
Após ter disparado em 12 de abril para 0,005%, pela primeira vez positiva desde 05 de fevereiro de 2016, a Euribor a 12 meses está em terreno positivo desde 21 de abril.
A média da Euribor a 12 meses avançou de 2,629% em outubro para 2,828% em novembro. No corrente mês, encontra-se nos 2,971%.
Em sentido inverso, a Euribor a três meses, que entrou em 14 de julho em terreno positivo pela primeira vez desde abril de 2015, recuou 0,013 pontos, ao ser fixada em 2,128%, depois de na sexta-feira ter atingido um novo máximo desde janeiro de 2009.
A taxa Euribor a três meses esteve negativa entre 21 de abril de 2015 e 13 de julho último (sete anos e dois meses).
A média da Euribor a três meses subiu de 1,428% em outubro para 1,825% em novembro. Para o mês de dezembro, a média está nos 2,045%.
As Euribor começaram a subir mais significativamente desde 04 de fevereiro, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter admitido que poderia subir as taxas de juro diretoras este ano devido ao aumento da inflação na zona euro e a tendência foi reforçada com o início da invasão da Ucrânia pela Rússia em 24 de fevereiro.
Na última reunião de política monetária, em 15 de dezembro, o BCE aumentou em 50 pontos base as taxas de juro diretoras, desacelerando assim o ritmo das subidas em relação às duas registadas anteriormente, que foram de 75 pontos base, respetivamente em 27 de outubro e em 08 de setembro.
Em 21 de julho, o BCE tinha aumentado pela primeira vez em 11 anos, em 50 pontos base, as três taxas de juro diretoras.
As taxas Euribor a três, a seis e a 12 meses registaram mínimos de sempre, respetivamente, de -0,605% em 14 de dezembro de 2021, de -0,554% e de -0,518% em 20 de dezembro de 2021.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Lusa
Os principais índices do outro lado do Atlântico abriram com uma tendência mista, com o Dow Jones a ser sustentado sobretudo pelo alívio das restrições de combate à covid-19 na China e com o S&P 500 e o Nasdaq a serem pressionados pelo mau desempenho da Tesla.
O índice industrial Dow Jones segue a somar 0,21% para 33.275,05 pontos, ao passo que o S&P 500 recua 0,07para 3.842,32 pontos.
Já o tecnológico Nasdaq Composite regista uma desvalorização de 0,37% para 10.458,51 pontos.
A China flexibilizou as suas medidas no âmbito do combate à pandemia e, a partir do próximo dia 8 de janeiro, os visitantes que cheguem ao país já não precisarão de fazer quarentena, tendo apenas de apresentar um teste negativo realizado 48 horas antes. Este alívio das restrições tem estado a ser bem recebido nos mercados bolsistas mundiais.
Do lado negativo, a Tesla cede 4,22% para 117,95 dólares – penalizando assim o S&P 500 e o Nasdaq – devido às informações de que irá reduzir a sua produção.
A fabricante norte-americana de veículos elétricos, liderada por Elon Musk, pretende reduzir o calendário de produção em janeiro do próximo ano na fábrica de Xangai, na China, dando assim continuidade ao plano implementado este mês, segundo documentação interna a que a Reuters teve acesso.
O ouro segue a valorizar mais de 1% e acima dos 1.800 dólares por onça, numa altura em que o dólar está a ser penalizado, o que beneficia o custo do metal precioso.
A influenciar a negociação estão notícias vindas da China que revelam que o país vai deixar de pedir a visitantes estrangeiros que fiquem em quarentena, já a partir de janeiro.
Com estas notícias, o ouro sobe 1,31% para 1.821,79 dólares por onça, ao passo que o euro vai subindo 0,08% em relação ao dólar. Por sua vez, o índice da Bloomberg da moeda norte-americana – que compara a força da do dólar contra 10 divisas rivais – cai 0,23% para 104,069 pontos.
Estre trimestre o metal precioso ganhou mais de 8%, impulsionado pela queda do dólar e expectativas de que a Reserva Federal norte-americana vá desacelerar na subida agressiva das taxas de juro diretoras.
"O dólar declinou com o aumento do sentimento positivo da China que aumentou os limites à política de covid-zero", explicou Stephen Innes, analista da SPI Asset Management, à Bloomberg.
Apesar do turismo não ser uma enorme alavanca económica, "o acelerar desta política e o abandono das regras da covid-zero significa que o crescimento pode recuperar muito mais cedo que o esperado", completou.
Os preços do petróleo seguem em alta, sustentados pelo anúncio de que a China vai flexibilizar as suas restrições no âmbito do combate à covid-19.
O West Texas Intermediate (WTI), "benchmark" para os Estados Unidos, avança 1,13% para 80,46 dólares por barril.
Já o Brent do Mar do Norte, crude negociado em Londres e referência para as importações europeias, soma 1,16% para 84,89 dólares.
A partir de 8 de janeiro, os visitantes que cheguem à China já não precisarão de fazer quarentena, tendo apenas de apresentar um teste negativo realizado 48 horas antes. Este alívio das restrições alimenta a expectativa de uma maior procura por petróleo da parte do maior importador mundial de "ouro negro".
Os preços já estiveram a negociar em máximos de três meses, devido a esta notícia, mas agora travaram os ganhos devido ao facto de várias instalações energéticas nos EUA que tinham encerrado com as tempestades de neve estarem agora a reabrir.
Os juros agravaram-se na Zona Euro, depois de um dia de fecho nos mercados, o "boxing day". Os investidores estiveram assim a refletir no mercado da dívida os comentários desta segunda-feira de Klaas Not, governador do banco central dos Países Baixos, que apontou para que o pico das taxas de juro na região seja alcançado no verão, após a "segunda metade do caminho" da política monetária restritiva.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para o mercado europeu – somou 12,9 pontos base para 2,511%, o valor mais elevado em nove anos. Os juros da divida francesa agravaram-se 11,7 pontos base para 3,038%, em máximos de 2012.
Na Península Ibérica, a "yield" da dívida nacional a dez anos subiu 9,7 pontos base para 3,483%, ascendendo a máximos de 2017. Já os juros das obrigações espanholas com a mesma maturidade agravaram-se 11,5 pontos base para 3,56%, o valor mais alto desde 2014.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos cresceram 12,2 pontos base para 4,6%, em máximos de finais de outubro.
As bolsas europeias fecharam a negociação mistas, apesar do otimismo sentido durante a manhã devido ao alívio da política zero casos covid-19 na China. O país anunciou esta terça-feira o fim da quarentena para viajantes estrangeiros.
O Stoxx 600, referência para a região, avançou 0,13% para os 428 pontos, com 12 dos 20 setores a registar ganhos. O setor automóvel e industrial viu o maior aumento: 0,48%.O índice de referência para a Europa perdeu 12% este ano e caminha para fechar a maior quedas desde 2018, pressionado por receios de que os consecutivos aumentos das taxas de juro vão empurrar a economia europeia a uma recessão.
Nas praças europeias, o alemão Dax subiu 0,39%, o francês CAC-40 somou 0,70% e o espanhol Ibex valorizou 0,01%. O italiano FTSE Mib perdeu 0,09%, enquanto o AEX, em Amesterdão, fechou inalterado nos 701,06 pontos. A bolsa britânica, por sua vez, não negociou esta terça-feira.
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