Europa recupera e pinta-se de verde à boleia do setor automóvel
Juros das dívidas soberanas agravam-se na Zona Euro
Dados do emprego seguram subida ligeira do dólar. Bitcoin recupera
Ouro avança apesar da subida de emprego privado dos EUA
Petróleo sobe com aumento de "stocks" de combustível nos EUA
Wall Street negoceia sem rumo definido depois de "sell-off" da sessão anterior
Tecnológicas voltam a pressionar Europa. ASML desliza 2%
Juros da dívida portuguesa aliviam para menos de 3%
Euro estabiliza após atingir mínimos de sete meses face ao dólar
Ouro recupera de abalo que atirou o metal para mínimos de uma semana
Petróleo estável apesar de turbulência nos mercados
"Sell-off" continua com Tóquio e Seul a cair quase 3%. Europa aponta para o vermelho
Europa recupera e pinta-se de verde à boleia do setor automóvel
As bolsas europeias reverteram as perdas registadas no início da sessão, uma vez que a queda global dos mercados financeiros, provocada pela preocupação com as sobreavaliações das empresas de alta tecnologia perdeu força. Também o relatório de resultados da BMW deu gás ao setor automóvel.
"Os mercados europeus seguiram a tendência dos EUA de hoje, com um clima otimista, após os números positivos do emprego nos EUA", disse Michael Field, estratega-chefe de ações da Morningstar, à Reuters. "Os riscos de uma bolha da inteligência artificial ainda nos podem atingir, mas não esta semana - os investidores estão otimistas", acrescentou.
A época de resultados na Europa está a meio e os dados compilados pela LSEG mostram que a perspetiva para a saúde das empresas europeias melhorou significativamente até agora. No entanto, o desempenho está abaixo do das empresas americanas.
O índice de referência para o bloco europeu, o Stoxx 600, avançou 0,23% para 571,90 pontos, impulsionado pelos setores automóvel, que subiu 2,34% e petróleo e gás, apesar dos preços do crude estarem a cair mais de 1% esta tarde.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX subiu 0,42%, o espanhol IBEX 35 ganhou 0,39%, o português PSI saltou 0,69%, o francês CAC-40 valorizou 0,08% e o neerlandês AEX somou 0,17%. Já o britânico FTSE 100 ganhou 0,64% e o italiano FTSEMIB aumentou 0,41%.
As ações da BMW escalaram 6,85% após a fabricante alemã anunciar que a procura pelo seu novo veículo elétrico estava a superar as expectativas, o que impulsionou o setor automóvel, que tem estado muito aquém do esperado este ano.
A Vestas Wind Systems disparou 15%, isto depois de ter anunciado um novo programa de recompra de ações, apoiado por uma forte carteira de encomendas de turbinas terrestres.
Já a Novo Nordisk perdeu 4,5% depois de ter reduzido as suas previsões de vendas.
As ações da Siemens Healthineers caíram até 13%, o maior valor já registado, depois de o diretor financeiro, Jochen Schmitz, ter dito que espera que o impacto das tarifas dos EUA praticamente duplique.
A Pandora recuou 5,4% depois de não ter atingido as estimativas de receita para o terceiro trimestre.
Juros das dívidas soberanas agravam-se na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas dos países da Zona Euro registaram agravamentos esta quarta-feira, invertendo a tendência registada no início da sessão marcada, que acabou por ser de menor procura de obrigações, sobretudo no Reino Unido, na véspera da decisão do Banco de Inglaterra sobre taxas de juro. Os juros das "Gilts" britânicas dispararam 3,8 pontos-base para 4,461%.
As "yield" das dívidas portuguesa e espanhola a 10 anos subiram 2,2 pontos base, para 3,025% e 3,179%, respetivamente. Em Itália, o aumento foi também de 2,2 pontos para uma taxa de 3,420%.
Os juros das "Bunds" alemã com maturidade a 10 anos, e que servem como referência para o bloco da moeda única, agravaram-se em 1,9 pontos base, até aos 2,671%, a mesma subida registada com a rendibilidade da dívida de França, que ficou nos 3,455%.
Os juros das Treasuries dos EUA, estão a disparar 7 pontos-base para 4,155%, devido a uma combinação de sinais de resiliência económica, com o relatório de criação de emprego privado a ser melhor do que as expectativas dos analistas.
Dados do emprego seguram subida ligeira do dólar. Bitcoin recupera
O dólar norte-americano ganha terreno esta quarta-feira, ainda que de forma modesta, estendendo os ganhos da semana passada. A dar impulso estão as dúvidas que pairam no mercado relativamente a outro corte nas taxas de juros pela Reserva Federal (Fed) ainda este ano.
Além disso, o setor privado da maior economia do mundo está mais forte: criou 42 mil vagas em outubro, superando as expectativas de um aumento de 28 mil dos economistas consultados pela Reuters. Os dados de hoje amenizaram as preocupações com a saúde do mercado laboral norte-americano, possivelmente afastando ainda mais o banco central de outra descida em dezembro, o que tende a dar força à "nota verde".
Esta tarde, o euro está inalterado em 1,1485 dólares e, face à divisa nipónica, a "nota verde" soma 0,3% para 154,12 ienes. O índice de força do dólar DXY ganha ligeiros 0,035, para 100,25 pontos.
"Com a preponderância dos dados disponíveis a apontarem para a resiliência do mercados de trabalho americano, a justificação para uma política monetária agressiva de flexibilização monetária parece bastante mais frágil, e os investidores estão cada vez mais relutantes em fazer grandes apostas em direção a taxas de juro mais baixas no futuro", disse Karl Schamotta, da Corpay, à Reuters.
Ainda assim, apesar da ausência do relatório de emprego público, devido à paralisação do Governo - a mais longa da história -, os economistas continuam a alertar para a necessidade de cautela na interpretação do relatório da ADP.
O dólar também foi impulsionado nas últimas duas sessões por uma onda de aversão ao risco que varreu os mercados financeiros por todo o mundo, à medida que a queda das ações de tecnologia alimentou preocupações sobre a sobreavaliação dos títulos.
Na véspera da decisão do Banco de Inglaterra sobre taxas de juro, a libra ganha 0,2% para 1,3047 dólares e o euro desce 0,18% para 0,8802 libras.
A maior criptomoeda do mundo, a bitcoin, soma 2,27%, para 103.820,30 dólares, um salto depois da descida de mais de 6% que chegou a registar ontem, levando a criptomoeda a ficar abaixo dos 99 mil dólares pela primeira vez desde 22 de junho.
Ouro avança apesar da subida de emprego privado dos EUA
O ouro está de volta às valorizações e está a ganhar mais de 1% esta quarta-feira, impulsionado pelo sentimento de aversão ao risco vivido nos últimos dias no mercado, apesar dos dados de emprego no setor privado nos EUA terem superado as expectativas.
A onça de metal amarelo salta 1,2% para 3.979,45 dólares.
Segundo o relatório da ADP, o emprego no setor privado norte-americano aumentou em 42 mil vagas no mês passado, superando a estimativa da Reuters de um aumento de 28 mil. Normalmente, um mercado de trabalho forte reduz a probabilidade de cortes nas taxas de juros e pode até mesmo mantê-las elevadas por mais tempo.
"O ouro e a prata estão em ligeira alta, apesar do relatório de empregos privados da ADP ter sido melhor do que o esperado. Neste momento, é o melhor indicador de emprego em geral, considerando a paralisação do Governo. Os dados devem tranquilizar os investidores otimistas, que ficaram surpresos com a queda dos metais em conjunto com os ativos de risco na sessão de ontem", disse Tai Wong, um trader independente de metais, à Reuters.
As atenções também estarão voltadas para a audiência no Supremo Tribunal dos EUA ainda hoje, sobre a legalidade das tarifas de Donald Trump, depois de outros tribunais terem decidido que o Governo tinha exagerado com o poder de autoridade, ao impor as tarifas sob o argumento de "emergência nacional".
Noutros metais, a prata salta 1,84% para 48,0255 dólares por onça.
Petróleo sobe com aumento de "stocks" de combustível nos EUA
Os preços do petróleo estão a negociar com subidas ligeiras, isto depois de os inventários de petróleo bruto dos EUA terem aumentado 6,5 milhões de barris na semana passada, de acordo com o American Petroleum Institute, o que seria o maior aumento desde julho, se confirmado pelos dados oficiais desta quarta-feira. Já os inventários de combustível diminuíram 5,65 milhões no caso da gasolina e 2,46 milhões de barris no caso dos destilados.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – sobe 0,3% para os 60,74 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – soma 0,28% para 64,62 dólares por barril. No ano, a referência europeia perde 14%.
Apesar de estarem a valorizar, as cotações do crude estão bastante voláteis, numa altura em que os investidores continuam com aversão ao risco.
O mercado está também a reagir aos dados económicos das economias que mais importam petróleo: a atividade industrial da China encolheu pelo sétimo mês consecutivo em outubro, enquanto a produção industrial dos EUA contraiu pelo oitavo mês seguido em outubro.
Do lado da oferta, o porto russo de Tuapse, no Mar Negro, suspendeu as exportações de combustível, enquanto a sua refinaria interrompeu o processamento após os ataques de drones ucranianos no domingo.
O excesso de oferta no mercado está a "formar-se lentamente", disse Marco Dunand, da Mercuria, citado pela Bloomberg, acrescentando que deverá chegar a dois milhões de barris por dia no próximo ano.
Wall Street negoceia sem rumo definido depois de "sell-off" da sessão anterior
Os principais índices norte-americanos negoceiam sem rumo definido esta tarde, à medida que recuperam algum do terreno perdido no “sell-off” da sessão anterior, depois de afirmações de importantes personalidades em Wall Street e preocupações com as elevadas avaliações de cotadas ligadas à inteligência artificial (IA) terem pressionado o sentimento dos investidores um pouco por todo o mundo.
O S&P 500 sobe ligeiros 0,01%, para os 6.772,40, o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,06% para os 23.333,54. Já o Dow Jones avança 0,13% para os 47.146,41.
“A liquidação [de ontem] foi impulsionada mais pela tomada de mais-valias do que pelos fundamentos”, disse à Bloomberg Stephan Kemper, do BNP Paribas Wealth Management. “Com as avaliações elevadas, uma correção é sempre uma possibilidade e pode até ser útil, pois elimina os investidores mais fracos e a alavancagem”, acrescentou ainda o especialista.
O “sell-off” da sessão anterior chegou depois de as perspetivas otimistas em relação à IA e as expectativas de cortes contínuos nas taxas de juro pela Reserva Federal (Fed) terem impulsionado o “benchmark” norte-americano em mais de 35% desde abril. E dado esta forte valorização, alguns investidores terão aproveitado para retirar mais-valias, sendo que a forte queda dos índices - com o Nasdaq e o S&P 500 a registarem ontem a maior queda em cerca de um mês - leva agora alguns “traders” a aproveitar para reforçar posições.
Além disso, novos dados do setor privado parecem estar a impulsionar o sentimento dos investidores, numa altura em que o “shutdown” do Governo federal dos EUA – que já é o mais longo de sempre – continua a condicionar a divulgação de impoortantes dados económicos seguidos de perto por Wall Street.
Nesta linha, dados da ADP Research mostraram que o emprego no setor privado norte-americano aumentou em outubro, sinalizando alguma estabilização no mercado de trabalho após dois meses consecutivos de quedas.
Entre os movimentos do mercado, a Super Micro Computer segue a perder mais de 5%, devido a resultados que analistas citados pela Bloomberg consideraram dececionantes. Já a McDonald’s avança 2,60%, após ter registado um crescimento das vendas acima do esperado nos EUA no último trimestre.
Quanto às “big tech”, a Nvidia cede 0,78%, a Microsoft cai 0,49%, a Alphabet soma 0,016%, a Amazon perde 0,87%, a Apple recua 0,81% e a Meta avança 0,70%.
Tecnológicas voltam a pressionar Europa. ASML desliza 2%
Os principais índices europeus arrancaram mais uma sessão no vermelho, acompanhando um movimento de "sell-off" que se iniciou na terça-feira e que arrastou as praças globais para grandes perdas. Os investidores continuam apreensivos em torno de uma possível sobreavaliação das ações ligadas ao setor tecnológico, ao mesmo tempo que aproveitam os mais recentes máximos históricos para procederem com a tomada de mais-valias.
A esta hora, o Stoxx 600 recua 0,39% para 568,35 pontos, afastando-se ainda mais dos valores recorde que atingiu no final de outubro, nos 577,68 pontos. O setor tecnológico continua a figurar entre os que mais perde esta manhã, desvalorizando mais de 1,2%, acompanhado ainda pelo setor dos bens de consumo.
"Na Europa, os principais índices falharam repetidamente em ultrapassar níveis de resistência e estão a mover-se para o limite inferior da sua atual faixa de negociação - o que não é um bom sinal", antecipa Alexandre Baradez, analista-chefe de mercados da IG, à Bloomberg. As quedas registadas esta quarta-feira no Velho Continente seguem-se a uma sessão particularmente penosa nas praças asiáticas, com Tóquio e Seoul a observarem quedas superiores a 2%.
O cenário de "sell-off" acabou por ser ainda mais agravado com os comentários dos CEO de gigantes de Wall Street. Tanto o diretor-executivo do Morgan Stanley como o do Goldman Sachs vieram a público questionar se estas grandes avaliação eram sustentáveis no curto prazo, exacerbando o clima de nervosismo entre os investidores. Os principais índices norte-americanos encerraram a sessão de ontem no vermelho, com o Nasdaq a cair mais de 2% - e os futuros a indicar que, esta quarta-feira, a tendência de queda deverá manter-se.
Voltando à Europa, entre as principais movimentações de mercado, a ASML cai 1,96% para 900 euros, tendo chegado a desvalorizar cerca de 2,5%, estando a ser castigada por um recuo na exposição das carteiras dos investidores às fabricantes de semicondutores - tecnologia essencial para a inteligência artificial.
Já a Pandora cede 3,03% para 787,60 coroas dinamarquesas, depois de a empresa ter cortado o seu "guidance" de receitas para o resto do ano e ter apresentado um crescimento abaixo do esperado no terceiro trimestre de 2025. Os analistas antecipavam que as vendas comparáveis da empresa crescessem 3% entre julho e setembro, mas acabaram por acelerar apenas 2%. Já para o resto do ano, a Pandora antecipa um crescimento entre os 3-4%, abaixo dos 4-5% anteriormente previsto.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX perde 0,63%, o espanhol IBEX 35 cede 0,71%, o francês CAC-40 desliza 0,33%, o neerlandês AEX cai 0,33%, enquanto o britânico FTSE 100 perde 0,11% e o italiano FTSEMIB desvaloriza 0,26%.
Juros da dívida portuguesa aliviam para menos de 3%
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta quarta-feira, com os investidores a procurarem refúgio face às quedas nas bolsas. A "yield" da dívida portuguesa a 10 anos recua 0,6 pontos base, para 2,996%.
Os juros das "Bunds" alemãs, referência para o bloco da moeda única, cai 0,9 pontos base, até aos 2,643%, enquanto a rendibilidade da dívida de França cede 0,6 pontos, até aos 3,430%.
Espanha e Itália registam igualmente um alívio de 0,6 pontos base nos juros, para os 3,151% e 3,392%, respetivamente.
Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" do Reino Unido aliviam 0,4 pontos base, para os 4,419%.
Euro estabiliza após atingir mínimos de sete meses face ao dólar
A grande turbulência que atingiu os mercados na terça-feira arrastou o euro para mínimos de sete meses face ao dólar, quando a nova política comercial de Donald Trump levou os investidores a afastarem-se de ativos norte-americanos. Já esta quarta-feira, a moeda única europeia está a registar pequenos ganhos face à "nota verde", embora muito longe dos valores em que tem vindo a negociar nas últimas semanas.
A esta hora, o euro avança 0,09% para 1,1492 dólares. A tendência de recuperação também se regista na libra, que valoriza 0,12% para 1,3036 dólares, e no iene, com a "nota verde" a desvalorizar 0,07% para 153,57 ienes. Também o franco suíço permanece em foco, continuando a conquistar terreno face à divisa norte-americana, afirmando a sua posição como um ativo de refúgio de excelência por parte dos investidores.
"Eu diria que a melhor forma de interpretar as movimentações de ontem é que o mercado simplesmente fez uma pequena pausa para respirar, em vez de uma mudança decisiva contra os otimistas", explica Michael Brown, estratega da Pepperstone, à Reuters. "Na minha opinião, as quedas continuam a ser oportunidades de compra", esclarece o analista.
O dólar tem vindo a ser apoiado nos últimos dias tanto por uma maior procura por ativos seguros como pela diminuição das probabilidades de um corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) no curto prazo, num contexto de profundas divisões entre os membros do conselho da Fed quanto ao caminho correto a seguir em termos de política monetária.
Ouro recupera de abalo que atirou o metal para mínimos de uma semana
O ouro está a negociar em território positivo e a recuperar dos mínimos de uma semana que atingiu na terça-feira, numa altura em que os investidores aproveitam as mais recentes desvalorizações para voltar a apostar no metal precioso. O foco dos "traders" vira-se agora para uma leitura do mercado laboral feita por uma empresa privada (a ADP), já que o governo norte-americano continua em "shutdown" e a divulgação dos dados oficiais está suspensa.
A esta hora, o ouro avança 0,94% para 3.969,17 dólares por onça, depois de ter caído abaixo da marca dos 4 mil dólares na terça-feira. O "sell-off" nos mercados financeiros acabou por se alastrar também ao metal precioso, tendo o mesmo caído 1,5% na sessão anterior, alcançando níveis de 30 de outubro.
"O ouro tem vindo a ser pressionado pelas expectativas cada vez menores de outro corte nas taxas de juro este ano e poderá sofrer ainda mais pressão, caindo para os 3.900 dólares, se os dados da ADP mostrarem um mercado mais resiliente", explica Jigar Trivedi, analista cambial da Reliance Securities, à Reuters. O analista atribui a recuperação de hoje a uma "compra com desconto" e à turbulência no mercado acionista, que "reforça a procura por ativos seguros".
No mês passado, o ouro atingiu um máximo histórico de 4.381,21 dólares por onça, mas, desde aí, já desvalorizou cerca de 10%. Tal como está agora a acontecer no setor tecnológico, os investidores aproveitaram os valores recordes para proceder à tomada de mais-valias, numa altura em que a Reserva Federal (Fed) norte-americana adota uma narrativa mais "hawkish" do que antecipado.
Petróleo estável apesar de turbulência nos mercados
O barril de petróleo está a negociar praticamente inalterado esta quarta-feira, numa altura em que os investidores mostram-se bastante nervosos e encontram-se a reavaliar as mais recentes valorizações no mercado acionista - após sessões consecutivas de máximos históricos. Neste cenário, o crude consegue manter-se estável, apesar de o dólar continuar a conquistar terreno e as previsões de um excedente para 2026 continuarem a assombrar o mercado petrolífero.
A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – desvaloriza apenas 0,08% para os 60,51 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – está inalterado nos 64,41 dólares por barril. O petróleo consegue, assim, sobreviver à turbulência dos mercados, depois de ter desvalorizado na sessão anterior, devido a uma fuga ao risco por parte dos investidores e de um dólar mais forte.
"À medida que o sentimento de risco mudou drasticamente para negativo, impulsionando o dólar americano como um ativo seguro, o preço do petróleo bruto saiu penalizado", explica Tony Sycamore, analista de mercados da IG, numa nota a que a Reuters teve acesso.
Os preços do petróleo têm ainda vindo a ser pressionados nas últimas sessões pelas perspetivas de um excedente na oferta de crude no próximo ano, além de um maior pessimismo em torno de um possível corte nas taxas de juro em dezembro. Com a Reserva Federal (Fed) dividida, as probabilidades do banco central flexibilizar a política monetária em dezembro estão mais reduzidas - o que tende a dar força ao dólar e reduzir a atratividade do petróleo no mercado internacional
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