Ao minutoAtualizado há 27 min14h50

Wall Street negoceia sem rumo definido depois de "sell-off" da sessão anterior

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quarta-feira.
Wall Street, NYSE
Richard Drew / AP
Negócios 14:49
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há 28 min.14h48

Wall Street negoceia sem rumo definido depois de "sell-off" da sessão anterior

Os principais índices norte-americanos negoceiam sem rumo definido esta tarde, à medida que recuperam algum do terreno perdido no “sell-off” da sessão anterior, o sentimento dos investidores um pouco por todo o mundo.

O S&P 500 sobe ligeiros 0,01%, para os 6.772,40, o tecnológico Nasdaq Composite perde 0,06% para os 23.333,54. Já o Dow Jones avança 0,13% para os 47.146,41.

“A liquidação [de ontem] foi impulsionada mais pela tomada de mais-valias do que pelos fundamentos”, disse à Bloomberg Stephan Kemper, do BNP Paribas Wealth Management. “Com as avaliações elevadas, uma correção é sempre uma possibilidade e pode até ser útil, pois elimina os investidores mais fracos e a alavancagem”, acrescentou ainda o especialista.

O “sell-off” da sessão anterior chegou depois de as perspetivas otimistas em relação à IA e as expectativas de cortes contínuos nas taxas de juro pela Reserva Federal (Fed) terem impulsionado o “benchmark” norte-americano em mais de 35% desde abril. E dado esta forte valorização, alguns investidores terão aproveitado para retirar mais-valias, sendo que a forte queda dos índices - com o Nasdaq e o S&P 500 a registarem ontem a maior queda em cerca de um mês - leva agora alguns “traders” a aproveitar para reforçar posições.

Além disso, novos dados do setor privado parecem estar a impulsionar o sentimento dos investidores, numa altura em que o “shutdown” do Governo federal dos EUA – que já é o mais longo de sempre – continua a condicionar a divulgação de impoortantes dados económicos seguidos de perto por Wall Street.

Nesta linha, dados da ADP Research mostraram que o emprego no setor privado norte-americano aumentou em outubro, sinalizando alguma estabilização no mercado de trabalho após dois meses consecutivos de quedas.

Entre os movimentos do mercado, a Super Micro Computer segue a perder mais de 5%, devido a resultados que analistas citados pela Bloomberg consideraram dececionantes. Já a McDonald’s avança 2,60%, após ter registado um crescimento das vendas acima do esperado nos EUA no último trimestre.

Quanto às “big tech”, a Nvidia cede 0,78%, a Microsoft cai 0,49%, a Alphabet soma 0,016%, a Amazon perde 0,87%, a Apple recua 0,81% e a Meta avança 0,70%.

10h19

Tecnológicas voltam a pressionar Europa. ASML desliza 2%

Reuters

Os principais índices europeus arrancaram mais uma sessão no vermelho, acompanhando um movimento de "sell-off" que se iniciou na terça-feira e que arrastou as praças globais para grandes perdas. Os investidores continuam apreensivos em torno de uma possível sobreavaliação das ações ligadas ao setor tecnológico, ao mesmo tempo que aproveitam os mais recentes máximos históricos para procederem com a tomada de mais-valias. 

A esta hora, o Stoxx 600 recua 0,39% para 568,35 pontos, afastando-se ainda mais dos valores recorde que atingiu no final de outubro, nos 577,68 pontos. O setor tecnológico continua a figurar entre os que mais perde esta manhã, desvalorizando mais de 1,2%, acompanhado ainda pelo setor dos bens de consumo.

"Na Europa, os principais índices falharam repetidamente em ultrapassar níveis de resistência e estão a mover-se para o limite inferior da sua atual faixa de negociação - o que não é um bom sinal", antecipa Alexandre Baradez, analista-chefe de mercados da IG, à Bloomberg. As quedas registadas esta quarta-feira no Velho Continente seguem-se a uma sessão particularmente penosa nas praças asiáticas, com Tóquio e Seoul a observarem quedas superiores a 2%. 

. Tanto o diretor-executivo do Morgan Stanley como o do Goldman Sachs vieram a público questionar se estas grandes avaliação eram sustentáveis no curto prazo, exacerbando o clima de nervosismo entre os investidores. Os principais índices norte-americanos encerraram a sessão de ontem no vermelho, com o Nasdaq a cair mais de 2% - e os futuros a indicar que, esta quarta-feira, a tendência de queda deverá manter-se. 

Voltando à Europa, entre as principais movimentações de mercado, a ASML cai 1,96% para 900 euros, tendo chegado a desvalorizar cerca de 2,5%, estando a ser castigada por um recuo na exposição das carteiras dos investidores às fabricantes de semicondutores - tecnologia essencial para a inteligência artificial. 

Já a Pandora cede 3,03% para 787,60 coroas dinamarquesas, depois de a empresa ter cortado o seu "guidance" de receitas para o resto do ano e ter apresentado um crescimento abaixo do esperado no terceiro trimestre de 2025. Os analistas antecipavam que as vendas comparáveis da empresa crescessem 3% entre julho e setembro, mas acabaram por acelerar apenas 2%. Já para o resto do ano, a Pandora antecipa um crescimento entre os 3-4%, abaixo dos 4-5% anteriormente previsto. 

Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX perde 0,63%, o espanhol IBEX 35 cede 0,71%, o francês CAC-40 desliza 0,33%, o neerlandês AEX cai 0,33%, enquanto o britânico FTSE 100 perde 0,11% e o italiano FTSEMIB desvaloriza 0,26%. 

09h27

Juros da dívida portuguesa aliviam para menos de 3%

Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a aliviar esta quarta-feira, com os investidores a procurarem refúgio face às quedas nas bolsas. A "yield" da dívida portuguesa a 10 anos recua 0,6 pontos base, para 2,996%.

Os juros das "Bunds" alemãs, referência para o bloco da moeda única, cai 0,9 pontos base, até aos 2,643%, enquanto a rendibilidade da dívida de França cede 0,6 pontos, até aos 3,430%.

Espanha e Itália registam igualmente um alívio de 0,6 pontos base nos juros, para os 3,151% e 3,392%, respetivamente.

Fora da Zona Euro, a "yield" das "Gilts" do Reino Unido aliviam 0,4 pontos base, para os 4,419%.

09h02

Euro estabiliza após atingir mínimos de sete meses face ao dólar

Getty Images

A grande turbulência que atingiu os mercados na terça-feira arrastou o euro para mínimos de sete meses face ao dólar, quando a nova política comercial de Donald Trump levou os investidores a afastarem-se de ativos norte-americanos. Já esta quarta-feira, a moeda única europeia está a registar pequenos ganhos face à "nota verde", embora muito longe dos valores em que tem vindo a negociar nas últimas semanas. 

A esta hora, o euro avança 0,09% para 1,1492 dólares. A tendência de recuperação também se regista na libra, que valoriza 0,12% para 1,3036 dólares, e no iene, com a "nota verde" a desvalorizar 0,07% para 153,57 ienes. Também o franco suíço permanece em foco, continuando a conquistar terreno face à divisa norte-americana, afirmando a sua posição como um ativo de refúgio de excelência por parte dos investidores. 

"Eu diria que a melhor forma de interpretar as movimentações de ontem é que o mercado simplesmente fez uma pequena pausa para respirar, em vez de uma mudança decisiva contra os otimistas", explica Michael Brown, estratega da Pepperstone, à Reuters. "Na minha opinião, as quedas continuam a ser oportunidades de compra", esclarece o analista. 

O dólar tem vindo a ser apoiado nos últimos dias tanto por uma maior procura por ativos seguros como pela diminuição das probabilidades de um corte nas taxas de juro por parte da Reserva Federal (Fed) no curto prazo, num contexto de profundas divisões entre os membros do conselho da Fed quanto ao caminho correto a seguir em termos de política monetária.

09h01

Ouro recupera de abalo que atirou o metal para mínimos de uma semana

Mike Groll/AP

O ouro está a negociar em território positivo e a recuperar dos mínimos de uma semana que atingiu na terça-feira, numa altura em que os investidores aproveitam as mais recentes desvalorizações para voltar a apostar no metal precioso. O foco dos "traders" vira-se agora para uma leitura do mercado laboral feita por uma empresa privada (a ADP), já que o governo norte-americano continua em "shutdown" e a divulgação dos dados oficiais está suspensa. 

A esta hora, o ouro avança 0,94% para 3.969,17 dólares por onça, depois de ter caído abaixo da marca dos 4 mil dólares na terça-feira. O "sell-off" nos mercados financeiros acabou por se alastrar também ao metal precioso, tendo o mesmo caído 1,5% na sessão anterior, alcançando níveis de 30 de outubro. 

"O ouro tem vindo a ser pressionado pelas expectativas cada vez menores de outro corte nas taxas de juro este ano e poderá sofrer ainda mais pressão, caindo para os 3.900 dólares, se os dados da ADP mostrarem um mercado mais resiliente", explica Jigar Trivedi, analista cambial da Reliance Securities, à Reuters. O analista atribui a recuperação de hoje a uma "compra com desconto" e à turbulência no mercado acionista, que "reforça a procura por ativos seguros". 

No mês passado, o ouro atingiu um máximo histórico de 4.381,21 dólares por onça, mas, desde aí, já desvalorizou cerca de 10%. Tal como está agora a acontecer no setor tecnológico, os investidores aproveitaram os valores recordes para proceder à tomada de mais-valias, numa altura em que a Reserva Federal (Fed) norte-americana adota uma narrativa mais "hawkish" do que antecipado. 

08h22

Petróleo estável apesar de turbulência nos mercados

Hakon Mosvold Larsen/AP

O barril de petróleo está a negociar praticamente inalterado esta quarta-feira, numa altura em que os investidores mostram-se bastante nervosos e encontram-se a reavaliar as mais recentes valorizações no mercado acionista - após sessões consecutivas de máximos históricos. Neste cenário, o crude consegue manter-se estável, apesar de o dólar continuar a conquistar terreno e as previsões de um excedente para 2026 continuarem a assombrar o mercado petrolífero. 

A esta hora, o West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – desvaloriza apenas 0,08% para os 60,51 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – está inalterado nos 64,41 dólares por barril. O petróleo consegue, assim, sobreviver à turbulência dos mercados, depois de ter desvalorizado na sessão anterior, devido a uma fuga ao risco por parte dos investidores e de um dólar mais forte. 

"À medida que o sentimento de risco mudou drasticamente para negativo, impulsionando o dólar americano como um ativo seguro, o preço do petróleo bruto saiu penalizado", explica Tony Sycamore, analista de mercados da IG, numa nota a que a Reuters teve acesso. 

Os preços do petróleo têm ainda vindo a ser pressionados nas últimas sessões pelas perspetivas de um excedente na oferta de crude no próximo ano, além de um maior pessimismo em torno de um possível corte nas taxas de juro em dezembro. Com a Reserva Federal (Fed) dividida, as probabilidades do banco central flexibilizar a política monetária em dezembro estão mais reduzidas - o que tende a dar força ao dólar e reduzir a atratividade do petróleo no mercado internacional 

07h56

"Sell-off" continua com Tóquio e Seul a cair quase 3%. Europa aponta para o vermelho

Os mercados globais continuam em modo "sell-off", numa altura em que os investidores estão a avaliar uma possível sobrevalorização das ações, nomeadamente no setor tecnológico. Os receios de uma bolha de inteligência artificial (IA) já tinham pintado as principais praças globais de vermelho na sessão anterior, mas, esta quarta-feira, a Ásia está a sair ainda mais castigada - depois de ter arrancado a semana a negociar em máximos históricos. 

O japonês Nikkei 225, que na terça-feira tocou mesmo em valores recorde, chegou a cair quase 7% esta madrugada, tendo conseguido fechar a sessão com perdas de menor magnitude, nos 2,8%. As ações do SoftBank Group mergulharam mais de 10%, com os investidores a anteciparem o impacto que as desvalorizações no setor tecnológico terão nas contas de um dos seus maiores investidores. 

O cenário foi semelhante na Coreia do Sul, com o Kospi a ter chegado a afundar 6,2% e a encerrar a negociação a ceder 2,85%. As gigantes tecnológicas sul-coreanas foram particularmente castigadas pelos investidores, com a Samsung a cair mais de 4% e fabricante de semicondutores SK Hynix a ter chegado a cair quase 10%.  

"Em algum momento, os investidores precisam de começar a tomar mais-valias. Especialmente quando temos visto repetidamente ações em alta, atingindo recordes", explica Matt Simpson, analista de mercados da StoneX, à Reuters. "Aqueles que têm dinheiro em jogo provavelmente não estão à procura de respostas agora — eles estão apenas a copiar-se uns aos outros, como alunos num teste. E a resposta é correr", acrescenta. 

O . Tanto o diretor-executivo do Morgan Stanley como o do Goldman Sachs vieram a público questionar se estas grandes avaliação eram sustentáveis no curto prazo, exacerbando o clima nervosismo entre os investidores. Os principais índices norte-americanos encerraram a sessão de ontem no vermelho, com o Nasdaq a cair mais de 2% - e os futuros a indicar que, esta quarta-feira, a tendência de queda deverá manter-se. 

Pela Europa, a tendência de queda mantém-se, com a negociação de futuros do Euro Stoxx 50 a apontar para uma queda de 0,6%. Já na sessão de terça-feira, os principais índices da região terminaram no vermelho - embora com perdas menos substanciais do que os seus congéneres norte-americanos.

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