Ao minutoAtualizado há 21 min10h24

Europa paira perto de mínimos de um mês sob pressão das tecnológicas

Acompanhe aqui, minuto a minuto, a evolução dos mercados desta quarta-feira.
N.LAINE / Bloomberg
Negócios 10:24
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há 22 min.10h24

Europa paira perto de mínimos de um mês sob pressão das tecnológicas

Christophe Petit Tesson / EPA

As bolsas europeias estão a negociar com perdas, numa altura em que as preocupações em torno da sobreavaliação das ações de tecnologia se intensifica, no dia em que a maior cotada do mundo (e tecnológica) apresenta resultados ao mercado - um verdadeiro "teste" a esta perspetiva do mercado. 

Os resultados da " tendem a definir o sentimento do mercado pelo que, sem novos catalisadores, é para lá que os investidores olham. 

O índice de referência para o bloco, o Stoxx 600, perde 0,18% para 560,87 pontos, com a maioria dos 20 setores a registarem desvalorizações esta manhã. Os setores de media (+1%) e petróleo e gás (+0,7%) impedem o "benchmark" de maiores quedas. 

Na sessão anterior, o Stoxx 600 desvalorizou 1,7%, a maior queda num único dia em mais de três meses, devido a preocupações de que a subida mundial do setor de tecnologia, observada durante grande parte do ano, se tenha transformado numa possível bolha. Pela Europa, o setor "tech" cai 0,44%.

"É uma mistura de tudo o que está a pesar agora, desde a ansiedade sobre quando a inteligência artificial (IA) vai começar a trazer receitas 'de fora para dentro' do setor, até às esperanças  cada vez menores de que a Reserva Federal (Fed) possa cortar as taxas de juros em dezembro", disse Ipek Ozkardeskaya, analista do Swissquote Bank, à Reuters. E acrescentou: "Obviamente, se houver alguma decepção por parte da Nvidia, será mais um prego no caixão do entusiasmo em torno da IA."

Os investidores também aguardam o relatório do mercado de trabalho dos EUA, previsto para quinta-feira, num momento em que os membros da Fed estão divididos sobre a decisão da política monetária do banco central no próximo mês.

As ações da Kering tombam 3,3%, depois de o CEO, Luca de Meo, ter afirmado que a retoma do crescimento vai exigir a redução da dependência da Gucci, a sua principal marca que está em dificuldades, uma redução da rede de lojas ainda maior e procura por mais sinergias. 

Quanto aos principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX recua 0,24%, o espanhol IBEX 35 perde 0,07%, o italiano FTSEMIB desvaloriza 0,71% e o francês CAC-40 cede 0,51%. Já o britânico FTSE 100 perde 0,12% e o neerlandês AEX desvaloriza 0,04%.


há 23 min.10h22

Juros da dívida seguem a aliviar à exceção da Alemanha

Os juros das dívidas soberanas dos países da Zona Euro estão a aliviar esta manhã, à exceção dos juros das "Bunds", numa altura em que os investidores se afastam dos ativos de risco. 

A "yield" das "Bunds" alemãs, referência para a Europa, sobe 0,2 pontos base, para 2,707%, enquanto a rendibilidade da dívida francesa cai 0,2 pontos-base, para 3,454%. A Alemanha anunciou esta manhã de que vai ao mercado de dívida emitir 4 mil milhões de euros em obrigações a dez anos, com um juro de 2,2%. O leilão ocorre a 25 de novembro.

Os juros da dívida portuguesa a 10 anos cedem 0,4 pontos base, para 3,036%, enquanto no país vizinho o alívio é de apenas 0,1 pontos, para os 3,205%. Já em Itália, a "yield" desce 0,6 pontos, para 3,449%.

Fora do bloco da moeda única, os juros das "Gilts" britânicas recuam 0,6 pontos base, para 4,546%,

09h23

Petróleo perde terreno com foco nos 'stocks' dos EUA e nos riscos associados às sanções

Eli Hartman/AP

Os preços do petróleo negoceiam em baixa, após um relatório ter mostrado uma aumento das reservas nos Estados Unidos, o que ajudou a compensar as preocupações sobre o impacto das sanções ocidentais à Rússia. O West Texas Intermediate (WTI) - referência para os Estados Unidos - derrapa esta manhã 0,79% para 60,26 dólares o barril. No mesmo sentido negoceia o barril de Brent  - referência para o continente europeu -  que desliza 0,82% para 64,36 dólares. 

O American Petroleum Institute — financiado pela indústria — reportou um aumento de 4,4 milhões de barris nas reservas norte-americanas de crude, bem como subidas nos produtos refinados. Se estes números forem confirmados pelos dados oficiais esperados para esta quarta-feira, os inventários de petróleo atingirão o nível mais alto em mais de cinco meses.

As sanções dos Estados Unidos contra os produtores russos Rosneft e Lukoil entram em vigor dentro de dias, no âmbito dos esforços para aumentar a pressão sobre Moscovo e pôr fim à guerra na Ucrânia. Antes da aplicação das medidas, alguns grandes compradores asiáticos suspenderam pelo menos parte das compras, e os mercados de gasóleo na Europa têm vindo a fortalecer-se.

O petróleo tem perdido terreno este ano — incluindo três meses consecutivos de quedas até outubro — devido ao receio de que a oferta global supere a procura. A Agência Internacional de Energia prevê um excedente recorde no próximo ano, impulsionado pela maior produção da OPEP+ e de países fora do cartel.

“O crude continua preso numa faixa estreita”, dividido entre a perspetiva de excesso de oferta e os receios relacionados com a Rússia, disse Vandana Hari, fundadora da consultora Vanda Insights, em Singapura, citada pela Bloomberg.

09h21

Principais pares cambiais estáveis

O dia nos mercados cambiais está a ser marcado pela estabilidade, com as relações entre as principais divisas a apresentarem pequenas variações.

O euro cede marginalmente perante a rival norte-americana, desvalorizando 0,02% para os 1,1579 dólares, mas ganha 0,02% face à divisa nipónica, para os 180,13 ienes, e sobe 0,05% para as 0,8815 libras esterlinas.

O sentimento dominante no mercado é de expectativa, quer em torno dos resultados da Nvidia, que serão divulgados após o fecho de hoje em Wall Street, quer quanto a dados económicos nos EUA e a publicação das atas da última reunião da Reserva Federal norte-americana (Fed), que poderão dar pistas sobre o rumo a tomar na política monetária da maior economia mundial.

09h01

Ouro avança apesar de corte de juros pela Fed parecer improvável

Mike Groll/AP

O preço do ouro avança esta quarta-feira pelo segundo dia consecutivo com os investidores a aguardar pelas atas da última reunião da Reserva Federal (Fed) norte-americana bem como por dados macroeconómicos nos EUA, cuja divulgação foi atrasada pelo "shutdown" do Governo.

O metal amarelo beneficia do estatuto de ativo-refúgio e avança numa altura em que os investidores denotam algum nervosismo antes da apresentação, hoje após o fecho de Wall Street, dos resultados trimestrais da Nvidia.

A onça de ouro no mercado à vista ("spot") sobe 0,37%, para 4.082,67 dólares, enquanto a prata acompanha este movimento e avança 1,22%, até aos 51,3204 dólares por onça.

A platina ganha 0,64%, para os 1.542,39 dólares por onça, enquanto o paládio valoriza 1,03%, para 1.413,54 dólares por onça.

07h44

Sobreavaliação da tecnologia ensombra Ásia antes de contas da Nvidia

AP/Ahn Young-joon

As bolsas asiáticas caíram pela quarta sessão consecutiva, antes da apresentação de resultados da maior cotada do mundo: a norte-americana Nvidia, que impulsionou os mercados acionistas a recordes. O setor tecnológico tem estado no centro das atenções do mercado devido a uma perspetiva de sobreavaliação das ações - que já resultou num "sell-off" mundial de 1,6 biliões de dólares no mercado mundial -, pelo que com o reporte de contas da fabricante de semicondutores os investidores vão "testar" esta teoria.

Além disso, vão ainda perceber qual o "guidance" da empresa para o próximo ano e ainda se os investimentos em inteligência artificial estão a dar retorno. Assim, o mercado estava mais cauteloso quanto a fazer grandes movimentações. 

“Os investidores ainda estão nervosos”, disse Vey-Sern Ling, do Union Bancaire Privee, à Bloomberg. “As avaliações estão altas, o mercado de trabalho americano e as taxas da Reserva Federal ainda são incertos, estamos a entrar no final do ano com ganhos, então a maioria das pessoas quer reduzir o risco", acrescentou. Há, de resto, outros analistas que acreditam que o setor da IA irá sofrer uma "correção significativa", enquanto outros dizem que a turbulência dos últimos dia se trata apenas de uma "correção saudável".  

A volatilidade voltou com força ao mercado. Na sessão de ontem, o chamado "indicador de medo" de Wall Street, o Índice de Volatilidade Cboe (VIX), ultrapassou os 24 pontos - acima do nível "chave" de 20 , que fez soar os alarmes entre os investidores - e atingiu o nível mais alto num mês.

No Japão, a preocupação com os planos de gastos governamentais exorbitantes fez com que as obrigações de longo prazo caíssem e os juros da dívida atingissem níveis históricos. Nas ações, o Topix cedeu 0,17% e o Nikkei 225 perdeu 0,34%. 

Na China, o Shanghai Composite seguiu a tendência contrária e avançou ligeiros 0,18%, enquanto o Hang Seng, em Hong Kong, recuou 0,4%. Na Coreia do Sul, o Kospi desvalorizou 0,61%.

Entre os principais movimentos empresariais, a Xiaomi cedeu 5,8% para o nível mais baixo em seis meses, depois de a empresa ter alertado que o aumento dos custos dos "chips" e a redução dos incentivos fiscais para veículos elétricos vão impactar as margens de lucro do próximo ano.

Pela Europa, os futuros do Euro Stoxx 50 apontam para uma abertura sem grandes alterações face ao fecho de ontem, enquanto os investidores também esperam pelos resultados da Nvidia para definir o sentimento de mercado.  

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