Europa termina semana em grande. Dólar cai e anima ouro e petróleo
Acompanhe, minuto ao minuto, todos os desenvolvimentos dos mercados durante esta sexta-feira.
- Europa aponta para o verde. Ásia fecha mista
- Petróleo em alta à boleia da China. Preço do gás sobe
- Ouro vê algum alívio e segue a valorizar
- Euro valoriza face ao dólar em dia de dados do emprego nos EUA
- Juros aliviam na Zona Euro
- Europa no verde à espera de dados do emprego nos EUA
- Wall Street abre no verde após dados do emprego. Coinbase escala 12% apesar do prejuízo
- Ouro renova máximos de mais de um mês
- Euro soma mais de 1% face ao dólar nos EUA. Dólar australiano ganha 2,5%
- Petróleo avança mais de 3% com boas notícias da China
- Juros agravam-se na Zona Euro
- Europa fecha com fortes ganhos com boas notícias vindas da China
A Europa aponta para um arranque de sessão no verde, um dia depois de ter fechado em terreno negativo na sequência das subidas das taxas de juro por parte de vários bancos centrais.
Os futuros do Euro Stoxx 50 avançam 0,7%.
Já as bolsas asiáticas terminaram a negociação mistas, com a China e Hong Kong a recuperaram terreno na esperança de que Pequim poderá estar a preparar-se para deixar a política dos zeros casos de covid-19, apesar de as entidades oficiais não terem dado qualquer indicação nesse sentido. Os índices asiáticos caminham para o primeiro ganho semanal em quatro semanas.
Na China, o Hang Seng avançou 5,62% e Xangai subiu 2,43%, enquanto na Coreia do Sul, o Kospi aumentou 0,83%. Já no Japão, o Nikkei cedeu 1,68% e o Topix caiu 1,29%.
Apesar dos ganhos das bolsas chinesas, os especialistas duvidam que este avanço seja sustentável ao longo do tempo. Analistas do Morgan Stanley afirmam que "as dinâmicas do mercado continuam relativamente subjugadas apesar deste súbito entusiasmo em torno de possíveis mudanças da política zero casos covid".
O petróleo segue a negociar com ganhos, impulsionado pelas notícias de que a China estará a preparar um alívio das medidas da sua política de zero casos covid-19. A pespetiva impulsionou os mercados, com as bolsas da China e de Hong Kong a registarem fortes ganhos.
O West Texas Intermediate (WTI) – negociado em Nova Iorque - valoriza 1,97% para 89,91 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte - referência para as importações europeias - avança 1,75% para 96,33 dólares por barril.
As notícias vindas da China entusiasmaram os mercado do petróleo, uma vez que o país é o maior importador de crude.
Atualmente, a estratégia do país liderado por Xi Jinping baseia-se em confinamentos e testagem massiva, o que tem pesado na economia chinesa. O Banco da China estima uma redução da procura por petróleo em 400 mil barris por dia em 2022 devido a estas medidas.
Já os preços do gás natural subiram, após a produtora e distribuidora francesa Electricite de France ter reduzido as previsões de fornecimento de energia nuclear, devido a problemas na central, o que coloca mais pressão na região, que atravessa uma das piores crises energéticas dos últimos anos.
O gás natural negociado em Amesterdão (TTF), que serve de referência para o mercado europeu, sobe 1,9% para 127,945 euros por megawatt-hora.
O ouro segue a valorizar, numa altura em que o dólar desvaloriza e que há rumores de que algum alívio na política chinesa de zero casos covid-19 poderá estar para breve. O metal amarelo retorna assim aos ganhos, depois de nos últimos dias ter estado a ceder, pressionado por uma política monetária mais agressiva.
As restrições na China têm um impacto global, uma vez que se trata da segunda maior economia mundial.
O metal amarelo sobe 1,20% para 1.648,97 dólares por onça, enquanto o paládio soma 2,20% para 1.837,03 dólares e a platina avança 1,16% para 933,51 dólares. A prata segue também a valorizar, estando a crescer 1,75% para 19,81 dólares.
O euro está neste momento a valorizar ligeiramente face ao dólar. A moeda única europeia sobe 0,21% para 0,9770 dólares.
Já o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da divisa norte-americana contra dez divisas rivais – cede 0,35% para 112.970 pontos, num dia em que será divulgado quantos empregos foram criados nos Estados Unidos em outubro. Ainda assim, o índice caminha para o maior ganho semanal desde setembro. A nota verde tem beneficiado dos consecutivos aumentos das taxas de juro por parte da Reserva Federal norte-americana, sendo que a última acontece esta semana. A Fed subiu as taxas de juro em 75 pontos bases.
Os juros da dívida soberana na Zona Euro seguem a aliviar, com os juros da dívida italiana a serem o que mais caem.
A "yield" da dívida italiana com maturidade a dez anos alivia 4,7 pontos base para 4,356%, enquanto os juros das Bunds alemãs a dez anos cedem 2,8 pontos base para 2,212%.
A "yield" da dívida italiana com maturidade a dez anos alivia 4,7 pontos base para 4,356%, enquanto os juros das Bunds alemãs a dez anos cedem 2,8 pontos base para 2,212%.
Fora da Zona Euro, os juros da dívida britânica caem 2,8 pontos base para 3,471%.
As bolsas europeias arrancaram a última negociação da semana em terreno positivo, impulsionadas pela expetativa de que a China poderá estar prestes a aligeirar a sua política de zero casos covid-19 e numa altura em que os investidores aguardam pelos dados do emprego nos Estados Unidos.
O Stoxx 600 - referência para a Europa - sobe 1,04% para 413,81 pontos, com o setor automóvel e dos recursos naturais a darem o maior contributo.
Nas restantes praças europeias, o alemão Dax avança 1,25%, o francês CAC-40 soma 1,46%, o italiano FTSE MIB cresce 0,52% e o britânico FTSE 100 valoriza 1,08%.
Os investidores vão estar atentos aos dados do emprego nos Estados Unidos durante o dia de hoje, à procura de pistas sobre a resiliência do mercado de trabalho e, consequentemente, sobre o ritmo a que a Fed vai continuar a subida das taxas de juro.
Diego Fernandez, responsável pelas estratégias de investimento do A&G Banco em Madrid, disse, em declarações à Bloomberg, que os dados de hoje serão importantes para ver como o mercado de trabalho está e como afeta a inflação. "A subida das bolsas chinesas também são positivas para a Europa, uma vez que dá a esperança de normalização num mercado-chave", denota.
Wall Street arrancou a sessão em terreno positivo, após quatro dias de perdas, com os investidores a avaliarem os mais recentes números do emprego nos EUA.
O industrial Dow Jones soma 1,12%% para 32.341,13 pontos, enquanto o S&P 500 cresce 1,36% para 3.770,36 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite sobe 1,02% para 10.448,21 pontos.
As empresas norte-americanas criaram 261 mil postos de emprego no mês de outubro, tendo o valor superado as estimativas (200 mil). Os dados esta sexta-feira divulgados pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho norte-americano apontam que o mercado de trabalho mantém-se resiliente, apesar das consecutivas subidas das taxas de juro por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos para combater a inflação.
A taxa de desemprego, por sua vez, avançou para 3,7%, ultrapassando a de setembro, que se fixou nos 3,5%. Desde abril que a taxa de desemprego tem variado entre os 3,5% e os 3,7%.
"Estes números por si só não vão influenciar a Reserva Federal norte-americana (Fed) a ter um novo tacto relativamente às taxas de juro", refere Mark Hamrick, economista sénior do Bankrate. "[A Fed] tem ainda muitos dados por digerir, incluindo a inflação antes da reunião de dezembro", acrescentou.
Depois de o banco central ter anunciado este semana um novo aumento da taxa de referência em 75 pontos base, o presidente da instituição, Jerome Powell, reconheceu que "o nível final de taxas de juro será superior ao que esperávamos anteriormente", mas que no entanto, "determinada altura, como já disse nas últimas duas conferências de imprensa, será apropriado abrandar o ritmo de aumentos para trazer a inflação de volta à meta de 2%".
Entre os principais movimentos de mercado, é de destacar a subida de 12,01% das ações da Coinbase. Apesar do prejuízo, vários analistas citados pela Bloomberg ficaram otimistas já que na sua ótica os resultados demonstram que o esforço da empresa para controlar os custos - em pleno "inverno cripto" - está a funcionar.
Além disso, a receita proveniente de registo de novos utilizadores da plataforma foi de 210,5 milhões de dólares, acima da estimativa de 164,4 milhões apontada pelos especialistas citados pela Bloomberg.
O ouro renova máximos de mais de um mês, após serem divulgados os números do emprego nos EUA. O metal amarelo está sobretudo a ser impulsionado pela queda do dólar.
O ouro sobe 2,71% para 1.673,67 dólares por onça, estando prestes a fechar a semana com um ganho em torno de 1,2%. Prata, platina e paládio seguem esta tendência positiva.
O ouro caiu cerca de 20% este ano, devido à política monetária da Fed que deu força ao dólar, tornando assim as matérias-primas denominadas na nota verde menos atrativas para quem negoceia com outras moedas.
As empresas norte-americanas criaram 261 mil postos de emprego no mês de outubro, tendo o valor superado as estimativas (200 mil). Ainda assim, a taxa de desemprego avançou para 3,7%, ultrapassando a de setembro, que se fixou nos 3,5%. Desde abril que a taxa de desemprego tem variado entre os 3,5% e os 3,7%.
O indicador de força do dólar estendeu as perdas, revertendo o movimento de recuperação desta sexta-feira, após a divulgação dos dados do emprego nos EUA. O euro aproveitou a fraqueza da nota verde e soma mais de 1,5%.
A moeda única valoriza 1,70%, estando ainda assim abaixo da paridade com o dólar, cotando-se mais concretamente em 0,9915 dólares.
Por sua vez, o índice do dólar da Bloomberg – que compara a força da nota verde contra dez divisas rivais – regista uma queda de 1,60% para 111,128 pontos.
No mercado de câmbio está ainda em destaque o dólar australiano que sobe pela primeira vez ao final de sete dias contra a moeda norte-americana, valorizando 2,56% para 0,6449 dólares. A Reserva Federal da Austrália antecipou a continuação da subida da inflação e da continuação do aumento dos juros diretores.
O petróleo regista máximos de mais de três semanas, impulsionado pela queda do dólar – que torna as matérias-primas denominadas na nota verde mais atrativas para quem negoceia com outras moedas – e pelo alívio da política "zero covid-19" na China.
O West Texas Intermediate (WTI) – referência para os EUA – sobe 3,81% para 91,53 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, ganha 3,26% para 97,76 dólares por barril.
A China, o maior importador de petróleo do mundo, informou que está a trabalhar no sentido de aliviar as medidas que penalizam as companhias aéreas que transportam turista.
As restrições impostas por Pequim para combater a covid-19 pressionaram bastante o mercado do ouro negro, de tal modo que o Bank of China International estima que a procura por petróleo este ano caia em média 400 mil barris por dia.
Os juros agravaram-se na Zona Euro, num dia marcado pelo forte apetite de risco expresso nos ganhos do mercado acionista da região.
A "yield" das Bunds alemãs a dez anos – referência para a Zona Euro – cresceu 5,1 pontos base para 2,290%.
Por sua vez, os juros da dívida italiana a dez anos agravaram também 5,1 pontos base, mas para 4,453%.
Na Península Ibérica, a "yield" das obrigações portuguesas a dez anos somou 5,5 pontos base 3,259%, enquanto a "yield" da dívida espanhola com a mesma maturidade acumulou 4,3 pontos base para 3,337%.
A Europa terminou a última sessão da semana em alta, com as ações de recursos minerais e luxo a serem as protagonistas do dia, com a possibilidade de a China poder aliviar a sua política "zero covid-19".
O "benchmark" europeu Stoxx 600 somou 1,81% para 416,98 pontos. Entre os 20 setores que compõe o índice de referência, recursos minerais, produtos de consumo e automóvel lideraram os ganhos.
Nas restantes praças europeias, apenas Lisboa contrariou a tendência, tendo encerrado a negociação na linha d’ água, mais inclinada para terreno negativo (-0,07%). Madrid avançou 0,94%, Frankfurt ganhou 2,51% e Paris somou 2,77%. Londres cresceu 2,03%, Amesterdão arrecadou 1,52% e Milão acumulou 2,54%.
Entre os principais movimentos de mercado são de destacar as ações da Adidas que somaram 21,38%, após a notícia que a marca está em negociações com Bjorn Gulden, CEO da rival Puma, para que este ocupe a liderança da Adidas.
Também o Société Générale cresceu 2,55%, depois de reportar fortes resultados referentes ao terceiro trimestre. Já a empresa italiana de tecnologia aeroespacial Leonardo S.p.A afundou mais de 7%, renovando mínimos de março de 2020, depois da inflação ter ofuscado os ganhos trimestrais.
A sessão foi marcada pela notícia de que Pequim está a trabalhar no sentido de aliviar as medidas que penalizam as companhias aéreas que transportam turistas que acabam por introduzir covid-19 no país. A notícia deu sinais de um possível alívio da política "zero covid-19" da China.
Durante o dia, os investidores estiveram ainda a digerir os números do emprego nos EUA. As empresas norte-americanas criaram 261 mil postos de emprego no mês de outubro, tendo o valor superado as estimativas (200 mil). A taxa de desemprego, por sua vez, avançou para 3,7%, ultrapassando a de setembro, que se fixou nos 3,5%. Desde abril que a taxa de desemprego tem variado entre os 3,5% e os 3,7%.
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