BCE mais "hawkish" contém otimismo na Europa. Wizz Air afunda 28%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
BCE mais "hawkish" contém otimismo na Europa. Wizz Air afunda 28%
Em dia de corte das taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE), o otimismo foi bastante contido nas principais praças da região. A grande parte dos índices de referência fechou em alta, com o espanhol IBEX a encabeçar os ganhos, numa sessão marcada ainda pela aproximação dos EUA e da China e a abertura de uma nova janela de negociação.
O Stoxx 600, "benchmark" para a negociação europeia, chegou a cair 0,3% esta manhã, mas rapidamente inverteu a tendência de negociação após uma chamada telefónica entre os presidentes das duas maiores economias do mundo: Donald Trump e Xi Jingping. O indice encerrou a sessão a ganhar 0,16% para 551,88 pontos, com grande ímpeto do setor mineiro - bastante exposto ao mercado chinês.
Madrid ganhou 0,73%, Frankfurt valorizou 0,19%, Londres cresceu 0,11%, enquanto Amesterdão subiu 0,16% e Milão pulou 0,74%. Já Paris foi a única praça europeia a terminar no vermelho, ao deslizar 0,18%.
"As palavras de Christine Lagarde [presidente do BCE] foram mais 'hawkish' do que o esperado", começa por explicar Wolf von Rotberg, analista do Bank J. Safra Sarasin, à Bloomberg. "Juros mais elevados e um euro mais forte estão a pesar no mercado acionista, enquanto os dados macroeconómicos devem demorar mais um tempo até terem impacto", completa.
Entre as principais movimentações de mercado, a Wise disparou 7,20%, tendo chegado a tocar nas 12,25 libras - um novo máximo histórico. Os ganhos foram motivados pela decisão da empresa de pagamentos de querer fazer de Nova Iorque a sua principal bolsa, passando Londres para segundo lugar. Já a Wizz Air afundou 28%, após a companhia aérea "low-cost" ter registado lucros abaixo das expecativas no primeiro trimestre do ano.
Juros disparam na Zona Euro com BCE a apontar para uma pausa no corte de juros
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro agravaram-se esta quinta-feira, após o Banco Central Europeu (BCE) ter sinalizado uma pausa no ciclo de alívio das taxas de juro. "Com o corte de juros de 25 pontos base decidido hoje e o atual nível das taxas de juro, estamos numa boa posição para navegar as circunstâncias", explicou Christine Lagarde, na conferência de imprensa que se seguiu à decisão da autoridade monetária.
Neste contexto, os juros das "Bunds" alemãs, que servem de referência à Zona Euro, dispararam 5,2 pontos base para 2,576%, enquanto a "yield" das obrigações francesas com a mesma maturidade subiu 4,7 pontos para 3,248%.
Já nos países do sul da Europa, as movimentações foram ligeiramente mais suaves. Os juros das obrigações portuguesas a dez anos cresceu 4,5 pontos base para 3,039%, enquanto a "yield" da dívida espahola avançou 4 pontos para 3,155% e a das obrigações italianas aumentou 3,5 pontos para 3,524%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas agravaram-se em um ponto base para 4,614%, enquanto, nos EUA, a "yield" das "Tresuries" avança 2,9 pontos para 4,385%.
Ouro perde força com recuar de tensões comerciais. Prata atinge máximos de 13 anos
O ouro está a perder alguma da força conquistadas nas últimas sessões, enquanto a prata dispara para máximos de 13 anos, numa altura em que as tensões comerciais entre China e EUA parecem estar a acalmar. Numa conversa telefónica entre Donald Trump e Xi Jinping, os dois líderes comprometeram-se a abrir portas à negociação, depois de uma troca acesa de acusações durante o fim de semana.
A esta hora, o metal amarelo recua 0,20% para 3.366,02 dólares por onça, enquanto a prata ultrapassa a barreira dos 35 dólares e dispara 3,82% para 35,97 dólares.
Os investidores viram agora as suas atenções para os dados da criação de emprego, divulgados esta sexta-feira, que devem ajudar a pintar o retrato do mercado laboral com que a Reserva Federal (Fed) norte-americana vai arrancar a reunião deste mês. "Com sinais de arrefecimento no mercado laboral norte-americano, cresce a convicção entre os investidores de que o banco central poderá iniciar cortes nas taxas de juro antes do final do verão, sendo provável que se siga pelo menos mais um corte até ao final do ano", explica Ricardo Evangelista, CEO da Activtrades Europe, num comentário enviado ao Negócios.
Apesar da volatilidade mais recente, o metal precioso já valorizou cerca de 28% desde o início do ano - um dos melhores desempenhos na categoria das "commodities", alcançado com a ajuda da disrupção do comércio mundial introduzida pelas tarifas de Donald Trump e por tensões geopolíticas persistentes.
Euro avança com BCE a sinalizar um pausa no corte de juros
Apesar de o Banco Central Europeu (BCE) ter optado por um novo corte nas taxas de juro, o euro está a conseguir ganhar terreno face ao dólar, numa altura em que a economia norte-americana dá sinais de arrefecimento e os investidores antecipam uma pausa no ciclo de alívio da política monetária na Zona Euro.
Este é ja o oitavo corte nos juros encetado pelo BCE e acontece numa altura em que o banco central reconhece que a inflação está dominada, ao mesmo tempo que se mostra mais pessimista em relação ao futuro económico do bloco de 20 países. "Considero que estamos a chegar ao fim de um ciclo de política monetária que estava a responder a choques económicos, como a covid-19, a guerra na Ucrânia e a crise energética", esclareceu a presidente do BCE, Christine Lagarde, numa conferência de imprensa realizada após o anúncio da decisão.
Neste contexto, o euro chegou a avançar 0,5% para 1,1473 dólares - um valor bastante próximo dos máximos de mais de três anos que atingiu em abril. Entretanto, a moeda única europeia reduziu parcialmente os ganhos e encontra-se a valorizar 0,27% para 1,1448 dólares, enquanto a libra ganha na mesma percentagem para 1,3591 dólares.
O mais recente "rally" do euro levou a moeda única europeia a valorizar quase 10% face ao dólar, afastando os receios no início do ano de que a paridade poderia ser atingida. "Isto apenas reflete o abrandamento do sentimento em torno do dólar, que pode muito bem ser exacerbado com os dados da criação de emprego", refere Shaun Osborne, diretor de estratégia do Scotiabank, à Reuters.
Petróleo ganha mais de 1% com EUA e China a aproximarem-se
Os preços do petróleo estão a avançar mais de 1% esta quinta-feira, impulsionados por sinais de que os EUA e a China podem estar a aproximar posições. Os líderes dos dois países, Donald Trump e Xi Jinping, concordaram esta quinta-feira retomar negociações o mais rápido possível, depois de as "tréguas" comercias entre Pequim e Washington terem sido ameaçadas por uma troca de acusações.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 1,18% para os 63,59 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 1,08% para os 65,56 dólares por barril. Os dois "benchmarks" foram penalizados na sessão anterior por notícias de que a Arábia Saudita estaria a pressionar os restantes membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) a continuarem a abrir as "torneiras", com reforços na produção de, pelo menos, 411 mil barris por dia em agosto e possivelmente também em setembro.
Estes aumentos podem vir a acontecer numa altura em que o consumo de petróleo tem vindo a crescer e pode disparar com o aproximar da época alta. Na semana passada, as reservas de crude norte-americanas caíram em 4,3 mihões de barris - a maior quebra desde novembro do ano passado, de acordo com dados da agência de energia dos EUA.
Desde o início do ano, os preços da matéria-prima desvalorizaram quase 13% pressionados por receios de que a guerra comercial em curso poderá ter um impacto significativo na economia mundial e, por conseguinte, no poder de compra dos consumidores. Apesar de quase todos os países saírem prejudicados com a nova política protecionista de Donald Trump, as tensões têm-se centrado na China - o maior importador de petróleo do mundo.
Conversa entre Trump e Xi Jingping deixa Wall Street dividida. Tesla afunda 5%
Os principais índices norte-americanos arrancaram a penúltima sessão da semana divididos entre ganhos e perdas, num dia marcado pela conversa telefónica entre o Presidente dos EUA, Donald Trump, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping. Os detalhes ainda não são conhecidos, mas espera-se que os dois líderes se tenham aproximado, após uma troca de acusações mútuas de violação das "tréguas" alcançadas no mês passado.
Neste contexto, o S&P 500 perde 0,07% para 5.966,66 pontos, enquanto o industrial Dow Jones desvaloriza 0,15% para 42.365,12 pontos. Já o tecnológico Nasdaq Composite escapa desta maré vermelha e acelera 0,11% para 19.482,33 pontos. Na sessão anterior, os três "benchmarks" até arrancaram em alta com sinais de abrandamento do mercado laboral, mas uma nova leva de dados económicos desapontantes acabou por deixar Wall Street dividida.
Os investidores viram agora as suas atenções para os dados da criação de emprego, que vão permitir obter uma leitura completa da vitalidade do mercado de trabalho norte-americano e definir, em parte, o caminho que a Reserva Federal (Fed) pode vir a adotar na próxima reunião. Esta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu pelo oitavo corte de 25 pontos base nas taxas de juro, aumentando o fosso entre as políticas monetárias das duas potências.
Ainda no mercado laboral, os pedidos de subsídio de desemprego voltaram a aumentar pela segunda semana consecutiva. "Não creio que se trate de um grande sinal de alerta, mas demonstra que o mercado de trabalho tem vindo a abrandar e a enfraquecer gradualmente”, explica Kevin Gordon, estratega de investimentos da Charles Schwab, à Reuters.
Entre as principais movimentações de mercado, a MongoDB salta 14,78%, depois de a tecnológica ter apresentado resultados trimestrais acima do esperado e ter revisto em alta as suas previsões para o resto do ano. Já a Tesla continua em queda e afunda 5,44%, ainda pressionada pela quebra de vendas de veículos elétricos no mercado europeu.
Euribor cai nos principais prazos e a 3 meses para novo mínimo desde final de 2022
A Euribor desceu hoje a três, a seis e a 12 meses, no prazo mais curto para um novo mínimo desde novembro de 2022.
Com as alterações de hoje, a taxa a três meses, que baixou para 1,954%, ficou abaixo das taxas a seis (2,046%) e a 12 meses (2,044%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, caiu hoje, ao ser fixada em 2,046%, menos 0,018 pontos.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também recuou, ao ser fixada em 2,044%, menos 0,007 pontos do que na quarta-feira.
No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2% desde 30 de maio passado, recuou para 1,954%, menos 0,006 pontos e um novo mínimo desde 29 de novembro de 2022.
Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses).
A média da Euribor em maio desceu 0,150 pontos para 2,099% a três meses, 0,082 pontos para 2,120% a seis meses e 0,062 pontos para 2,091% a 12 meses.
Hoje realiza-se uma nova reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt e os mercados antecipam uma nova descida da taxa diretora, de 0,25 pontos para 2%.
A concretizar-se, esta descida será a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, a última deste ano.
Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o BCE desceu a principal taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Esperado corte de juros impulsiona Europa. Wizz Air tomba mais de 24%
Os principais índices europeus negoceiam no verde, com os investidores à espera que o Banco Central Europeu (BCE) reduza hoje as taxas diretoras pela oitava vez consecutiva. A Wise, empresa de tecnologia financeira, é o destaque a esta hora, depois de ter atingido um máximo histórico com planos de passar a sua "main listing" para Nova Iorque, avança a Bloomberg.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – avança 0,37%, para os 553,05 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX sobe 0,43%, o britânico FTSE 100 ganha 0,13%, o espanhol IBEX 35 pula 0,13%, o italiano FTSEMIB valoriza 0,38%, o holandês AEX avança 0,40% e o francês CAC-40 regista ganhos de 0,27%.
Os índices europeus já recuperaram dos mínimos de abril, depois de Donald Trump, Presidente norte-americano, ter decidido suspender algumas tarifas. O Stoxx 600 está agora cerca de 2% abaixo do seu máximo histórico de março.
O alemão DAX continua a ser impulsionado pelo pacote de incentivos fiscais às empresas no valor de 46 mil milhões de euros até 2029. A ideia é contrariar os riscos de estagnação da maior economia do euro, numa altura em que o fantasma da recessão volta a assombrar os EUA. A legislação ainda precisa do crivo do parlamento do país.
“Continuamos otimistas quanto à melhoria dos dados macroeconómicos da Zona Euro no final deste ano”, afirmou à Bloomberg Ulrich Urbahn, do Berenberg. “Continuamos a ser construtivos em relação à Europa e pensamos que uma boa opção de recuperação poderiam ser as pequenas capitalizações europeias, que continuam a ser pouco detidas e baratas”, acrescentou o especialista.
No plano monetário, os investidores estão agora a prever um corte nas taxas do BCE na reunião desta quinta-feira, depois de os últimos dados terem revelado um arrefecimento da inflação na Zona Euro. No entanto, com as tensões comerciais a aumentar novamente, o foco permanece nas decisões de política monetária daqui para a frente, bem como nos principais dados do mercado laboral dos EUA, a serem conhecidos na sexta-feira.
Entre os setores, o da construção regista a esta hora a maior valorização (+0,94%), seguido do tecnológico (+0,69%). Por outro lado, o setor do turismo perde a esta hora (-0,93%), assim como o retalho (-0,43%).
Entre os movimentos do mercado, além da já referida subida da Wise (+10,16%), a Wizz Air tomba mais de 24%, depois de a companhia aérea "low cost" ter apresentado resultados financeiros que não corresponderam às expectativas do mercado e se ter abstido de divulgar um "guidance", citando uma fraca visibilidade.
Juros das dívidas soberanas europeias registam agravamentos em toda a linha
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro seguem a agravar, numa altura em que os principais índices europeus registam ganhos e em dia de decisão de política monetária do Banco Central Europeu.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, agravam-se em 0,4 pontos-base, para 2,998%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento sobe também 0,4 pontos para 3,119%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa cresce 0,5 pontos-base para 3,205%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, agravam-se em 0,2 pontos para 2,525%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e sobem 0,8 pontos-base para 4,612%.
Euro avança de forma tímida em dia de corte de juros
O dólar segue a oscilar esta quinta-feira, depois de importantes dados económicos do lado de lá do Atlântico terem reavivado receios de um crescimento lento e de uma inflação elevada, enquanto o euro se mantém estável antes de um esperado corte nas taxas de juro por parte do Banco Central Europeu (BCE).
O índice de dólar da Bloomberg – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – sobe esta hora 0,05% para os 98,8400 pontos.
Dados económicos, que mostraram que o setor dos serviços dos EUA contraiu pela primeira vez em quase um ano em maio e que o mercado de trabalho está a arrefecer no país, levaram a uma recuperação dos títulos do Tesouro norte-americanos e aumentaram as probabilidades de cortes nas taxas de juro da Reserva Federal para este ano.
O iene japonês segue a ceder face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” avança 0,40% para os 143,340 ienes.
Os investidores aguardam agora pelos números mensais dos pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA para avaliar o estado do mercado de trabalho.
O relatório mais abrangente sobre o emprego na sexta-feira deverá mostrar que estes pedidos deverão ter aumentado em 130 mil em maio, após um avanço de 177 mil em abril, de acordo com a Reuters. Já taxa de desemprego deverá manter-se estável nos 4,2%.
As atenções estarão também viradas para a Europa, onde se espera que o BCE flexibilize as taxas pela oitava vez consecutiva em 25 pontos base na reunião desta quinta-feira. Os "traders" procurarão por pistas sobre o futuro da política monetária na Zona Euro no discurso de Christine Lagarde, presidente da autoridade monetária, esperando-se, por agora, uma pausa nos cortes depois da decisão de hoje.
Por cá, a “moeda única” sobe 0,01% para 1,142 dólares, enquanto a libra ganha igualmente 0,10% para os 1,357 dólares.
Ouro negoceia na linha d'água. "Traders" atentos a dados económicos dos EUA
O ouro negoceia na linha d’água esta manhã, com os "traders" a avaliarem as incertezas económicas e políticas globais, enquanto aguardam os dados dos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada nos EUA, que deverão ser divulgados na sexta-feira e que servirão para medir o pulso à maior economia mundial.
O ouro avança esta manhã 0,01%, para os 3.373,170 dólares por onça.
No plano económico, a Reserva Federal (Fed) norte-americana comunicou um abrandamento da atividade, citando o aumento dos custos e dos preços impulsionado pela escalada das taxas alfandegárias. O setor dos serviços do país contraiu-se em maio pela primeira vez em quase um ano. O Relatório Nacional de Emprego da ADP revelou que os empregadores privados dos EUA contrataram o menor número de trabalhadores em mais de dois anos em maio, antes de serem conhecidos os dados dos pedidos iniciais de subsídio de desemprego.
No plano comercial, o Presidente dos EUA, Donald Trump, disse ser “extremamente difícil de fazer um acordo” com o Presidente chinês Xi Jinping, ao mesmo tempo que apelou ao presidente da Fed, Jerome Powell, para que flexibilize as taxas diretoras.
Já duplicação das tarifas sobre as importações de aço e alumínio para 50% entrou em vigor ontem, com a Administração norte-americana a procurar “melhores ofertas” dos parceiros comerciais para evitar a imposição de novas taxas previstas para julho.
Petróleo inverte tendência e ganha terreno. Stocks dos EUA cresceram mais do que o esperado
Os preços do petróleo seguem a inverter a tendência de perdas registada esta quinta-feira, após um aumento nos inventários de gasolina e diesel dos EUA ter pressionado a matéria-prima, numa altura em que os “traders” pesam cortes nos preços de julho da Arábia Saudita para os compradores asiáticos de petróleo, assim como a incerteza económica global.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 0,41% para os 63,11 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,52% para os 65,20 dólares por barril.
Os preços do petróleo fecharam com uma desvalorização de cerca de 1% na quarta-feira, depois de dados oficiais terem mostrado que os stocks de crude dos EUA cresceram mais do que o esperado, refletindo uma procura mais fraca na maior economia do mundo.
Já do lado da decisão saudita de baixar os preços para compradores asiáticos, analistas do ANZ explicaram à Reuters que “embora a redução [saudita] tenha sido menor do que o previsto, sugere que a procura é fraca, apesar de se estar a entrar no período de pico da procura”.
O corte de preços da Arábia Saudita segue-se à decisão da OPEP+ de aumentar a produção de crude em 411 mil barris por dia em julho.
Ásia fecha dividida. Futuros europeus inalterados à espera de decisão do BCE
Os índices asiáticos fecharam entre ganhos e perdas esta quinta-feira, numa altura em que os investidores parecem evitar fazer grandes apostas em ativos de risco antes dos dados sobre os pedidos de subsídio de desemprego dos EUA, conhecidos na sexta-feira. Já os futuros europeus seguem pouco alterados em dia de reunião do Banco Central Europeu.
Na Ásia, o Nikkei do Japão caiu 0,52%, enquanto o Topix cedeu 1,02%. Já na China, o cenário foi o contrário, com o Shanghai Composite a ganhar 0,19% e o Hang Seng de Hong Kong a subir 0,64%. Por cá, os futuros do Eurostoxx 50 deslizam 0,63%.
Os investidores estão a manter-se à margem, aguardando dados económicos dos EUA e a decisão sobre as taxas diretoras do Banco Central Europeu (BCE) conhecida esta quinta-feira. A atividade económica dos EUA caiu ligeiramente nas últimas semanas, indicando que as tarifas e a incerteza estão a prejudicar a maior economia mundial. Ainda assim, um indicador das ações globais fechou em máximos na quarta-feira, entre especulações de que, no plano comercial, o pior pode ter passado após o "sell-off" alimentado pelo anúncio do “Dia da Libertação” do Presidente Donald Trump há dois meses.
As oscilações do mercado “tornaram-se talvez um pouco menos violentas desde o Dia da Libertação”, disse à Bloomberg Christina Woon, da Eastspring Investments.
Entretanto, a atividade de serviços da China expandiu-se a um ritmo mais rápido em maio, revelou um inquérito privado citado pela Bloomberg, num sinal de que a economia de consumo está a estabilizar no país, enquanto as tarifas mais elevadas dos EUA ameaçam a procura por exportações.
Entre os movimentos do mercado, destaque para o grupo Alibaba ganhou quase 3%, impulsionado pela recente valorização das tecnológicas norte-americanas.
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