Negociações para cessar-fogo na Ucrânia animam bolsas europeias. Novo Nordisk pula 6%
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
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Negociações para cessar-fogo na Ucrânia animam bolsas europeias. Novo Nordisk pula 6%
As bolsas europeias encerraram a sessão desta quinta-feira com ganhos, à exceção da praça londrina, numa altura em que se volta a colocar em cima da mesa a hipótese de um cessar-fogo na Ucrânia. Donald Trump e Vladimir Putin vão encontrar-se para negociações sobre o assunto, o que tem dado ânimo aos mercados financeiros - e Europa não é exceção.
O índice que agrega as principais praças europeias, o Stoxx 600, ganhou 0,92% para 546,05 pontos, à boleia dos setores automóvel, da banca e da tecnologia, que registaram ganhos de quase 2%. Já as telecomunicações e as ações ligadas ao petróleo e gás impediram o "benchmark" do Velho Continente de maiores subidas.
A perspetiva de um ponto final da guerra na Ucrânia penalizaram algumas das gigantes ligadas ao setor da defesa: a Leonardo SpA cedeu 6,1%, o RENK Group perdeu 7% e a Hensoldt recuou 4%.
A empresa alemã de defesa Rheinmetall caiu 8%, uma vez que os seus resultados trimestrais ficaram aquém das expectativas dos analistas.
Por outro lado, a Raiffeisen Bank International disparou 14% depois de o UBS ter revisto em alta as expectativas para o desempenho do grupo bancário austríaco em bolsa.
A Novo Nordisk recuperou de quedas recentes e ganhou 6,7% após a rival Eli Lilly & Co. ter divulgado os resultados de um estudo sobre um medicamento para obesidade, que teve um desempenho pior do que o esperado por Wall Street, impulsionando os ganhos da farmacêutica dinamarquesa.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX subiu 1,12%, o neerlandês AEX valorizou 0,97%, o espanhol IBEX 35 somou 1,06%, o italiano FTSEMIB ganhou 0,93% e o francês CAC-40 avançou 0,97%.
Já o britânico FTSE 100 cedeu 0,69%, isto depois de o Banco de Inglaterra ter cortado as taxas de juro para 4%. No entanto, as ações foram penalizadas pela perspetiva de que as descidas estarão a chegar ao fim, isto depois de quatro dos nove responsáveis do Banco de Inglaterra se terem mostrado a favor de manter as taxas. As cotadas britânicas, que obtêm uma grande parte das suas receitas no estrangeiro, têm uma correlação negativa com a libra.
Libra acelera com votações a favor de manter juros no BoE. Dólar volta aos ganhos
A libra está a subir face às principais divisas, isto depois de quatro membros do Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra (BoE) - de um total de nove - terem votado a favor de manter as taxas de juro . Ainda assim, o banco central optou por um corte na taxa de 25 pontos base para os 4%.
Os quatro responsáveis dizem estar preocupados com a inflação no Reino Unido. Apesar de a descida desta quinta-feira já ter sido esperada e incorporada pelo merado, a moeda britânica parece estar a ganhar terreno com esperança dos investidores de que uma pausa nos cortes possa estar a chegar.
A libra ganha 0,55% para 1,3428 dólares. Já o euro recua 0,74% para 0,8667 libras.
Noutros pares, o euro está a recuar 0,2% para 1,1638 dólares, num momento em que os investidores reagem ao anúncio do encontro entre Vladimir Putin e Donald Trump. Há esperanças de um acordo de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia.
Além disso, esta quinta-feira entraram em vigor as tarifas "recíprocas" dos EUA e, sem novos acordos comerciais à vista, os investidores parecem acreditar que há cada vez mais certeza nesta dinâmica da política comercial.
“A maior mudança nos mercados de câmbio é realmente a ideia de que há um pouco mais de certeza em relação às tarifas - a incerteza diminuiu”, disse à Reuters Sarah Ying, da FICC Strategy na CIBC Capital Markets. No entanto, a analista diz que o foco dos investidores vai voltar a centrar-se nas decisões dos bancos centrais. "Daqui para frente, haverá uma diferença de taxas tão grande (entre o Banco Central Europeu e a Reserva Federal) que isso vai importar mais para os mercados", explicou.
O dólar sobe 0,09% para 0,8065 francos suíços, já que a presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, não conseguiu até agora um acordo sobre tarifas, que neste momento estão a 39%.
A moeda norte-americana sobe também contra um cabaz das principais divisas, com o índice do dólar DXY a subir 0,07% para 98,25.
Petróleo recua apesar de sinais de retoma e expectativa por encontro Trump-Putin
Os preços do petróleo voltaram a cair esta quinta-feira, após um início de sessão volátil e marcado pela expectativa em torno de um possível encontro entre os presidentes dos EUA e da Rússia. A esta hora, o WTI desce 0,17% para 64,24 dólares por barril, enquanto o Brent desce 0,24% para 66,73 dólares.
Apesar da ligeira recuperação registada de manhã, com o Brent a aproximar-se dos 68 dólares, os preços voltaram a descer, pressionados pela perspetiva de um excedente global de oferta e pelo impacto das tarifas comerciais impostas por Donald Trump. O presidente norte-americano anunciou esta semana um novo pacote de tarifas sobre produtos indianos, em resposta à manutenção das importações de energia russa por Nova Deli.
A possibilidade de um cessar-fogo na Ucrânia voltou a ser discutida, com Trump a afirmar que poderá encontrar-se em breve com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky. Esta quinta-feira, foi confirmado um encontro entre Putin e Trump "nos próximos dias". "Estamos agora a trabalhar com os colegas americanos para finalizar os detalhes e o local da reunião", comentou Yuri Ushakov, conselheiro de política externa.
Nos EUA, os dados oficiais mostraram uma queda de 3 milhões de barris nas reservas de crude, superando as previsões. No entanto, os stocks em Cushing aumentaram pela quinta semana consecutiva. A Arábia Saudita subiu os preços para a Ásia pelo segundo mês seguido, refletindo uma procura sólida.
Segundo Robert Rennie, do Westpac Banking Corp., mesmo com um eventual acordo de paz, “a produção elevada e os níveis de inventário deverão manter o Brent limitado aos 70 dólares”.
Ouro atinge pico de duas semanas com perspetivas de cortes das taxas de juro
O ouro sobe 0,43% nesta quinta-feira, para 3.383,75 dólares por onça, impulsionado pela procura por ativos de refúgio devido a novas tensões comerciais e sinais de desaceleração no mercado laboral dos EUA, que reforçam as expectativas de cortes nas taxas de juro pela Fed.
Segundo a Reuters, os preços tocaram o nível mais alto desde 23 de julho após entrarem em vigor novas tarifas decretadas por Donald Trump e após dados revelarem um aumento nos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA. A esta hora, a prata avança 1,58% para 38,50 dólares e a platina recuou 0,39% para 1.331,79 dólares.
A Bloomberg acrescenta que o ouro cedeu parte dos ganhos após o Kremlin confirmar uma reunião iminente entre Trump e Putin para discutir uma possível trégua na guerra da Ucrânia, o que arrefeceu a procura por ativos de segurança.
Ainda assim, a perspetiva de cortes nas taxas de juro, que beneficiam o ouro por este não render juros, continua a sustentar o metal precioso. “Se os dados norte-americanos continuarem a demonstrar fraqueza, poderemos ver o desenvolvimento de expectativas mais ‘dovish’”, comentou Peter Grant, vice-presidente e estratega sénior de metais da Zaner Metals.
Encontro entre Trump e Putin empurra Wall Street para o verde
As bolsas norte-americanas arrancaram a sessão desta quinta-feira em alta, isto depois de o Kremlin ter confirmado que Vladimir Putin e Donald Trump vão reunir, aumentando as expectativas por um acordo de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia. Isto no mesmo dia em que entraram em vigor as tarifas recíprocas aplicadas pelos EUA aos parceiros comerciais.
O mercado recebeu ainda um impulso depois de o Presidente dos EUA ter anunciado que empresas que detêm produção nos EUA, como a Apple, seriam elegíveis para estarem isentas das tarifas de 100% que propôs sobre as importações de semicondutores.
Crescem também as apostas num corte nas taxas de juros pela Reserva Federal, que alimentam o otimismo nos mercados financeiros.
Neste contexto, o S&P 500 sobe 0,63% para 6.385,09 pontos, enquanto o Nasdaq Composite ganha 0,89% para 21.365,80 pontos e o Dow Jones soma 0,66% 44.483,37 pontos.
"O sentimento de risco é positivo, com foco nas esperanças de um acordo de paz na Ucrânia", disse Bob Savage, do Bank of New York Mellon, à Bloomberg. "Também a apoiar a dinâmica de queda do dólar e a subida das ações estão as expectativas de corte das taxas em setembro pela Fed. No entanto, os investidores ainda enfrentam uma resistência devido à incerteza sobre as tarifas futuras", acrescentou.
As ações da Apple continuam a subir, à semelhança da negociação desta quarta-feira. Hoje, a "big tech" soma 2,6%, ainda a beneficiar do anúncio de investimento de 100 mil milhões de dólares em produção nos EUA. Fornecedores da Apple, como a Corning, também beneficiam da medida e sobe 1,9%.
Já as ações da Eli Lilly & Co. mergulham mais de 13% depois de a farmacêutica ter divulgado os resultados de um estudo sobre o seu comprimido para emagrecer, que desiludiu o mercado. A Intel cai 1,3% depois de Trump ter pedido a demissão do diretor executivo da empresa, alegando conflito de interesses.
Taxa Euribor desce a seis meses, o prazo mais usado nos créditos à habitação em Portugal
A taxa Euribor subiu esta quinta-feira a três e a 12 meses, no prazo mais curto para mais de 2%, e desceu a seis meses face a quarta-feira.
Com as alterações desta quinta-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,003%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,087%) e a 12 meses (2,122%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou, ao ser fixada em 2,087%, menos 0,002 pontos do que na quarta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,74% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.
Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,28% e 25,58%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor avançou, ao ser fixada em 2,122%, mais 0,004 pontos.
A Euribor a três meses também subiu, para 2,003%, mais 0,019 pontos do que na véspera e depois de quatro sessões consecutivas abaixo de 2%.
Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.
Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.
Em julho, as médias mensais da Euribor inverteram a tendência dos últimos meses e subiram ligeiramente nos dois prazos mais curtos, mas de forma mais acentuada a seis meses.
A média da Euribor em julho subiu 0,002 pontos para 1,986% a três meses e 0,005 pontos para 2,055% a seis meses.
Já a 12 meses, depois de se ter mantido em junho, a média da Euribor desceu ligeiramente em julho, designadamente 0,002 pontos para 2,079%.
As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.
Europa avança em dia de entrada em vigor de tarifas. Rheinmetall recua 5%
Os principais índices europeus negoceiam com ganhos esta manhã, num dos últimos dias movimentados da época de resultados das cotadas da região e no dia de entrada em vigor das tarifas recíprocas, com o aumento do otimismo em relação a um possível cessar-fogo na Ucrânia a impulsionar os índices.
O índice Stoxx 600 - de referência para a Europa – ganha 0,39% para os 543,19 pontos.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão DAX sobe 0,75%, o neerlandês AEX valoriza 0,60%, o espanhol IBEX 35 soma 0,67%, o italiano FTSEMIB ganha 0,34% e o francês CAC-40 avança 0,77%. Já o britânico FTSE 100 cede 0,36% em dia de decisão de política monetária do banco de Inglaterra, esperando-se que flexibilize as taxas diretoras.
A Rússia e os Estados Unidos (EUA) terão chegado a um acordo sobre o local para uma possível reunião entre Donald Trump e Vladimir Putin, segundo a Bloomberg. Um conjunto de ações expostas à Ucrânia ganhou terreno, enquanto as ações do setor de defesa seguem a registar perdas esta manhã.
Já as tecnológicas seguem a impulsionar os índices, seguindo o movimento das congéneres asiáticas, depois de Trump ter anunciado planos para impor tarifas de 100% sobre as importações de semicondutores, prometendo isentar as empresas que já tiverem ou transferirem a produção para os EUA.
Entretanto, as tarifas recíprocas de Trump entram hoje oficialmente em vigor, enquanto os dados sobre o emprego nos EUA, que serão divulgados ainda esta tarde, também centrarão a atenção dos investidores depois de relatórios revistos em forte baixa terem sido divulgados na semana passada.
“Os mercados devem continuar a adaptar-se às mudanças tarifárias”, disse à Bloomberg Guillermo Hernandez Sampere, da gestora de ativos MPPM. “Ainda não é possível prever regulamentos claros. Os dados do mercado de trabalho nos EUA serão analisados com especial atenção, uma vez que pretendem refletir o desenvolvimento económico nos EUA”, acrescentou o especialista.
Entre a “earnings season” do Velho Continente, a alemã Rheinmetall cai quase 5% após os resultados da empresa de defesa terem ficado aquém da expectativa dos mercados. Já o conglomerado dinamarquês A.P. Moller-Maersk segue a subir mais de 3%, após aumentar as suas perspetivas financeiras para 2025, afirmando que a procura fora da América do Norte é “resiliente”. Por fim, a Deutsche Telekom cede mais de 2,50%, com o aumento da concorrência na Alemanha a prejudicar as vendas da empresa de telecomunicações.
Entre os setores, o do turismo (+1,57%) lidera as subidas, seguido de perto pelas seguradoras (+1,53%). Já o setor das telecom (-1,11%) recua, assim como as “utilities” (-0,60%).
Juros aliviam em toda a linha na Zona Euro
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro registam alívios em toda a linha esta quinta-feira, num dia em que os principais índices bolsistas do Continente registam avanços.
Os juros da dívida portuguesa, com maturidade a dez anos, aliviam 1,1 pontos-base, para 3,045%. Em Espanha a "yield" da dívida com o mesmo vencimento cai 1,2 pontos, para 3,214%.
Por sua vez, a rendibilidade da dívida francesa decresce 1,1 pontos-base para 3,299%. Já os juros das "bunds" alemãs, referência para a região, recuam 1,3 pontos para 2,635%.
Fora da Zona Euro, os juros das "gilts" britânicas, também a dez anos, seguem a mesma tendência e cedem 0,4 pontos-base para 4,520%, em dia de decisão do banco de Inglaterra, esperando-se uma flexibilização das taxas diretoras.
Euro ganha terreno com negociações na Ucrânia. Libra com ligeiro ganho em dia de decisão do BoE
O euro atingiu esta manhã máximos de cerca de uma semana e meia em relação ao dólar, com os investidores a acompanharem de perto as negociações de paz na Ucrânia - depois de conversações entre a Administração norte-americana e governantes da Rússia terem tido lugar ontem - e a mudarem o seu foco para a reunião de política monetária do Banco de Inglaterra (BoE), com uma decisão a ser conhecida esta quinta-feira, por volta do meio-dia (hora de Lisboa).
Por cá, a moeda única soma 0,15% para os 1,168 dólares. Já a libra avança 0,07% para os 1,337 dólares.
Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego nos EUA, que serão divulgados durante a tarde, serão acompanhados de perto após o relatório dececionante sobre o emprego da semana passada ter exposto debilidades no mercado laboral do país, o que provocou uma reavaliação da trajetória de flexibilização das taxas de juro pela Reserva Federal norte-americana e uma queda do dólar.
O índice do dólar – que mede a força da divisa norte-americana face às principais rivais – cede a esta hora 0,08% para os 98,094 pontos.
Já a divisa nipónica segue a ganhar face ao dólar, numa altura em que a “nota verde” desvaloriza 0,18% para os 147,110 ienes.
Quanto à política monetária no Reino Unido, o analista Geoff Yu, da BNY, disse, citado pela Reuters, que “o BoE dará início ao que esperamos ser uma nova série de cortes em agosto e setembro na Europa, mas comprometer-se excessivamente com a flexibilização acarreta o risco de erros políticos e prolongamento da estagflação”. Espera-se nesta altura que o decisor de política monetária do Reino Unido anuncie hoje uma flexibilização nas taxas diretoras.
Já o franco suíço cede ligeiramente face à “nota verde”, com o dólar a avançar 0,01% para 0,806 francos suíços. Isto mesmo depois de a presidente suíça Karin Keller-Sutter ter ontem regressado de Washington sem um acordo comercial com os EUA, após as tarifas de 39% terem sido aplicadas por Trump sobre as exportações do país para o mercado norte-americano.
Ouro ganha tração com esperança de corte de juros pela Fed e incerteza comercial
O ouro segue a negociar com ganhos esta manhã, apesar de a subida estar a ser pressionada pela retirada de mais-valias após os preços terem subido para máximos de quase duas semanas na sessão anterior, enquanto o foco do mercado está nas próximas nomeações do Presidente dos EUA, Donald Trump, para a Reserva Federal (Fed) norte-americana e na entrada em vigor das tarifas recíprocas.
O metal amarelo ganha agora 0,78%, para os 3.395,610 dólares por onça.
“Consideramos isto como uma ligeira retração... uma pequena realização de lucros após a recente subida, num momento de maior tranquilidade na frente económica e com uma necessidade um pouco menor de procura por refúgios seguros”, disse à Reuters David Meger, da High Ridge Futures.
O ouro registou ganhos por três sessões consecutivas após os dados de crescimento do emprego nos EUA, divulgados na sexta-feira, terem ficado aquém do esperado. Agora, analistas apontam para uma probabilidade de mais de 93% de a Fed vir a flexibilizar as taxas diretoras já em setembro, de acordo com dados do CME FedWatch.
O ouro, por não render juros, tende a ter um melhor desempenho num ambiente de taxas diretoras mais baixas.
Ainda no plano da política monetária, Trump disse na terça-feira que nomeará um novo governador da Fed até o final da semana, depois da saída de Adriana Kugler do cargo, à medida que continua a avaliar as opções que tem em cima da mesa para substituir o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell.
Além disso, a incerteza global parece estar a apoiar as compras de ouro enquanto ativo-refúgio, num cenário de entrada em vigor das tarifas recíprocas anunciadas por Trump e que são aplicadas os seus parceiros comerciais.
Petróleo ganha terreno com diminuição dos "stocks" de crude nos EUA
Os preços do petróleo negoceiam com ganhos esta quinta-feira, recuperando de uma sequência de cinco dias de perdas, com sinais de que a procura de combustíveis nos Estados Unidos, o maior consumidor mundial de crude, continua estável, embora as preocupações com o impacto económico das tarifas recíprocas que hoje entram em vigor estejam a limitar os ganhos.
O West Texas Intermediate (WTI) - de referência para os EUA – ganha a esta hora 0,78% para os 64,85 dólares por barril. Já o Brent – de referência para o continente europeu – segue a valorizar 0,69% para os 67,35 dólares por barril.
No plano geopolítico, o Presidente norte-americano, Donald Trump, poderá vir a encontrar-se com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, durante a próxima semana, referiram fontes da Casa Branca citadas pela Reuters. Ainda assim, a Administração dos EUA continua a preparar-se para impor tarifas secundárias sobre os compradores de crude da Rússia, como a Índia - país ao qual Trump aplicou uma tarifa adicional de 25% -, numa lista de países que poderá vir a incluir a China, numa tentativa de pressionar Moscovo a chegar a um acordo de cessar-fogo na Ucrânia.
Ainda assim, os mercados petrolíferos seguem apoiados por uma redução maior do que o esperado nos "stocks” de petróleo bruto dos EUA na semana passada.
A Administração de Informação e Energia do país informou na quarta-feira que as existências de petróleo bruto dos EUA caíram 3 milhões de barris, para um total de 423,7 milhões de barris, na semana terminada a 1 de agosto, superando as expectativas dos analistas, que apontavam para uma redução de 591 mil barris.
Ásia fecha impulsionada por tecnológicas. Futuros europeus avançam em dia de entrada em vigor de tarifas
Os principais índices asiáticos fecharam a sessão com ganhos pelo quarto dia consecutivo, impulsionados pelas ações das cotadas ligadas ao setor da tecnologia, uma vez que se espera que alguns dos maiores fabricantes de chips da região venham a obter isenções da ameaça de Donald Trump de aplicar uma tarifa de 100% sobre os semicondutores. O Índice MSCI Ásia-Pacífico avançou cerca de 1%. Já os futuros europeus seguem a ganhar 0,50%.
Entre os principais índices chineses, o Shanghai Composite avançou 0,14% e o Hang Seng de Hong Kong ganhou 0,75%. Pelo Japão, o Nikkei subiu 0,59% e o Topix pulou 0,67%. Entre os restantes da região, o índice de referência de Taiwan subiu mais de 2%, impulsionado pela valorização de mais de 4% da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC).
A par da TSMC, também a sul-coreana Samsung esteve entre os maiores impulsionadores na região, ao subir mais de 2%."As isenções significativas na nova ameaça de Trump de aplicar tarifas aos semicondutores parecem estar a proporcionar algum alívio aos investidores, especialmente para os principais exportadores da Coreia do Sul e Taiwan”, afirmou à Bloomberg Homin Lee, da Lombard Odier.
O sentimento dos investidores foi impulsionado depois de Trump ter anunciado que as empresas que produzem bens nos EUA seriam elegíveis para isenções nas taxas propostas, aliviando as preocupações dos investidores sobre os potenciais impactos nas cadeias de abastecimento.
Trump disse que os EUA cobrariam “uma tarifa de aproximadamente 100% sobre chips e semicondutores”, na quarta-feira à noite. E acrescentou: “Mas se [a empresa] estiver a produzir nos EUA, não haverá [tarifa]”. Os comentários do republicano foram feitos pouco depois de o diretor executivo da Apple, Tim Cook, ter revelado um plano de investimento de 100 mil milhões de dólares nos EUA.
No plano da política monetária, as crescentes especulações sobre um corte nas taxas de juro pela Reserva Federal também estão a apoiar o otimismo no mercado acionista.
Ainda pela região asiática, as ações indianas caíram depois de a Administração norte-americana ter decidido duplicar as tarifas sobre as importações do país sul-asiático para 50%, sendo que hoje deverão entrar em vigor as tarifas recíprocas sobre os parceiros comerciais dos EUA anunciadas por Trump.
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