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Banco de Inglaterra corta juros para 4%. Houve segunda votação pela primeira vez na história

A autoridade monetária do Reino Unido desceu a taxa diretora em 25 pontos base para 4%. No entanto, a decisão pelo Comité de Política Monetária teve de ser desempatada.

Reino Unido, Banco de Inglaterra
Reino Unido, Banco de Inglaterra Andy Rain / Lusa_EPA
07 de Agosto de 2025 às 12:23

O Banco de Inglaterra (BoE) decidiu esta quinta-feira reduzir os juros diretores em 25 pontos-base, de 4,25% para 4%. É o quinto corte de juros desde agosto do ano passado da autoridade monetária e leva a taxa para o valor mais baixo desde março de 2023.

No entanto, a decisão teve de ser desempatada. Dos nove membros do Comité de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês), quatro queriam manter as taxas nos níveis atuais, quatro estavam a favor de um corte de 25 pontos-base e um preferia uma descida de maior dimensão, em torno dos 50 pontos-base. A indecisão levou a que tivesse de existir uma segunda votação na reunião pela primeira vez na história do Banco de Inglaterra, que celebra 28 anos de independência operacional, avança a Reuters. O governador Andrew Bailey classificou a decisão como um "compromisso equilibrado".

Apesar do otimismo, ao argumentarem que "nos últimos dois anos e meio, se verificou uma desinflação substancial, na sequência de choques externos anteriores, apoiada pela postura restritiva da política monetária", os responsáveis permanecem em estado de alerta. Isto porque apesar de ter abrandado, a inflação no Reino Unido, - de 3,6% em junho -, ainda está longe dos 2% desejados e deverá, de acordo com estimativas do banco central, aumentar para 4% em setembro antes de voltar a descer. O objetivo só deverá ser atingido no segundo trimestre de 2027.

"De modo geral, o MPC considera que os riscos de alta em torno das pressões inflacionistas de médio prazo aumentaram ligeiramente desde maio", pode ler-se na nota. É, por isso, que o Comité deverá permanecer "atento ao risco de que este aumento temporário da inflação possa exercer uma pressão adicional sobre o processo de fixação dos salários e dos preços".

Como é habitual, a ata da reunião dos governadores indica que foram discutidos assuntos relativamente à economia mundial. O MPC indica que "a incerteza comercial reduziu-se desde a reunião de maio, à medida que os Estados Unidos têm chegado a acordo com vários países". No entanto, é dito que os desenvolvimentos a nível mundial não tiveram um papel significativo nas discussões nesta reunião do banco central.

Em reação a esta decisão, a libra segue a valorizar ligeiramente face ao euro e dólar, enquanto os juros das Gilts estão praticamente inalteradas. Já nos mercados acionistas, os dois índices, o FTSE 100 e o doméstico FTSE 250, negoceiam em contraciclo embora com movimentos ténues, abaixo de 1%.

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